SOL

1.1K 150 13
                                    

FINALMENTE MEUS CAPÍTULOS VOLTANDO A TER GIF! HAHAHAH

Agora só aguardem pela confusão... que está perto de estourar... nesse e no próximo capítulo 😉

SOL

Uma vez eu vi um filme que dizia que a melhor coisa para curar um coração partido era um sorvete de chocolate. Eu não concordava com essa afirmação. Para mim, o sorvete era muito bom para a TPM, mas em questão de coração, eu achava uma idiotice.

Não havia como consertar um coração se você realmente amasse outra pessoa. Descobri isso quando percebi que não amava Caio de verdade. Estava mais com ele por conveniência, amizade que em algum momento tivemos, do que realmente porque sentia algo escandalosamente forte e magnetizante o suficiente para que eu não conseguisse me desvencilhar ainda que quisesse. Presumo que nunca cheguei a sentir algo forte dessa maneira e ainda tenho minhas dúvidas se serei capaz de sentir algo assim por alguém.

  Ainda que eu esteja levemente puta com Danilo, não consigo esquecer de sua mão engolindo a minha mão, sua pegada forte e seu olhar enquanto eu estava na loja, felino, atraente, magnetizante como se estivesse prestes a atacar a sua presa. Acho que não era à toa o seu sobrenome ser Leão. Danilo parecia representar uma certa ferocidade e meu estado sensível de agora só conseguia pensar em como talvez fosse interessante sentir-me encurralada por aquele homem. Balancei a cabeça negativamente. Isso se chamava atração. Era porque eu estava num território que só exalava o seu cheiro e o ser humano foi criado para procriar. Então acredito que era normal eu sentir isso. Mas sentir era muito diferente de agir e com esse pensamento em mente, afastei as ideias da cabeça decidindo que elas deveriam seguir para seu lugar de direito: o inconsciente. 

Fui direto para os frios e peguei meu sorvete com um sorriso nos lábios. Melhor alegria do mundo era poder comer um sorvete enquanto a cólica começava. Aproveitei e peguei um modess por desencargo de consciência e um vinho também. Vai saber quando precisarei. Me movimentei para o caixa. Danilo tinha um mercado próximo da sua casa e isso me faria carregar peso por pouco espaço de tempo.

― Não acredito! Solange? É você? Aqui? ― Meu corpo paralisou no lugar ao ouvir o meu nome ser chamado enquanto eu engolia em seco e me virava devagar para ver a dona da voz que eu não reconhecia. 

― Oi... ― Vi então a dona da voz. Tinha uma vaga lembrança dela. Marina alguma coisa. Os cabelos loiros e cacheados. Ela estava bem normal e com aspecto bem casual de quem realmente só estava passando no mercado e voltaria para casa. Eu que estava parecendo uma anta estabanada andando pelo mercado, com o cabelo preso de qualquer jeito, uma calça larga, um tênis qualquer e um moletom para completar o look terrível. ― Ah, é você Marina! Tudo bom? ― Digo extremamente envergonhada por aparecer assim para ela.  Imagina se alguém tirasse uma foto minha assim? Não, não vou pensar nisso agora.

― Você nesse bairro? Pensava que você morava no Jardins! Como está o Caio? Meu Deus! Nem acredito que encontrei você aqui! ― Ela disse animada e percebi que seu carrinho só tinha um queijo Brie e um vinho. Nada demais.  Provavelmente estava de dieta.

Gelei. Ou provavelmente sabia que eu estava por essas bandas e me achou. Quem mais poderia ter me achado? Olhei para os lados procurando o maldito paparazzi que tiraria foto de mim e postaria aquele desastre para todo mundo ver.

― Pois é! Eu continuo morando lá! Eu só vim visitar o meu tio, ele mora para essas bandas e ele é meio depressivo, estava precisando de ajuda sabe? ― Tento desconversar, mas nem eu sei exatamente o que diabos estou fazendo. Visitando um tio? Sério? Desde quando Danilo era meu tio? O que eu estava falando? 

Ajude-me se puderOnde histórias criam vida. Descubra agora