Uma semana depois, meia noite e meia, sacada BigHit...
Jae estava distraída, olhando as estrelas. O vento gelado batia em seu rosto, mas ela não se importava. Jae se encolheu mais dentro do enorme casaco que vestia. Ela ouviu passos e se virou.
- O que faz aqui a essa hora, amor? - Taeh perguntou.
Ele se aproximou e a abraçou, beijando-a. Jae retribuiu o beijo, acariciando os cabelos dele.
- Eu não consigo dormir. - ela falou.
- Ainda com dores?
- Não. Minhas costelas não estão doendo mais.
Ele sorriu.
- Que bom. Mas então o que te aflige?
Jae soltou um suspiro.
- É sobre o Brasil...
Taehyung parou de sorrir, quando ela desviou os olhos dos dele.
- Você pensa em ir embora com sua mãe? - perguntou apreensivo.
Jae o abraçou mais forte, escondendo o rosto no peito dele.
- Eu não sei... - ela respondeu sincera.
Taeh apoiou o queixo nos cabelos dela.
- Você não pode me deixar, Jae... - ele sussurrou.
Jae soltou um suspiro.
- Eu estou com medo, Taeh - ela confessou. - Não sei como vai ser daqui pra frente. Não consigo mais sair na rua em paz. Eu tentei ir até a farmácia ontem... mas me senti insegura, apavorada.
Taehyung a afastou um pouco de seu peito para encará-la.
- Jae, por que você não disse nada? Chung pode pedir um psicólogo pra te ajudar. Você passou por um trauma muito grande.
- Não preciso de psicólogo, Taeh. Mas algumas pessoas têm me reconhecido na rua. Fui perseguida por duas garotas quando fui ao curso na terça-feira.
Taehyung entendeu do que ela falava.
- Entendi. É porque Chung não conseguiu evitar as notícias sobre o sequestro. É complicado, Jae. Os jornalistas descobriram a internação da Yang-mi no hospital psiquiátrico, porque a família dela é muito rica. Depois a polícia informou que a vítima era funcionária da BigHit. Mas não divulgaram a sua foto.
- Nem era preciso, Taeh. Eu saio daqui da BigHit para ir para meu curso, meu rosto estava todo roxo, meu braço enfaixado. Os jornalistas não são idiotas... nem seus fãs.
- Sinto muito por isso, amor. - Taeh falou com sinceridade. - Mas fugir não é a resposta. Tudo vai se resolver.
Jae o abraçou novamente. Não queria pensar em deixá-lo, mas não via alternativa, ela sentia que as coisas ficariam mais difíceis. Eles permaneceram abraçados durante muito tempo, depois foram dormir.
******
Dia seguinte, 10 da manhã, sala de práticas, BigHit...
Jae desenhava em seu bloco, sentada em uma cadeira enquanto os rapazes ensaiavam. A mãe estava ao seu lado, parecendo encantada com eles. Jae ainda não tinha voltado as suas atividades normais, por recomendação do médico e de seu chefe. Os rapazes não a deixavam sozinha um minuto sequer, cuidando dela e trazendo tudo o que ela precisava, sem nem mesmo deixa-la andar. Ela se sentia constrangida com tanta atenção, mas também se sentia muito amada.
A porta se abriu e Suri entrou correndo, toda eufórica e com o rosto corado.
- Jae, você tem visitas. - ela falou com um enorme sorriso no rosto.
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Em busca de um sonho...
FanfictionYoung-Jae suspirou e se jogou no fofo sofá de seu pequeno apartamento. Há quase um ano ela estava morando sozinha na Coreia do Sul. Apesar de seu nome coreano, ela era brasileira, filha de uma coreana com um brasileiro, porém de origem irlandesa. M...