Sunshine 2 [Jikook] [COMPLETA] [PARTE2]

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   Acordei sem ninguém na cama, o que era bastante estranho pois eu era acostumado a levantar primeiro e ir preparar alguma guloseima. Tatiei a cama na procura dele mas ele não estava. Sendo assim, arrumei o quarto e fui para um banho despreocupado e sorridente pelo o fato que tinha ocorrido a pouco tempo. Eu podia fugir pra qualquer lugar que existe, mas estar com Jungkook é diferente como se nele existisse tudo o que eu precisava sem nem sequer pensar em fugir. "Esse cabelo tá um caos." pensei enquanto me observava no espelho. Os dias no Brasil foram maravilhosos mas a praia não favoreceu o meu cabelo, favoreceu apenas o meu corpo bronzeado.

Sai sentindo um vento quente como se uma onda de preocupação estivesse me invadindo, abri a porta, mesmo com a toalha na cintura e chamei por Jungkook.

— Jungkook? — como a casa era enorme, o meu pequeno grito ecoou por todo lado, mas não fui atendido.

Deixei de lado pois talvez ele estava ocupado fazendo algo importante.

"Puta merda!" exclamei ao lembrar que minhas roupas estavam na mala jogada perto da porta. Antes de descer, abri o guarda-roupa dele para passar algum desodorante ou creme pra pele, mas o guarda-roupa dele não tinha nada, estava completamente vazio.

Com o coração na mão e muito desespero, abri todas as portas do guarda-roupa mas eu não tinha literalmente nada no grande guarda-roupas, nem mesmo os cabides.

— Mas... O que tá acontecendo?

Desci, as vezes tropeçando na escadas e quase perdendo o meu equilíbrio. Parecia que o inferno chamado minha vida nunca iria acabar, as aventuras e as coisas loucas que aconteciam nunca iriam chegar ao fim? Nunca iria dormir em paz, sem ter medo de quando acordar a casa estar pegando fogo ou nem acordar mais?

A porta estava escancarada, exatamente do jeito que estava quando Jungkook foi "sequestrado" e eu cai na armadilha da Shuhua e SooJin. Não poderia ser e não estava acontecendo de novo, o mesmo pesadelo com a mesma coisa se repetindo, dessa vez eu juro que não aguentaria e iria morrer de verdade, sem saber se era tudo armação ou não. Parado no meio da escada pensando com a minha roupa a pouco de distância e o coração na mão. Eu estava pelado soando de desespero, ela não poderia me surpreender em outra hora? Juro que agradeceria se não fosse agora.

— Eu prometi a mim mesmo que você nunca mais ia atrapalhar a minha vida. — cravei minhas unhas no corrimão, estava com os olhos marejados mas Shuhua ou SooJin ou as duas diabo juntas não iriam me abalar.

Corri para a minha mala olhando para a cozinha e o mesmo vinho que SooJin tomava estava ali, só podia ser brincadeira. Agarrei a mala e caminhei até lá, procurando por alguém mas não tinha ninguém, pelo menos na cozinha não. Fui para o banheiro mais próximo, coloquei uma camisa social branca meio solta com os primeiros botões de cima soltos, uma calça colada desfiada nos joelhos, um cinto e uma bota preta. Eu não devia estar entrando em detalhes sobre minha roupa, mas parece essencial. Deixei a mala por lá mesmo, meu cabelo ainda meio molhado estava todo bagunçado e com gotas escorrendo pelo meu rosto. Mas, o mais importante era saber se aquele inferno estava se repetindo.

Tranquei as portas e corri para a casa da minha mãe. Por estranho que pareça, ela estava lá enquanto era pra estar trabalhando.

— Mãe! — falo ofegante.

— Pra quê esse desespero todo meu filho? — diz ela me sentando no sofá.

— Mãe, eu acho que Shuhua o levou de novo.

— Como assim? Ela não estava presa? — pergunta curiosa.

— Eu não sei mãe, era pra estar. Na verdade essa infeliz era pra estar morta, assim acabaria com toda essa merda. — digo colocando a cabeça entre as mãos e os joelhos apoiados nas pernas.