Domingo, 4 de outubro de 2009.
Donghyuck carregava duas latas de cerveja e um prato com carnes recém assadas por Jaehyun, que estava responsável pelo churrasco, pois o jovem de pele alva havia o incumbido de colocar o prato na mesa, onde todos poderiam pegar quando o jogo de vôlei na piscina tivesse seu fim.
A esposa de Johnny, com sua barriga de sete meses, exclamou de felicidade ao o ver chegando com a iguaria. A mulher grávida tinha um apetite que rivalizava com o do próprio marido, devido a gestação avançada. Donghyuck deixou o prato mais perto dela na mesa, retribuindo o sorriso grato ao sentar ao lado de Mark.
O loiro parecia muito entretido em sua conversa com Doyoung, despertando a curiosidade do ruivo, que chamou a atenção dos dois entregando uma cerveja ao namorado, sorrindo ao sentir o braço do maior passar por seus ombros, o puxando para perto sem parar a conversa. Donghyuck se aconchegou passando a prestar atenção ao que diziam, enquanto bebericava de sua bebida.
— Não sei, eu acho que dois é um bom número. Filho únicos podem se sentir sozinhos e três parece demais.
— Eu gosto de três, eu e meu irmão queríamos ter uma irmãzinha pra mimar, mas meus pais pensavam como você... — Comentou Mark, ficando levemente taciturno ao lembrar do irmão falecido. Donghyuck beijou a pele exposta acima do mamilo direito do mais velho, que o olhou e retribuiu seu sorriso. — E você, Hyuck, quantos filhos quer ter?
— Você disse três, não é? — Comentou bebendo mais um gole da lata.
— Hm, se o casal me dá licença, vou buscar uma cerveja, acho que a criança aqui esqueceu do hyung! — Comentou Doyoung, batendo no pé do ruivo ao levantar e caminhar para fora da tenda montada no quintal espaçoso.
— Eu só tinha duas mãos! — Comentou com um bico, arrancando um sorriso do mais velho, o que deixava claro que ele estava brincando.
— Desfaz esse bico, ou eu vou beijar! — Mark comentou rindo ao o ver pronunciar mais o lábio inferior.
O loiro tomou um gole da bebida que Donghyuck havia o entregado e a colocou no chão, virando o corpo e aconchegando melhor o namorado para, só então, beijar o ruivo com vontade. Mark não era o maior fã de demonstrações públicas de afeto, mas se sentia tão em casa junto aos amigos que era impossível não se sentir confortável para ficar em paz.
Ficaram ali trocando caricias, enquanto ouviam as exclamações de Zoe, que assistia o desfecho do jogo do marido. Desfrutavam da sombra para namorar, já que Mark estava quase sempre ocupado nos últimos meses, pois o último livro lançado pelo loiro fez tanto sucesso, que a editora decidiu publicar a trilogia que ele considerava a obra de sua vida.
Donghyuck estava feliz pelo sucesso dele, mas sentia falta de momentos como aquele, em que só ficavam juntos aproveitando da companhia dos amigos e dos carinhos um do outro. Pensar nos últimos anos lhe fazia sorrir, pois apesar de concentrado no trabalho, Mark não estava ausente. Pelo contrário, ele cuidava para conseguir tempo de qualidade com o ruivo, ainda que pouco.
Beijou o rosto do loiro, sorrindo com a careta que ele fazia ao observar o jogo, e beijou o dorso desnudo algumas vezes, chamando a atenção. O maior o abraçou, o envolvendo totalmente com os braços e o ajeitando entre as pernas. Trocaram um selinho demorado, antes do mais velho se afastar com uma expressão divertida.
— Você não respondeu — falou, deixando o ruivo confuso.
— O que? — Perguntou, apoiando o queixo no peito do loiro.
— Quantos filhos quer ter, Hyuck? — Donghyuck riu com a pergunta, mas o loiro aparentemente, não via graça. — É sério, precisamos concordar nisso...
