Lancinante

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Significado:

“Que aflige e atormenta: recordação ou desejo lancinante”

(...)

Por entre as vilas da antiguidade, havia um feiticeiro muito poderoso e temido pelos cidadãos pacatos da velha cidade. Ele fazia poções, vendia itens valiosos, e sempre almejou ter sua juventude de volta, mas nunca conseguiu.

Fazia contratos mágicos entre reinos, enganava muitas pessoas, até reis e rainhas que, desesperados, faziam o que o feiticeiro queria. Tudo vinha com um preço e, você pagará por ele quando menos esperar.

Sua linhagem existe até os dias de hoje, e seus aprendizes, também…

— Inútil! — deu um tapa em seu aprendiz.

O feiticeiro e o mais jovem discutiam sobre o que aconteceu algumas semanas atrás. Estavam na sua pequena loja de gatos, o petshop.

— Você é burro, ou se faz? — indagou furioso.

— Me desculpe, eu errei. Me perdoe! — disse, ajoelhando-se no chão, esfregando as mãos.

— Eu te dei apenas uma ordem. Uma ordem! — gritou. Respirou fundo e então continuou. — A única coisa que te pedi foi para não deixá-la fugir, e olha o que você faz! Seu imbecil!

— Mas eu não sei como isso aconteceu, eu me ausentei apenas por um momento, eu juro! Não tem como ela ter aberto a porta sozinha, sendo uma gata.

— Eu devia tê-la trancado em uma gaiola melhor e ter a escondido em um lugar secreto, até o dia da estrela cadente. Como fui tolo.

O feiticeiro tinha acabado de voltar da sua viagem para Nova Orleans. Deviam parecer pessoas normais diante dos olhos da sociedade, então apenas fechou a loja e seu aprendiz foi para outra cidade.

— Bom, pelo menos eu sei que ela não está longe, senhor… Eu segui o garoto esses dias.

O homem o olhou com fúria e ameaçou batê-lo, mas percebeu que não resolveria nada.

— Maldita hora em que eu vim para a Coreia. — Desabafou. Dirigiu-se até a sala dos fundos, e o mais novo levantou, seguindo-o.

O velho sentou-se na sua confortável poltrona.

— Só ela sabe onde o anel está, e temos que descobrir. Vamos ver no que isso vai dar...

(...)

Rosé foi à farmácia comprar um remédio para enjoo, e depois para o restaurante onde ela e sua amiga sempre se encontravam.

A ruiva esperava sentada confortavelmente, na poltrona macia da salinha da recepção do restaurante. Após alguns minutos, sua amiga aparece. Ambas usavam vestidos, Rosé um vermelho e Jennie, preto, combinando com um salto.

Rosé se levanta para cumprimentá-la, e vão até uma mesa. O lugar era bonito, os pisos e tudo ali brincavam com a mesclagem das cores preto e branco, luzes amarelas e decoração de flores.

— O que você quis dizer com “estar meio mal”? — Indagou Jennie.

— Bom, eu sinto enjoo e ânsia de vômito. Não sei se eu comi algo que fez mal. O que acha que tenho?

— Eu não sou médica para te diagnosticar. Acho que deveria ir ao médico.

— Mas eu não tenho tempo. O trabalho consome grande parte dele, e eu quero ficar o máximo que puder perto do Jungkook, ou pelo menos olhá-lo. — Sorriu.

— Chaeyong, você está cega de amor por ele. Você não vê que o Jungkook só quer o seu corpo?

— Pelo menos ele quer alguma coisa minha. — Riu.

Minha Gata | pjm×llmOnde histórias criam vida. Descubra agora