Domingo, cativeiro da Jae...
Jae pensava em uma maneira de escapar e se esconder. Ela estava acordada há algum tempo. O silencio era rompido apenas por latidos de cachorros vindos de longe. Ela se levantou e seguiu para o pequeno banheiro, lavou o rosto e se olhou no espelho. Estava pálida, sua boca tinha parado de sangrar, mas estava inchada e havia uma marca arroxeada em seu rosto.
Já fazia três dias que ela estava presa ali. O desespero já tomava conta dela.
Depois de um tempo ela começou a ouvir passos. Jae se sentou, encostando na parede dos fundos da sala e aguardou apreensiva. Pouco tempo depois a porta se abriu e os dois homens entraram, sendo seguidos pela mulher que Jae não esperava ver.
- Você? - ela perguntou confusa.
- Não esperava por isso, não é mesmo, mestiça? - ela falou com desprezo.
Jae se levantou. Yang-mi se aproximou dela.
- Eu avisei. Por que você não me ouviu, garota? Teria sido bem mais fácil pra todo mundo!
- Não sei do que você está falando. - Jae falou com voz sumida.
Yang-mi deu um soco no rosto da moça, gemendo de dor ao machucar sua mão. Jae cambaleou e a olhou, assustada, colocando a mão no rosto já machucado, que agora doía ainda mais.
- Não se atreva a mentir pra mim! - ela gritou, fazendo Jae se encolher.
Os homens apenas observavam a cena, calados. Yang-mi agarrou Jae pelos cabelos. Ela gemeu de dor e agarrou a mão da mulher, tentando se soltar. Jae enfiou as unhas no rosto de Yang-mi e essa gritou. O homem mais velho se aproximou e mostrou uma faca a Jae, fazendo com que ela parasse de lutar. O homem mais jovem se aproximou e agarrou os braços de Jae, juntando-os atrás do corpo dela, segurando-a para que ela não conseguisse atacar Yang-mi. Essa riu, agarrando os cabelos de Jae novamente.
- Eu vi a pouca vergonha de vocês dois na festa... - a mulher continuou falando. - Sei do beijo que trocaram na varanda do dormitório!
Jae arregalou os olhos em choque. Como aquela mulher sabia do beijo?
- Espero que tenha sido muito bom, vadia! Porque foi o último! - ela gritou.
Yang-mi soltou os cabelos de Jae, mas lhe deu um violento soco na altura das costelas, fazendo Jae se curvar de dor e a olhar assustada. Sem ter como reagir Jae levou vários socos, nas costelas e barriga. Depois de um tempo o homem que a segurava a soltou e ela caiu no chão, se encolhendo. Yang-mi a chutou várias vezes nas costelas e Jae gritou de dor, começando a chorar.
- Para, por favor! - Jae implorou colocando as mãos na frente do corpo, tentando se proteger dos ataques da mulher. - Chega!
Yang-mi a chutou mais algumas vezes, mas os homens se aproximaram e o mais velho falou.
- Acho melhor a senhorita parar. Se a moça morrer aqui teremos que explicar muita coisa. - ele falou preocupado.
Ela pensou um pouco, depois se agachou próxima de Jae e agarrou seus cabelos novamente. Jae gemeu de dor.
- Eu espero que você pegue o primeiro avião, assim que eu resolver te libertar, e suma daqui pra sempre. Volte para seu país, ou eu não hesitarei em te enterrar aqui mesmo, na Coréia!
Ela soltou os cabelos de Jae, jogando a cabeça dela com força contra o chão. Jae sentiu os olhos escurecerem com a pancada. Yang-mi se ergueu, lhe deu mais um chute nas costas antes de sair da sala, sendo seguida pelos dois homens.
Jae tentou respirar mais fundo, mas a dor era intensa demais. Ela se encolheu em posição fetal, chorando baixinho de dor e medo.
Depois de muito tempo Jae conseguiu se acalmar e dormiu, o corpo dolorido e exausto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Em busca de um sonho...
FanficYoung-Jae suspirou e se jogou no fofo sofá de seu pequeno apartamento. Há quase um ano ela estava morando sozinha na Coreia do Sul. Apesar de seu nome coreano, ela era brasileira, filha de uma coreana com um brasileiro, porém de origem irlandesa. M...