Capítulo 24: "Posso te chamar de amor?"

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Quando o exame chegou, Christopher e eu vimos que era a hora de aceitarmos realmente aquilo. E com isso: contar a nossa família. Ele trouxe a mãe a Miami. Eu levei Lana para a sala de casa.

Cada um com sua família né.

— Tenho algo muito importante para te contar — falei, lhe dando um prato com torta de frango. Era a preferida dela. Também era a única que a gente conseguia fazer.

Ela analisou o prato.

— O que você quebrou dessa vez hein?

Soltei uma risada. Sempre que a gente quebrava algo íamos contar para a outra primeiro oferecendo comida. Amenizava a notícia.

— Não quebrei nada. — Puxei o banco que tinha na sala e o coloquei na frente da Lana, me sentando nele e a olhando. — Eu to grávida.

Lana me encarou por logos minutos, sem nem piscar. Eu comecei a me preocupar.

— Lana? — Passei a mão em frente ao seu rosto.

— O QUE? — gritou, se levantando em pulo. — Quem foi que te engravidou?

— Christopher...

— Menos mal.

Mordi a boca para não rir. Era um momento bem inapropriado.

— O que? — Ela me olhou. — Eu não sei até aonde você e o Noah foram quando voltaram.

— Nós não fomos a lugar nenhum. Eu nem beijei ele.

— Isso é música para os meus ouvidos.

— Eu acabei de te falar que to grávida.

— Verdade! — Ela veio até mim, me abraçando. — Parabéns! Parabéns pra mim! Vou ser tia.

— É, parabéns para você Lana. — Ri, retribuindo seu abraço.

— Fui a primeira a saber? — Ela me olhou.

— Sim, você foi.

— Bem na sua cara, David!

— Lana, não é uma competição entre você e o meu pai.

— Claro que é, já deixei claro para ele que eu sou mais mãe e pai seu que ele e a Jane juntos.

— Não diga o nome dela. — Neguei com a cabeça.

— Ok, desculpa.

— Bom, agora que eu já te contei, preciso ir ver o Christopher. — Me soltei de Lana.

— Pra contar para ele?! — Ela franziu a testa, me fazendo rir.

— Não. Para ver como ele está. Ele está bebendo desde as cinco horas da tarde de ontem.

— Blair, já é hoje, e são sete da noite.

— Eu sei. — Peguei meu celular e minhas chaves. — Eu realmente preciso ver como ele está. Se ainda tiver sobrado algum Christopher né.

No caminho até o hotel onde Chris estava eu tentei ligar para ele, mas caia direto na caixa postal. Ele estava sem bateria.

Ao chegar no andar em que ele estava eu vi Richard e Erick na porta do quarto dele.

— Chris, abre a porta! — disse Richard, batendo na porta.

— O que aconteceu? — perguntei, indo até eles.

— Chris acabou de chegar e se trancou no quarto.

— Ele chegou agora? Caralho. — Guardei meu celular no bolso e coloquei o ouvido contra a porta. Não ouvia nada. — Chris? — chamei, dando uma batidinha na porta.

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