A Garota Da Caixa

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Narração Luiza

O jantar corria bem, tirando a cara fechada de Luan.

Todos conversavam, ele permanecia em silêncio.

Jackson: Liza, você pretende fazer faculdade de que?

Luiza: na verdade eu não sei, meu sonho é ser fotógrafa, sou apaixonada com fotografia.

Alberto: Luiza realmente tem o dom, quando era mais nova dei uma câmera para ela, e não é que a menina tirou foto até da grama? — todos riram, menos Luan.

Bruna: Pi, tá tudo bem?

Luan: tô cansado por causa da viagem... com licença. — disse e se levantou.

Alberto: vai lá e descansa, sabe o caminho? — Luan assentiu e foi para o quarto.

Acabamos de comer, Rick, meu pai e Paulo se levantaram.

Alberto: meninos, temos que ir resolver algumas coisas no escritório, fiquem a vontade, a sala de cinema tá liberada até a hora que vocês quiserem. Sintam-se em casa, não se preocupem com hora de dormir nem acordar, vocês estão de férias, aproveitem. Boa noite. — me deu um beijo no topo da cabeça e saiu.

Fomos para a sala de visitas e ficamos lá por um tempo.

Luiza: acho melhor eu ir ver o Luan.

Bruna: vai lá buscar ele pra gente ver um filme.

Luiza: já volto.

Me levantei do sofá e antes de subir quis passar no escritório e falar com meu pai.

A porta estava encostada e ele estava ao telefone falando com alguém sobre mim.

Alberto: ela não está em perigo aqui, a casa é cercada de seguranças e eles estão atrás dela é no Brasil... eu sei, por mais que ela não seja minha filha de verdade eu quero a segurança dela... não, ela não sabe de nada... vou assegurar que Paulo fique o mais distante possível dela... o Luan perguntou algumas coisas sobre você, acho que ele já desconfia... não, eu contei do avião, ele não contestou... ninguém vai saber que você está viva... Jéssica, ela está bem, ela não sabe de nada, não se preocupe. — ao ouvir o nome dela meu coração disparou, eu me encostei em uma parede qualquer no meio do corredor, me sentei e comecei a chorar, não tinha mais dúvidas, minha mãe estava viva.