Penúltimo Capítulo.

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O maníaco me joga contra a parede antes de fechar a portar,agora nós dois estamos aqui...

— Ela é minha boneca...a criação perfeita. — Ele fala — Eu causei o acidente,tirei ela do carro e trouxe aqui...bem aqui. Você é inútil...nada se encaixa em você...por isso sua filha...eu a escolhi...

— Por favor,deixa ela em paz,é apenas uma criança. — Imploro.

Ele parece não ouvir minhas palavras...

— Devo começar logo. — Seu tom é calmo — Você ira tê-la...sim...depois de estar pronta.

O maníaco sai do quarto trancando a porta. Levanto do chão e corro em direção a ela,tento de tudo,batendo e forçando eu praticamente me desesperei,mas não adiantava em nada.

Me sento no chão completamente perdida. Lembranças do passado vem na cabeça,a minha gravidez era de risco,Elizabeth podia não nascer com com vida,mas desde o início eu me mantive forte.

...FORÇA...

Era essa a palavra que descreve cada etapa difícil da minha vida,do colegial onde eu era a menina esquisita até os dias de hoje...

A porta se abre de uma vez. Um homem desconhecido vestido de enfermeiro entra no quarto.

— Vamos fazer uns exames. — Diz ele com o olhar malicioso...

Eu me preparo,quando ele estava prestes a avançar agarro a gola de sua camisa e o empurro em direção a parede. O enfermeiro tenta reagir,mas eu acerto uma joelhada bem no meio das suas pernas,o homem vai ao chão se contorcendo de dor. Por fim pego as chaves do seu bolso e saio do quarto trancando a porta com ele dentro.

...

A fúria em meus olhos era bastante explicita,caminho rapidamente até o quarto que Elizabeth estava,mas ao chegar lá não encontro ninguém. A raiva bate cada vez mais forte,procuro em cada canto do quarto andar até encontrar mais um escritório com a porta entreaberta. Vejo o maníaco revisar alguns papéis em cima da mesa.

— Adivinha quem é. — Entro de uma vez.

— Você...

Um soco foi o suficiente para calar sua boca. Ele se desequilibra mas logo recompõe,agarro seu pescoço com força...

— O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHA?. — Grito.

— ... — Ele tenta falar.

— Não me importa o quão maluco ou maníaco você é,quer um monstro?...encosta um dedo em Elizabeth e vai ver. — O ameaço.

Eu seria capaz de mata-lo aqui e agora por todo o mal que ele causou nessas pessoas,principalmente em mim e em minha filha. Vejo o medo em seus olhos,mas eu não me importava,quero acabar de vez com isso.

— Por favor... — O rapaz implora quase sem folego — Não mais...pode leva-la...é sua.

O solto,desesperadamente ele começa a mexer nos bolsos e me entrega uma chave com um número. O rapaz não reagiu em nenhum momento,o desespero em seu rosto era explícito.

Saio da sala com uma expressão determinada,eu sentia que agora nada poderia me deter. Ao passar por um quarto ouço uma voz conhecida,alguém cantava uma canção infantil...paro de andar e dou meia volta.

— Calvin,espero que sua insanidade esteja sob controle. — Comento ao entrar no quarto.

— É claro,eu canto justamente para isso não acontecer. — Responde ele.

O homem se encontrava totalmente amarrado na cama,mas estava na mais pura calma e tranquilidade,me da um certo alívio vê-lo bem.

— As paredes me falaram que você causou um caos por ai,é verdade?. — Ele pergunta.

— Sim,é,foi por uma boa causa...deixa eu te ajudar...

...O desamarro...

— Vem logo... — Puxo ele pelo braço.

— Eu não acredito que você desafiou aquele cara. — Ele se agita — Me lembre de nunca pisar no seu pé...

Sorrio,confesso que senti falta dele. O número da chave nos leva até uma porta,eu a destranco e abro devagar.

— Elizabeth...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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