Ponto de Vista de Derek
Meu corpo se sentia leve. Eu não podia me concentrar, minha mente mal tocava um assunto antes de voar para outro. Não conseguia me lembrar onde eu estava ou o que estava fazendo, nada disso me importava de qualquer forma no momento. Tudo que eu podia realmente me concentrar era o quão escuro estava. Eu podia comparar com…algo. Esqueci. Droga de concentração. Estar embaixo dágua, talvez? Afinal, era como se meus sentidos tivessem sido completamente cortados, como se travesseiros estivessem pressionados contra meus ouvidos, bolas de algodão estivesses enfiadas no meu nariz, e meus olhos lacrados. Claro, sem sentir nada disso. Eu estava morto?
Não sei por quanto tempo isso durou. Um hora ou outra, a dormência diminuiria, e eu estaria mais alerta ao meu redor, como se as barreiras estavam sendo lentamente derrubadas. Minha mente iria gradualmente cessar para ser a bagunça atrapalhada de antes enquanto assimilava um entendimento que estava além do meu alcance. Algo aconteceu. Eu acho. Mas eu não conseguia lembrar. O que quer que fosse, vagava pelas beiradas do meu subconsciente, se negando a me esclarecer. E no momento que os dedos de minha consciência iriam deslizar sobre o-que-diabos-isso-era, já havia ido.
Suponho que toda vez que parecia que eu estava escapando da neblina, eu era jogado novamente na escuridão. Tudo que eu notava era um cutucão estranho em meu braço – estranho apenas pelos meus sentidos estranhos – e puff. De volta para a terra dos malucos eu fui.
Estava acontecendo novamente. Quase como se um peso sendo levantado. Lentamente. Consistentemente. Mas não exatamente. Eu quase adivinhei o que estava por vir – se eu pudesse ao menos adivinhar em que situação eu estava. Eu posso sequer raciocinar? Então o que eu estava fazendo nesse momento? – enquanto ainda não compreendia.
A pressão em meus ouvidos diminuiram um pouco mais, mas eu mal notei devido ao silência quase total. Mas quando um alto barulho ressonou pelo quarto, eu definitivamente ouvi isso, quase jogando munha mente de volta à consciência. Algo duro e quente – quase queimando – apertou em volta de meu braço, me levando a mentalmente estremecer do calor repentino. Eu não conseguia controlar meus músculos ainda. Vamos lá, cérebro e neurônios e neurotransmissores! Funcionem!
Antes que pânico pudesse me preencher ainda mais, havia um distante e não-humano grunhido ecoando de algum lugar abaixo de mim – se minha percepção estava correta – , rapidamente seguido por outro barulho como de tiro, e meu braço foi quase arrancado do lugar. O que seja que eu estava deitado antes se foi, substituido por ventos torrenciais que me jogavam como um boneco de trapos. Durou apenas um segundo antes que eu sentisse força gravitacional novamente. Oi, corpo. Te apresento o chão. Meus sentidos estavam trabalhando mais alertamente enquanto os sedativos perdiam efeito, permitindo que a dor do impacto e o frio do chão atravessassem minhas roupas e entrassem em minha pele.
O frio combinado com os repentinos jatos de barulho de antes e o tratamente de boneco de trapos que recebi – minha mente estava lutando para entender o que diabos foi aquilo – tiveram sucesso em me puxar para mais perto da consciência do que tive em horas? Dias? Décadas? Eu nem sei.
Testando meu controle motor, eu tentei mover meu dedo e estava satisfeito em sentí-lo indo para frente e para trás. Oba. Agora onde raios eu estava? Abra-te Sésamo! Eu pensei, apenas para rir, enquanto forçava meus olhos a se abrirem. A estranha meleca de canto de olho cutucava no canto interno deles, congelados lá por quanto tempo seja que fiquei apagado. Eu estava começando a entender que eu estava “dormindo” – por falta de um termo melhor – contra minha vontade por algum tempo. A razão atrás disso era ainda fora do meu alcance. Mas hey, eu estava acordado agora. Isso é bom, não é?
Errado. Estava escuro onde-diabos-seja-que-eu-estivesse. Pisquei furiosamente, forçando meu corpo a se mover para posição sentada. Enquanto meus olhos gradualmente se ajustavam à falta de luz – você pensaria que eu estivesse acostumado a escuridão por estar inconsciente – eu primeiramente pensei que estava sozinho nessa caverna que eu me encontrava. Porque isso parecia algum tipo de merda de caverna. Que diabos?
Mas meus instintos de sobrevivência estavam acordando. Não, eu não estava sozinho. Os pequenos cabelos em minha nuca se arrepiaram desconfortavelmente, gritando para eu correr do que seja que fosse essa ameaça. Eu finalmente conseguia distinguir uma forma no outro lado desse tipo de quarto em que eu estava, e eu o olhei cautelosamente. Quem fosse – ou o que fosse – aquilo, a coisa estava parada bem imóvel. Quase parecia uma cabeça flutuante ou algo assim. Talvez não estivesse vivo. Talvez era apenas algum tipo de estátua. Vire minha cabeça e apertei meus olhos, tentando decifrar a forma. No tempo que me tomou para piscar uma vez, o objeto de meu estudo desapareceu e estava diretamente na minha frente. Me encontrei encarando a barra de um sobretudo preto. Meu primeiro pensamento foi que não era surpresa que eu podia apenas ver seu rosto na escuridão.
Meu segundo pensamento era mais no estilo de Oh merda!
Ponto de vista de Jake
“Que diabos acabou de acontecer?” Não pude evitar de rosnar com minha fúria. Meus membros estavam começando a tremer, e eu tive que respirar profundamente para tentar controlar.
Poucos momentos atrás, se ouviu como se uma arma tivesse sido disparada, causando que todos nós saltássemos de qual seja a posição que estávamos. Todos ficamos surpresos, o que significava algo; tomava muita coisa para confundir um bando de sanguessugas e um transmorfo. Mas então o leitor de mentes se congelou e seu rosto se endureceu antes de soltar um rosnado enfurecido que estremeceu a casa. Que.Diabos.é.Isso. Problema de temperamento será?
Edward, Bella, e Jasper estavam todos fora de seus lugares e nas escadas antes que o resto de nós pudesse reagir. Mas eles nem chegaram nos degraus antes daquele estranho barulho soar novamente. Eu estremeci quando o Sr. Leitor de mentes machão deixou sair um rosnado ameaçador, voando pelas escadas em uma velocidade não-humana.
Quando finalmente levantei meu traseiro e cheguei no quarto onde os outros estavam reunidos – o quarto de Derek? – um forte cheiro me atingiu. Era um cheiro estranho, familiar. Como um sonho distante. Também cheirava em algo como…Nessie. Mas não exatamente.
“Nahuel,” Edward sibilou enquanto Bella olhava ao redor em descrença. O que levou a minha explosão. E aumentou o nosso dilema. Onde diabos estava aquele safado? Isso tinha algo a ver com os outros desaparecimentos? Por que eles pareciam ter sido menos cuidados dessa vez? E a maior pergunta de todas (apesar que apenas consegui dizer uma palavra): Nahuel?
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Burning Sun
FanfictionSer adolescente não é uma tarefa fácil,muito menos ainda quando se é metade vampira-metade humana, e na verdade só tem 6 anos.Renesmee Cullen,sabe disso muito bem. Começar em uma nova escola,novos amigos,e ainda se preocupar em manter o segredo de s...