🍭JUNGKOOK 🍭

950 84 7
                                    

  Ele se foi, como se você lava o rosto e a água passa pelos seus dedos. A única coisa que eu sabia, era que ele havia ido pro Brasil, não pude saber a cidade pois só fora anunciada no portão de embarque.

No primeiro mês fiquei tão em choque que não havia tempo nem para comer, e me cabia muita preocupação.

No segundo que eu achei que ele iria voltar, ele não veio e nesse mês eu fiquei tão esperançoso.

No terceiro, comecei a me preocupar de verdade e começou a me cair que na realidade, Jimin havia sido sequestrado e morto, mas não consegui achar nada disso nas notícias do Brasil. Fiquei tão paranóico e triste com a possibilidade de ele estar correndo perigo ou estar morto, só chorava e chorava, mas ao mesmo tempo o procurava, na casa dos seus amigos, clientes, mãe e pai, até fui milhões de vezes na casa de Tzuyu e nada. Parecia que eu estava correndo atrás de alguém que nem existia, uma pessoa que simplesmente sumiu do mapa e que todos achavam besteira procurar.

No quarto, eu me culpava pois achava que era culpa minha, que ele havia ido embora pôr quê eu sou um completo idiota. Minha auto estima sumiu, minha vontade de viver e meu coração estava estraçalhado, pensava na possibilidade de que se algo aconteceu com ele, tudo foi completa culpa minha e que não tinha mais razões pra viver.

No quinto, sexto, sétimo, oitavo e nono (estava cheio de energias) recuperei as últimas esperanças que tinha, pois pensei que ele pudesse estar chateado com os últimos acontecimentos e só estava tirando um tempo pra si. Eu estava no seu lugar, na verdade estava bem pior. Eu amava o meu pai, imagina se eu descubro que aquele cara em que eu sempre confiei, amei e tive as melhores das situações não fosse quem eu pensava que fosse e, talvez meu pai fosse o pai do meu namorado. Minha mãe já havia fugido, eu só tinha vovó. A mãe de Jimin nem abria a boca pra nada. Estava tão abalada que ele foi embora, que decidiu parar de trabalhar pra dedicar o seu tempo pra ir na igreja orar por Jimin e duplicar a sua volta. O pai, estava em uma missão junto a mim em tentar descobrir aonde Jimin estava. Estávamos tão energizados mais ou mesmo tempo sem pistas nenhuma durantes todos esses meses. Ligamos para alguns policiais do Brasil, conhecidos do pai de Jimin e perguntamos se tinham o visto na região e se pudessem ir ao aeroporto perguntar sobre o dia que ele viajou. Mas, o aeroporto renova o seus dados a cada dia, pois há muitas pessoas que passam por ele.

O pai de Jimin não parava de jeito nenhum, tá tô que fomos ao Brasil cinco vezes nos últimos meses, mas mesmo assim, nada. Eu achava que conhecia Jimin a ponto de saber qual dele não era capaz de fazer tal coisa. Ele sempre foi atencioso e ligou demais pra família dele, eu realmente não entendia.

Sai da investigação no décimo mês, estava cansado demais tanto fisicamente e psicologicamente. Procurei por coisas que jamais pensei em procurar: álcool. Bebia desesperadamente e por um momento comecei a pensar o por quê Jimin fazer isso. Fugir dos problemas e da realidade, descontar a sua raiva. Mas, ele talvez não quisesse mais estragar a sua saúde e resolveu procurar outra forma de se desviar dos pensamentos.

— Você até pode estar certo, Jimin. — falo jogado no sofá com uma garrafa de Whisky na mão.

Mas eu não faria igual a ele, eu não tinha pra onde fugir dos meus pensamentos. Aonde quer que eu esteja, Jimin ia comigo de uma forma ou de outra. Se. Não fisicamente, sim no coração. Eu sempre o carregava comigo, desde quando do desisti de procurar quando iria fazer exatos um ano.

Foi mais fácil aceitar que ele não iria voltar mais do que tentar procurar alguém que não quer ser achado. Mas, justamente quando desisti, o vi entrar pela porta, um pouco bronzeado e vermelho, talvez por conta do sol. Era tão impossível que dói difícil aceitar de primeira que era ele ali, que ele havia voltado como havia prometido. Parecia um homem diferente, alguém mudado.

— Eu disse que voltaria pra você.

Não pude deixar um sorriso junto a uma grande tristeza sair de mim. Chorava como um bebê berrante e Jimin também. Talvez compreendia o que eu passei durante um ano. Aquele abraço, aquele cheiro e aquele homem estava de volta pra mim.

O meu amor finalmente havia voltado. 

Sunshine 2 [Jikook] [COMPLETA] [PARTE2]Onde histórias criam vida. Descubra agora