A cada ano que se passa as coisas vão se tornando menos intensas e menos palpáveis, aqui dentro já não há uma esperança tão forte de que a vida tome rumos mais ousados. Na verdade, se os caminhos da vida se direcionarem ao que foi planejado já seria de bom tamanho, mas e os grandes sonhos? Ficaram, estão com o menino que se perde na mesma proporção em que um novo ano se inicia.
Tentar segurar as mãos desse menino e não deixá-lo para trás é tão difícil quanto rasgar o calendário e fingir que nada aconteceu. É claro, nas expectativas de quem sempre diz que devemos ter esperança, procuramos uma fagulha daquela doce ilusão e mostramos aos outros apenas para que não nos incomodem. Mesmo sabendo que já não há muito o que se fazer.
Vamos dançar? Pois, dentro daquilo que almejamos, uma bela dança pode nos ensinar a ter pulso e ousadia para agarrar as rédeas da nossa vida e começar a dizer SIM ou NÃO para o que vem, para quem vem e para o que estamos nos tornando.
