Capítulo 9 - Part. 1 - Sienna.

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Esta obra ficará disponível até 20/06, após, será retirada para revisão, deixando apenas alguns capítulos para degustação.
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Sabe quando você está sonhando e você sabe que vai acordar e tenta aproveitar o máximo possível do sonho?

Eu estava assim naquele momento enquanto segurava na cintura de Mason. Seu corpo estava tão perto do meu, e eu odiei aquelas malditas roupas que nos separavam um do outro. Lembrei-me de tê-lo dormindo nu comigo, todo seu corpo colado ao meu. Parecíamos termos sidos feitos um para o outro. Duas peças de um quebra-cabeça que se encaixavam perfeitamente.

Adorava seu cheiro. Limpo como se tivesse acabado de sair do chuveiro, refrescante como menta, e forte com o seu próprio cheiro de homem. Parecia que não tinha nada naquele homem que me atraísse. Ele era como uma miragem. Sentia que podia vê-lo, mas não podia tocá-lo. Mas eu já toquei (e como toquei), embora não pudesse vê-lo. Mason era um enigma para mim. Nunca sei o que fazer quando estou com ele. Não sei como agir, o que dizer e o que pensar. Ainda mais agora, quando ele está me levando para casa em sua moto.

Eu não sei se é certo, mas penso que o jantar de hoje foi um encontro. Para mim é isso o que é, embora eu não saiba o que significa para Mason.

Aperto meus braços em volta de sua cintura, sentindo seu abdômen sarado. Faço o mesmo com minhas coxas. Na verdade, eu queria poder prendê-las juntas. Ainda me sinto latejar. A insinuação que Mason me fez ainda está em minha cabeça. Seu o que ele estava pensando enquanto comia aquele bolinho de uma forma que deveria ser proibida num restaurante por conter classificação indicativa acima de dezoito anos. Confesso que invejei aquele maldito bolinho. Mas ao mesmo tempo, me lembrava de como se sentia sua língua sobre mim, o modo como me explorava por inteiro, vasculhava cada canto meu.

Queria poder arrancar as roupas daquele homem e fodê-lo ali mesmo, sobre a mesa do restaurante. Saborear mais uma vez do seu gosto. Sentir seu líquido atingindo meu núcleo. Suas mãos por meu corpo, que sempre me dão arrepios e deixam um rastro quente por minha pele.

Eu o queria, e sempre foi assim, desde que esse homem sentou ao meu lado no bar. Mason simplesmente ligava aquele alarme dentro de mim que havia ficado desligado há tanto tempo. Ele me acendia por inteiro.

Mason estacionou em frente ao meu prédio e desligou a moto. Não queria lhe dizer adeus e muito menos tirar meus braços de sua cintura. A sensação de tê-lo era tão boa que parecia o paraíso.

-Hum. - Mason limpou a garganta e retirou seu capacete. - Você já pode descer agora.

Tomada pela vergonha pela quinta vez em menos e duas horas, soltei meus braços do aperto de morte que se encontravam ao seu redor. -Hum, claro, desculpe.

Mason riu levemente e desceu da moto depois de mim. Guardou os capacetes no compartimento do banco e olhou para mim.

-Posso acompanhá-la até sua porta?

Oh, ele podia fazer muito mais que isso.

Acenei com a cabeça e ele me ofereceu seu braço. Eu ri e o peguei seguindo-o até a porta de meu apartamento. Subimos as escadas em silêncio, minha mente dando rodopios de tantos pensamentos juntos. Tinha medo de perguntar e acabar estragando tudo. O pior de toda a situação eram as minhas dúvidas.

Elas quicavam em minha cabeça sem parar, uma espécie de "empata foda mental". Não me permitiam parar de pensar o que Mason queria com aquilo, o porquê de simplesmente não ter pedido o meu numero em vez de tudo isso. Se não fosse essas malditas duvidas, eu teria, sim, comido a salsicha de Mason no restaurante. Com muita maionese e mostarda.

Intenso - Sinclar's Club (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora