Amar também quer dizer sofrer

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Não tenho a capacidade de apagar o passado, mas acredito que ele possa ser usado para nos ajudar a não cometer os mesmos erros. Acredito que não precisamos de alguém nos apontando nossos erros, falhas e nem defeitos, não pertencemos a ninguém senão a Deus. Estar com alguém é permissividade; é caridade (que na bíblia também significa amor); é mutualidade, não existe um mais certo ou um mais errado, e sim uma tentativa de compatibilidade, de ser com o outro, e não ser o outro ou querer fazê-lo se espelhar em nós.
Quando nos acordamos todos os dias, renascemos para que uma nova história comece, prosseguir naquilo que nos faz mal é o mais infame ato de ódio a si mesmo. Então, na solidão mais sublime podemos questionar se até quem diz que nos ama pode ou não está nos fazendo bem. Quantas mães já se feriram tão profundamente por um filho que apesar de amá-las não abria mão de si para vê-las sorrir? Infelizmente não há igualdade de prioridades senão meras concordâncias em um coisa ou outra.
Foi pensando nisso que cheguei a conclusão que um amor que amarra e prende não era saudável. Que a mais sublime manifestação do amor estava em um coração que se partiu para que outro coração não se quebrasse. "É porque eu te amo que eu te deixarei ir", essa frase é perturbadora para aqueles que tem medo de perder, e por causa desse medo já perderam. Pense no filho pródigo, como seria a convivência daquela família se o pai não o deixasse ir?
Wilson P. Lobo

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