Capítulo 14

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Uma semana depois, meia noite e meia, sacada BigHit...

Jae estava distraída, olhando as estrelas. O vento gelado batia em seu rosto, mas ela não se importava. Jae se encolheu mais dentro do enorme casaco que vestia. Ela ouviu passos e se virou.

- O que faz aqui a essa hora, amor? - Taeh perguntou.

Ele se aproximou e a abraçou, beijando-a. Jae retribuiu o beijo, acariciando os cabelos dele.

- Eu não consigo dormir. - ela falou.

- Ainda com dores?

- Não. Minhas costelas não estão doendo mais.

Ele sorriu.

- Que bom. Mas então o que te aflige?

Jae soltou um suspiro.

- É sobre o Brasil...

Taehyung parou de sorrir, quando ela desviou os olhos dos dele.

- Você pensa em ir embora com sua mãe? - perguntou apreensivo.

Jae o abraçou mais forte, escondendo o rosto no peito dele.

- Eu não sei... - ela respondeu sincera.

Taeh apoiou o queixo nos cabelos dela.

- Você não pode me deixar, Jae... - ele sussurrou.

Jae soltou um suspiro.

- Eu estou com medo, Taeh - ela confessou. - Não sei como vai ser daqui pra frente. Não consigo mais sair na rua em paz. Eu tentei ir até a farmácia ontem... mas me senti insegura, apavorada.

Taehyung a afastou um pouco de seu peito para encará-la.

- Jae, por que você não disse nada? Chung pode pedir um psicólogo pra te ajudar. Você passou por um trauma muito grande.

- Não preciso de psicólogo, Taeh. Mas algumas pessoas têm me reconhecido na rua. Fui perseguida por duas garotas quando fui ao curso na terça-feira.

Taehyung entendeu do que ela falava.

- Entendi. É porque Chung não conseguiu evitar as notícias sobre o sequestro. É complicado, Jae. Os jornalistas descobriram a internação da Yang-mi no hospital psiquiátrico, porque a família dela é muito rica. Depois a polícia informou que a vítima era funcionária da BigHit. Mas não divulgaram a sua foto.

- Nem era preciso, Taeh. Eu saio daqui da BigHit para ir para meu curso, meu rosto estava todo roxo, meu braço enfaixado. Os jornalistas não são idiotas... nem seus fãs.

- Sinto muito por isso, amor. - Taeh falou com sinceridade. - Mas fugir não é a resposta. Tudo vai se resolver.

Jae o abraçou novamente. Não queria pensar em deixá-lo, mas não via alternativa, ela sentia que as coisas ficariam mais difíceis. Eles permaneceram abraçados durante muito tempo, depois foram dormir.

******

Dia seguinte, 10 da manhã, sala de práticas, BigHit...

Jae desenhava em seu bloco, sentada em uma cadeira enquanto os rapazes ensaiavam. A mãe estava ao seu lado, parecendo encantada com eles. Jae ainda não tinha voltado as suas atividades normais, por recomendação do médico e de seu chefe. Os rapazes não a deixavam sozinha um minuto sequer, cuidando dela e trazendo tudo o que ela precisava, sem nem mesmo deixa-la andar. Ela se sentia constrangida com tanta atenção, mas também se sentia muito amada.

A porta se abriu e Suri entrou correndo, toda eufórica e com o rosto corado.

- Jae, você tem visitas. - ela falou com um enorme sorriso no rosto.

Em busca de um sonho...Onde histórias criam vida. Descubra agora