FORÇA

1ª Capítulo.

Certo,tudo bem...deixa eu tentar recapitular um pouco...

Eu estava voltando de viagem com minha filha,a gente passou as férias na casa dos meus pais. No caminho algo aparece no meio da estrada,uma pessoa? um bicho selvagem?...não sei,então ao tentar fazer uma curva perco o controle do veículo e acabo saindo da estrada vindo parar diretamente aqui.

— Elizabeth?. — Chamo o nome de minha filha.

Ela não está no carro ou em nenhum outro lugar,começo a gritar seu nome cada vez mais alto. Meu corpo doía,havia ferimentos,mas nada muito grave. O carro também não estava em uma situação muito boa,acabou batendo de frente com uma árvore.

A única solução foi ter que sair e procurar por Elizabeth,eu não me importava com malas ou documentos,vou atrás de minha filha usado apenas a roupa do corpo.

A floresta era estranha e meio sombria,eu não me sentia confortável em andar por ali,mas jamais iria desistir de encontrar Elizabeth. Ela saiu do carro antes de mim? para onde foi?...muitas dúvidas se formavam em minha cabeça.

Eu tinha a impressão de estar adentrando cada vez mais aquela floresta que provavelmente não iria me levar a lugar nenhum. Ando por uma estrada de terra que levava a vários outros caminhos alternativos,até que no meio daquele lugar avisto uma pequena casa de madeira.

Apresso o passo e vou até lá,vejo um senhor de pele negra,ele usava roupas claras e um chapéu,estava sentado numa cadeira de balanço na varanda da casa.

— Com licença. — Digo ao me aproximar.

O velho que parecia estar cochilando rapidamente me observa de forma curiosa...

— Eu estou procurando por minha filha de 8 anos,ela tem pele parda,cabelo preto e ondulado,olhos da cor marrom...uma calça jeans...jaqueta rosa. — Lágrimas involuntárias escorrem por conta do desespero.

O velho não fala nada,sua expressão é totalmente vazia,ele apenas aponta para o lado como se estivesse indicando o caminho. Eu não sabia se era confiável,mas estava tensa de mais para pensar nessa possibilidade.

— Obrigada...eu acho. — Digo me retirando.

O homem volta a cochilar em sua cadeira de balanço como se nada tivesse acontecido...

...

Essa é uma daquelas situações que a gente não espera acontecer,geralmente elas vem sem aviso algum e quando percebemos estamos sem saída. A cada passo que eu dava a floresta ficava cada vez mais escura,as árvores pareciam maiores do que antes.

...Elizabeth jamais viria para um lugar assustador assim...

Já faz um bom tempo depois que eu e o pai dela nos separamos,foi um momento difícil para todos,mas soubemos superar essa fase.

Barulhos nos arbustos tiram esse momento de lembranças e me fazem apressar o passo cada vez mais,quando dei por mim estava correndo mesmo com probabilidade de não haver ninguém me perseguindo. Logo ali,de forma inusitada,me deparando com um prédio bem no meio do nada.

O lugar que mais parecia um hospital me chama a atenção. A estrutura estava caindo aos pedaços,os portões que rodeavam a área se enferrujaram com o passar do tempo.

O que um lugar como esse faz no meio do nada?...

E as perguntas em minha mente continuaram a crescer. De repente enquanto eu permanecia parada ali em frente ouço barulhos de correntes sendo arrastadas.

— Se abaixa. — Sussurra uma voz.

Rapidamente olho para os lados procurando por alguém,lentamente vou me afastando dali. Eu iria procurar por minha filha em outro lugar. Tropeço em algo e caio no chão...o corpo de um homem estava estirado ali e quando vou tentando me levantar ele agarra meu tornozelo...

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(Próximo Capítulo Sai Em Breve)