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Felicity West

  Jack e eu tínhamos concordado em ajudar secretamente a garota. Corbyn não tinha feito nada com ela, e eu sabia que isso iria acontecer, porque ele não é mau.

Caily estava mesmo com fome e assim que comeu todo o café da manhã e tomou um banho, sua aparência tinha mudado para melhor. Ela só sabia nos agradecer e no fundo eu sentia pena e ficava preocupada para saber o que aconteceria com ela.

- Jonah está te chamando. - Jack fala e bate na porta do quarto e eu me levanto, saindo. - Ele não sabe sobre a garota. Eu já verifiquei.

- Ótimo. Vamos ser bem discretos. - Falo e ele assente.

Ando até o quarto do Jonah e bato três vezes na porta, até ouvir sua voz me mandando entrar.

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunto assim que entro e fecho a porta.

- Não. - Ele fala dando de ombros e eu o olho desconfiada. - Só queria saber como você estava.

- Estou bem, eu acho. - Digo e cruzo os braços. - Por que queria saber?

- Oras, porque eu me preocupo com você. - Ele responde como se fosse óbvio. - Acha que dei para andar mentindo?

- O que é que você quer afinal, Jonah? - Pergunto ainda desconfiada.

- Nada. - Ele e dá de ombros. - As coisas estão saindo todas como eu quero, e isso me deixa muito bem humorado.

- Claro. - Digo e reviro os olhos. - Já que era só isso, eu vou voltar para meu quarto.


- O que estava fazendo? - Ele questiona me olhando e eu arqueio as sobrancelhas. - O que é?

- E ainda pergunta...- Murmuro negando com a cabeça. - Eu estava deitada.


- Ainda é cedo... - Ele murmura negando com a cabeça e se levanta, vindo até mim. - Está cansada?

- Um pouquinho. - Falo me recostando na parede e o encarando. - A minha mãe me mandou uma mensagem dizendo que queria falar comigo...Mas o Jason está em casa.

- Você não vai sair daqui com esse maluco a solta. - Ele fala negando com a cabeça e andando de um lado para o outro. - Ou vamos ter que eliminar ele.

- Não vamos matá-lo. - Falo e ele me encara. - Não posso ser igual a ele, Jonah.

- Podemos trancá-lo no porão junto com a garota. - Ele fala dando de ombros e eu suspiro. - Dar uma lição nele.

- Não vou deixar ele chegar perto dela e de mais ninguém. - Digo e vejo Jonah parar em minha frente.

- E por quê?! Apenas dou o que as pessoas merecem. - Ele fala arqueando as sobrancelhas e cruzando os braços.

- Você acha que aquela garota merece ser torturada? - Pergunto me recostando na parede. - É só uma garota. Assim como eu e todas as outras.

- Ela mentiu para mim! Olhando nos meus olhos. - Ele fala e nega com a cabeça. - Seu coração mole vai acabar nos matando.

- Queira você ou não, eu sou a que mais pensa aqui. - Digo e ele suspira. - Vocês agem por impulsos e eu pela lógica.

- Fazemos o que tem que ser feito. - Ele diz negando com a cabeça. - As pessoas tem que saber quem nós somos.

- Claro, Jonah. - Digo e reviro os olhos. - Era isso que tinha pra falar? Eu vou para meu quarto.

- Estou pensando em mandarem por grades na sua janela... - Ele murmura parecendo pensativo e eu o olho incrédula. - Tudo questão de proteção.

- Vai se ferrar! - Exclamo e nego com a cabeça. - Você não pode fazer isso! Quantas vezes vou ter que dizer que sei me proteger sozinha e que você não é o meu pai?!

- Aos meus olhos você é apenas uma garotinha indefesa. - Ele fala e dá de ombros. - Minha missão é deixar você segura! Eu prometi ao seu irmão.

- Você só pode estar brincando comigo! - Falo negando com a cabeça. -  Faça uma coisa dessas e eu nunca mais volto aqui.

- Não mesmo... - Ele murmura e ri um tanto irônico. - Até porque estaria morta.

- Que seja. - Falo e nego. - Eu não vou nem pensar duas vezes antes de sair daqui. Eu não sou sua prisioneira e com certeza não sou sua filha. E se me dá licença, agora eu tenho coisas melhores pra fazer do que estar aqui para lidar com essa situação ridícula.

- Você não pode me dar as costas desse jeito! - Ele exclama parecendo estar indignado e me puxa pelo braço, quando ouso sair. - Felicity!

- O que é, Jonah?! - Questiono quando ele fica em minha frente.

- Mas que droga de garota! - Ele fala negando com a cabeça algumas vezes seguidas e começando a se aproximar de mim.

- Que inferno! O que vai falar agora? Está sendo ridículo! - Falo indignada e ele molha os lábios.

- Eu estou fazendo o meu papel que é cuidar de você... - Ele murmura e começa a aproximar o rosto do meu. - Quando na verdade isso é tão difícil.

- O que está fazendo?! - Questiono e franzo o cenho. - É melhor me soltar!

- O que eu queria ter feito há muito tempo... - Após isso tudo o que sinto são seus lábios se chocaram com os meus.

Arregalo os olhos quando sinto o contato dos nossos lábios. Jonah permanecia ali, e segurava agora minha cintura.

Meu corpo é recostado mais na parede e ele coloca sua mão em meu rosto, o acariciando.

Não demora para que eu retribua o beijo, segurando em seu ombro e sentindo e aproveitando a lentidão e intensidade que isso leveva.

ɢᴀɴɢsᴛᴀ | ᴢᴀcʜ ʜᴇʀʀᴏɴ Onde histórias criam vida. Descubra agora