39. "Eu vou na polícia"

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Chegamos na nossa cabana, Jorge me tapou os olhos com um lenço, e me segurou na mão para que eu não caísse e me foi puxando até ao interior da cabana.

- Jorge eu vou bater em alguma coisa - disse visto que ele estava a andar muito rápido

- Confia em mim Martina - disse me puxando

- Autch... - disse assim que bati numa esquina de alguma coisa - Isto é o que dá confiar em ti - disse a rir, no entanto ainda sentia dor

- Tens que prestar atenção por onde andas - diz ele rindo

Paramos não sei em que divisão, ele me tirou o lenço, e pude ver a banheira cheia de pétalas de rosa e com velas por todos os lados, Jorge estava por detrás de mim com um ramo de flores e uma caixinha.

Paramos não sei em que divisão, ele me tirou o lenço, e pude ver a banheira cheia de pétalas de rosa e com velas por todos os lados, Jorge estava por detrás de mim com um ramo de flores e uma caixinha

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- É para ti - disse estendendo ambas as coisas

- Uii obrigada - disse pegando nas coisas

Abri a caixinha e lá tinha um anel mesmo muito lindo (imagem acima).

- Wow, Jorge eu assim sou uma mulher muito mimada - disse sorrindo - Obrigada - disse o abraçando e logo depois o beijando

Tiramos a nossa roupa, e entramos juntos na banheira, para desfrutar daquele maravilhoso ambiente que Jorge tinha preparado.

3 dias depois....

MERCEDES POV

Estes últimos dias que passei com o Tiaguinho foram incríveis, é tão bom ter um afilhado, é uma felicidade enorme ter alguém que goste de nós e que não nos julgue.

Ruggero, o melhor amigo de Jorge, ofereceu-se para me ajudar, visto que ele é o padrinho do Tiago.

Agora estou indo buscar o meu afilhado à creche, onde ele passa a maior parte do dia, para se habituar a não ter sempre a presença da mãe e para se preparar para o jardim de infância.

Toquei à campainha da creche e logo depois vieram me abrir a porta.

- Vim buscar o Tiago Blanco - disse à senhora que abriu a porta

- O Tiago já não está aqui - disse a senhora

- Como assim? Eu estou responsável por ele! Eu não dei autorização a ninguém para o vir buscar, quem o veio buscar? - perguntei preocupada

- Uma suposta tia, ela disse que tinha falado com a dona Martina e com o senhor Blanco - disse a senhora

- Não acho que isso seja verdade - disse pegando no celular para ligar à Martina

Chamada on

-Oii Mechi - disse ela do outro lado da linha

- Olá Martina, tu por acaso falas-te com alguém recentemente? - perguntei abordando-a

- Sem ser com os filhos de Jorge e contigo não - disse ela

- Nem pediste nada a ninguém? Tipo, sei lá, para ir pegar no Tiago à creche, ou para fazer compras? - perguntei tentando disfarçar

- Que eu me lembre não, espera ai, vou perguntar ao Jorge......ele também não

- Ok obrigada

- Espera...mas porquê? - perguntou e eu desliguei a chamada

Chamada off

- Consegue me descrever essa mulher? - perguntei à senhora

- Mais ou menos, ela estava sempre a olhar para trás, parecia nervosa, tinha o cabelo curto castanho, olhos castanhos acho eu, tinha vestido uma blusa branca e umas jeans pretas, com uns ténis vermelhos, se bem me lembro - disse a senhora

- E o carro? Viu o carro? - perguntei preocupada

- Por acaso sim, ela parou mesmo aqui em frente, era um BMW preto - diz ela

- Eu vou na polícia, se precisar que venha lá, a senhora vem? - perguntei

- Claro que sim, tem aqui o meu número - disse me entregando um papel - De certa forma, eu fui a culpada, devia ter entregado o menino à pessoa responsável por ele

Saí dali, entrei no carro e pelo caminho liguei ao Ruggero para que ele me ajudasse, eu não podia dar esta notícia assim à Martina e ao Jorge, eles estavam longe e de lua de mel, sei que não é o correto, mas se eu não o achar rápido, eu vou ligar para eles.

Ruggero veio ter comigo à esquadra da polícia, ele tinha um amigo lá que nos podia ajudar, pois normalmente eles só dão uma pessoa por desaparecida após as 24 horas, e podia ser que o amigo dele nos ajuda-se.

- Tem calma Mechi, a culpa não é tua - diz Ruggero me consolando

Eu estava já toda molhada com as lágrimas que caiam dos meus olhos sem parar.

- Nós vamos encontra-lo - disse Ruggero

- Ruggero - chamou um polícia devia ser o amigo dele - Tens alguma fotografia do teu afilhado?

- Eu tenho - disse me levantando rápido - Tirei esta hoje de manhã em antes de ele ir para a creche - disse mostrando o meu telemóvel

- Ele estava assim vestido? - perguntou o polícia

- Sim - disse - Ainda tinha um gorro azul na cabeça, mas tirei a foto em antes de o colocar - disse

- Venha comigo, vamos imprimir essa foto, para os nossos policias o procurarem - disse o policia

Formando uma família || Jortini Onde histórias criam vida. Descubra agora