— Quer ter filhos comigo, Mark? — Maliciou, levantando uma sobrancelha tirando sarro do maior.
— Bom, sim... Hm, talvez, é um dos passos, não é? — Murmurou, desviando o olhar do ruivo, que arregalou os olhos, mas o sorriso entregava o quanto o pensamento era bem-vindo. — E você tem que responder, isso é algo que temos que concordar, certo?
— Quantos você quiser, Mark! — Não conseguiu evitar o tom doce, nem o sorriso apaixonado ao retribuir o beijo do loiro. Porém sua curiosidade falou mais alto. — Quais são os outros passos, posso saber?
— Uh, hm. Bom, precisaríamos casar pra adotar, sabe? O hyung que disse — voltou a murmurar, acariciando a bochecha do ruivo com o polegar e o fazendo cafune com a outra mão. — Então, casar e comprar uma casa, ter filhos e ficar velhos juntos. Já compramos a casa, então daqui alguns anos podemos pensar em filhos e em casar.
Donghyuck continuou a usufruir dos carinhos do namorado enquanto pensava sobre o que ele havia dito, era realmente um bom plano. Tinham uma casa grande o suficiente para três filhos, casar com Mark, adotar e talvez resgatassem um cachorro. Sorriu com o pensamento, pois parecia possível. Na verdade, parecia questão de tempo.
Abriu os olhos que não lembrava de ter fechado e descobriu Mark o encarando com um sorriso bonito. Podia afirmar que ele estava compartilhando de seus sonhos como se lesse sua mente. Se ergueu beijando a ponta do nariz do mais velho e ficando em pé.
— O jogo acabou, estão saindo pra comer, vamos- — Mark começou, sentando no sofá para seguir o ruivo, porém o menor o surpreendeu se ajoelhando na sua frente arrancando com isso, uma interjeição assustada de Zoe, que estava a poucos metros dos dois. — O que está fazendo?
Todos pareciam olhar a cena, já que o quase grito da mulher chamou a atenção dos outros, o silêncio foi quebrado pelo riso do ruivo, pois a cara que Mark fazia ficaria guardada para sempre em sua memória. Poderiam o chamar de impulsivo, mas tinha certeza que o loiro era o homem de sua vida e marcaria isso pedindo para tornar tudo oficial.
— Por que esperar? — Sorriu estendendo a mão ao maior, que a segurou desconfiado e chocado demais para sequer pensar no estava fazendo. — Eu não tenho um anel, mas isso a gente resolve depois...
— Hyuck?
— Casa comigo, Mark Lee? — Tentou passar confiança, mas se rendeu levemente a emoção do momento, fazendo sua voz fraquejar ao sentir seus olhos lacrimejarem.
Mark riu, ainda incrédulo e o fez levantar para então o abraçar apertado. Os amigos se aproximaram da tenda, com o canto dos olhos viu Johnny abraçar a mãe de seu filho que chorava copiosamente junto a Taeyong e Donghyuck sentiu vontade de fazer o mesmo ao sentir respingos contra seu ombro descoberto.
— Sim! — Mark sussurrou contra sua orelha, deixando um beijo lá. A voz dele quebrando com as lágrimas que revelou ao se afastar para beijar o ruivo. Donghyuck não resistiu e se rendeu totalmente ao momento, deixando as suas caírem também.
Os assobios e gritos dos amigos embalaram o beijo apaixonado dos dois, quebrado apenas quando eles se aproximaram para os parabenizar. Donghyuck não conseguia imaginar aquele momento de outro jeito e não conseguia imaginar sua vida sem o seu noivo. Sorriu ao o chamar assim pela primeira vez, pois parecia certo, como tudo que dividia com Mark.
YOU ARE READING
If, Perhaps | [Markchan]
Romance[Markhyuck | +18 | 9/9] Donghyuck estava enganado uma vez que a vida que viveu junto ao garoto da parada de ônibus estava, sim, sujeita ao bater das asas de uma borboleta, pois ela não existia em toda realidade.