SOL

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Feliz Natal beeeeem atrasado para todo mundo aí! E mil perdões por não ter postado antes! Esses dias de festas de fim de ano são uma loucura para mim! hahaha... Trabalho duro e sobra pouco tempo que tento aproveitar o namorado <3 

Mas juro que vou arrumar um tempo.... Nem que seja próximo da madrugada... Como nesse caso... =)

Enfim, depois das desculpas, sigamos então para o capítulo! Boa leitura =)


SOL

Uma vez me disseram que as coisas sempre podem piorar. Eu acreditei logo no começo, quando a minha luz foi cortada. E continuei com medo de aumentar o desastre conforme meu cartão foi bloqueado. Mas agora que eu estava no fundo do poço e com o rosto todo inchado de alergia, eu tinha certeza: eu estava dentro do abismo do azar.

Choraminguei enquanto me olhava mais uma vez no banheiro do hospital averiguando o meu estado catastrófico. Se havia uma coisa que eu era, essa seria vaidosa. Eu me considerava bonita. No entanto, naquele segundo, eu tinha certeza de que, com certeza, tinham errado o estado da história e a linda Cinderela que tinha uma madrinha, tinha realmente se tornado a mais feia gata borralheira.

― Posso entrar? ― Perguntou Danilo batendo na porta do quarto e eu me encostei na porta do banheiro só para não dar chance dele vir tentar abrir a porta dali agora que ele entrava no quarto.

― Sol? ― Perguntou Danilo me procurando no quarto.

― No banheiro!

― Vamos? O médico disse que descansando, amanhã você fica ótima! ― Disse Danilo e acho que ele estava tentando ser amigável, ou, pelo menos, evitando pisar em ovos agora que havia uma mulher claramente puta com sua aparência.

― Eu não vou sair daqui nunca mais! Eu vou passar a noite nesse banheiro! ― Disse choramingando e fazendo um pouco de manha, ainda que fosse muita verdade. Eu estava péssima e não queria que nem Danilo nem ninguém me visse nesse estado catatônico.

― Você tem certeza? Não é um lugar bom para passar a noite, fora que isso me dá a chance de roubar a minha cama novamente...― E Danilo parecia ter aprendido a me incomodar, pois sem pensar acabei abrindo a porta do banheiro só para xingá-lo de mais perto.

― Não! Aquela cama é minha! Você ouviu o doutor! Eu preciso de um bom descanso e só aquela cama vai me proporcionar tirar esse inchaço horrível do rosto! Quando você ver como eu es... ― Parei de falar ao perceber o que tinha feito. Tinha mostrado a feiura que eu estava para Danilo. E isso era mais perceptível pela cara que ele fez de assustado.

― Eita, inchou bem né? ― E eu percebi a cagada que tinha feito quando já era tarde demais. Escondi o meu rosto entre as mãos enquanto perguntava o que diabos eu tinha feito para sofrer tanto nas mãos do universo!

― Você veio aqui para rir da minha cara? Eu não preciso de mais ninguém rindo de mim! Já basta Caio e Fabiana! ― Gritei com Danilo, mas nem de longe esperava a sua reação seguinte. Fiquei paralisada quando senti as mãos quentes de Danilo tocarem as minhas e tirarem-nas do meu rosto. Seu rosto estava muito próximo do meu e dava para enxergar alguns tracinhos amêndoas nos olhos cristalinos de Danilo. Ele me olhava no fundo dos olhos sem desviar para a tristeza que devia estar logo abaixo, tudo inchado.

― Sol, você é linda ainda que inchada! Não vai ser um infeliz acaso que vai tirar sua beleza. E eu não sou o tipo de pessoa que ri da desgraça alheia, ou você esqueceu que eu era gordo até uns cinco, sete anos atrás? ― Ele umedece os lábios e continua: ― Eu espero que você não se esqueça jamais que eu nunca serei como esse idiota do seu ex marido e eu nunca vou rir de você, Sol. Agora, por favor, nunca mais pense que te julgarei por conta de um infortúnio desse. Nunca mais. ― Não tenho palavras para rebater. Só consigo o olhar, paralisada, esperando que meu corpo faça algo, porque eu já não sei nem como se anda mais.

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