A Garota Da Caixa

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Cheguei no apartamento e subi. Era lindo, a cara da minha mãe. Porém estava um pouco sujo por ter ficado tanto tempo sem ninguém por aqui. Passei o dia limpando tudo, depois liguei para minha prima Laís.

Ligação

Luiza: Oi Lalá.

Laís: Oi Lu. Que saudade de você.

Luiza: vamos matar ela hoje?

Laís: o que?

Luiza: acabei de me mudar para São Paulo. — ri.

Laís: VOCÊ MUDA DO NADA E NÃO ME AVISA?

Luiza: me encontra no Paris 6 daqui uma hora, beijo.

Laís: Lui...

Ligação

A loucura da minha prima era até engraçada. Me deitei um pouco e depois fui tomar um banho.

Me vesti, e chamei um Uber. Chegando no local marcado, ela já estava a minha espera.

Laís: sua louca! — riu e me abraçou apertado. — que saudade, prima!

Entramos e fizemos nosso pedido. Enquanto estávamos esperando, estávamos colocando os assuntos em dia.

Laís: vai me explicar o por que da senhora ter se mudado?

Luiza: precisava viver minha vida, já tenho 18. Ficava presa naquela casa, isso estava me fazendo mal. Meu pai ficou irreconhecível depois da morte da minha mãe. Descobri que ela deixou 2 lojas e um apartamento em São Paulo, aí vim para cá. Meu pai não deixava eu viver, era como se eu respirasse e fosse morrer, eu não estava vivendo de verdade.

Laís: te entendo prima... que bom, estamos juntas de novo como nos velhos tempos.

Luiza: é, você veio para cá e me abandonou. — fiz cara de brava e ela mandou beijo.

Continuamos com a conversa e em um certo momento Laís se distraiu, fixou o olhar em algo atrás de mim. De repente senti duas mãos taparem meus olhos...