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Alberto: e você vai para onde senhora dona de si?

Luiza: agora para minha avó, e depois pra bem longe. De preferência, para outro estado. — Subi para o meu quarto chorando, desesperada. Como eu queria minha mãe aqui agora para não ter que passar por tudo isso...

Passei o resto do dia juntando minhas coisas e depois de tudo pronto fui para a casa de minha vó, voltaria depois para pegar tudo e sumir de vez dessa casa.

Luiza: vó. — entrei correndo atrás dela.

Cida: oi, e aí? — me abraçou.

Luiza: vou embora, vó. Mas não sei para onde ir. — comecei a chorar.

Cida: vem cá, senta aqui. — nos sentamos no sofá. — eu sabia que uma hora isso iria acontecer... Bom, alguns anos antes da morte da sua mãe, na época que meu irmão morreu, a gente resolveu passar as lojas de São Paulo para seu nome. Quando você fizesse 18 anos, ia meio que te presentear com elas.

Luiza: por que eu estou sabendo disso agora?

Cida: seu pai não quis te dizer nada... mas já que você quer ir embora, você tem o direito de ter o que é seu. Sua mãe criou uma conta no banco para você e desde então todo o lucro das lojas vai para essa conta, deve ter bastante dinheiro lá. Tá tudo comigo, cartão, o controle das lojas são por minha conta, não mexi no seu dinheiro, a não ser por coisas necessárias das lojas... acho que já está na hora de passar essa responsabilidade para você.

Luiza: São Paulo, vó? — ela assentiu.

Cida: vai viver sua vida, minha filha. Já está na hora de sair das garras do seu pai. Sua mãe comprou um apartamento lá caso ela precisasse se mudar, eu estou com o endereço, as chaves, e tudo. — minha vó se levantou e pouco tempo depois voltou com algumas coisas na mão.

Luiza: não sei se vou me adaptar a viver lá sem a senhora, vó.

Cida: eu estou pedindo para que vá e fique longe de seu pai, ele não te faz bem.

Luiza: promete cuidar do Vini?

Cida: eu prometo. — secou minhas lágrimas.

Dia Seguinte - São Paulo

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