Vazio

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Após limpar a sujeira que o velho causou e Namjoon a pediu para arrumar, Rosé vasculhou o escritório inteiro à procura da chave, no entanto, não conseguiu achá-la. Nervosa, mexeu lentamente nos cabelos pensando em uma maneira de conseguir provas.

Ela entrou no dormitório de Namjoon, no instante que pisou no quarto sentiu um súbito arrepio e algo medonho tomar conta de si por alguns segundos. Contudo, apenas ignorou e começou a procurar ali também. Não achou nada nos armários, nos casacos dentro do guarda-roupa. Nada…

Até que… Ela acaba achando um cofre no fundo do armário.

— Quantos segredos esse homem deve ter? — Comentou, boquiaberta.

Subitamente, seu peito começou a apertar e estava com dificuldades para respirar. A garota põe a mão entre os seios, confusa. Por que se sentiu assim do nada?

Levou as mãos ao rosto, seu coração estava muito acelerado e as mãos tremiam. Rosé estava tendo uma crise de ansiedade?

Correu até o banheiro, lavando o rosto e tentando respirar fundo, contudo, não estava conseguindo.

Nervosa, caminhou até a escada, descendo-a com uma das mãos no peito e a outra segurando o corrimão. Foi até a cozinha, abriu a geladeira, pegou uma jarra de água e bebeu na boca, quando terminou a deixou no balcão, logo sentando no chão e apoiando a coluna na parede. Aos poucos conseguiu recuperar sua respiração, fechou os olhos e pensou novamente, tentando acalmar-se.

Quando os abriu, percebeu um reflexo pelo canto dos olhos, então observou de onde vinha, era a luz da piscina. Quando se tocou, o céu já estava escuro, mas sem nenhuma estrela.

Voltou a pensar. Se o traidor de quem Namjoon havia falado era seu irmão, ele foi morto pois deveria ter descoberto algo que não deveria. Para encobrir, Namjoon forjou a morte dele alegando suicídio. Entretanto, sendo intrinsecamente sincera, não é só porque o garoto arquitetou a morte do irmão que ele é o assassino. Talvez o pai tenha feito e o obrigou a esconder a sujeira embaixo do tapete. Explicaria o fato dele ter ficado tão irritado com o filho ter perdido o relatório, já que o mesmo demonstrou ser frio em relação à Namjoon.

Ela tinha razão…

Rosé pegou o celular do bolso e ligou para a amiga. Após alguns segundos na espera, ela atende.

— Alô? — Parecia estar dormindo, pela voz falha.

— Jennie, preciso que faça um favor para mim. — Disse, ainda com dificuldades.

— O quê? O que aconteceu? — Indagou, preocupada.

— Preciso que vá na minha casa e pegue algo para mim.

— Pegar o quê?

Rosé respirou fundo.

— Chaeyoung, você está bem? Quer que eu vá aí?

— Estou, não é nada. Só preciso que pegue uma pasta.

— Que pasta?

Não podia mais guardar para si mesma, tinha que contar para sua amiga para poder ajudá-la em seu plano.

— Eu preciso te contar muitas coisas Jennie, mas por favor, faça o que estou te pedindo. Te conto tudo quando vier aqui, mandarei a localização.

— Certo.

Encerrou a chamada. Rosé não lembrava onde tinha posto o tal relatório, que assumiu ser de extrema importância, já que as datas não estavam batendo.

— Ok, então suponhamos que a data do relatório estava certa, ele morreu dia 10 e não dia 11, que foi o que a polícia alegou. — Disse a si mesma, reflexiva. — Então eles acobertaram o caso… Filhos da puta! — Exclamou, furiosa.

Minha Gata | pjm×llmOnde histórias criam vida. Descubra agora