SOL

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Só peço que não me matem nesse capítulo....

Só riam, já está valendo hahaha

Boa leitura ;)


SOL

Danilo e eu viajaríamos juntos, infelizmente num voo diferente de Lara, que já havia partido de manhã cedo. Já acomodados no avião, Danilo começou a massagear a minha mão, para meu deleite.

― Não sabia que você sabia fazer massagem. ― Ele riu deliciosamente.

― E não sei. Só aperto onde você parece mais tensa.

― É deliciosa a sua massagem, pode continuar. ― Disse o fazendo rir novamente, mas continuar o trabalho afavelmente. Quando já estávamos no alto do céu, aproximei minha boca do lábio de Danilo. Queria segredar uma coisa a ele, mas tinha vergonha que outras pessoas ouvissem ou que ele dissesse algo alto demais que me matasse do coração. Por isso sussurrei com o máximo de silêncio que podia:

― Eu estou com saudades de ter você. ― E Danilo, felizmente, pareceu entender o que eu dizia, voltando seus olhos brilhantes para mim em tomada atenção e um sorriso de canto dos lábios safadinho. Para meu deleite, ele também aproximou seus lábios do meu ouvido, mas bem diferente do que eu havia feito, seus lábios se mexeram demoradamente ao falar:

― E eu estou com saudades de enlouquecer você. ― E dito isso, Danilo fez questão de confirmar sua frase, mordendo levemente o lóbulo da minha orelha e arrastando o nariz por toda a extensão, salpicando um arrepio indecifrável na minha pele já sensível.

― Se você fizer isso, não vou aguentar. ― Sussurrei novamente, o que fez ele rir, baixinho, antes de me segredar, todo desafiante:

― Vai ter que aguentar, docinho. ― E sua barba levemente crescida, arranhou pela minha bochecha, me fazendo respirar forçosamente para não morrer sem ar.

― Docinho? ― Tentei focar em outra coisa que não fosse a tortura de carinhos deliciosos.

― Acho que é o apelido que mais combina com você, minha linda. Pensei nisso quando lembrei do passado. ― Ele disse, mas felizmente parou com o toque sensível na minha pele. Tentei continuar o assunto para enrolar antes que morresse naquele voo:

― Uau. Que passado exatamente?

― O que você me dava cupcakes. ― E não pude deixar de rir, a lembrança sendo resgatada da memória e o mini sorriso que se formava em meus lábios.

― Nunca ia imaginar que ajudar aquele menino que não merecia aquela injustiça toda, porque ninguém que é diferente merece sofrer por isso, pudesse se tornar o meu noivo depois de tanto tempo.

― O tempo faz isso. ― Ele gargalhou.

― Você não conte isso para a Lara que até hoje ela acha que eu fugia dela para beijar um garoto qualquer da sala. Nunca admitiria para ela que tinha pena do irmão dela e que gostava que ele fosse o mais apaixonado pelos meus cupcakes. ― Disse piscando, o que fez Danilo gargalhar.

― Aí aí. Que tempos! ― Disse e Danilo concordou, beijando por fim o alto da minha testa.

**

O caminho até o apartamento de Danilo foi uma tortura. Ele não estava nem aí que estávamos num Uber e que isso poderia parecer muito estranho para o coitado do motorista! Ele simplesmente mordiscava o lóbulo da minha orelha, colocava a mão na minha coxa e apertava, e dizia coisas chulas no meu ouvido, sussurrando, porque ele sabia que essas coisas me atiçavam. Se havia um nome para como eu estava era: necessitada. Precisava dele para ontem.

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