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Felicity West

  Dias tinham se passado e eu quase não me comunicava com ninguém da casa, nem mesmo Jonah, só quando precisava e eram curtas palavras.
A única pessoa que eu ainda falava era o Corbyn. Isso por ter prometido à Caily que cuidaria dele.

Zachary não falou mais comigo depois daquela noite e a partir daí todos os sentimentos, que eu havia conseguido guardar um dia, tinham sido remexidos e agora vinham à tona.

Abro a porta do quarto e saio, acabando de dar de cara com ninguém menos que ele.

- Por falar no diabo... - Ele murmura fechando a cara  e eu o olho feio.

- Vai se ferrar. - Falo e passo por si, batendo em seu ombro.

- E para piorar está de TPM. - Ele fala em tom um tanto irônico e eu bufo.

Me seguro para não socá-lo ali mesmo e respiro fundo, o ignorando e descendo as escadas.

- Jonah, é o seguinte...- Começo a falar assim que o vejo no sofá. - Acho que vou pra casa.

- Por quê? - Ele questiona me olhando e arqueando suas sobrancelhas. - Você sabe muito bem de que isso não é seguro...

- Porque eu não quero ficar aqui. - Falo e ele suspira.

Em seguida ouço passo atrás de mim e bufo ao ver Zachary se sentar ao lado de Jonah.

- Jonah! - Ele exclama o olhando e sorrindo um tanto cínico, para me provocar.

- Zachary! - Jonah fala e o olha um tanto desconfiado.

- Presta atenção no que eu disse. - Falo revirando os olhos.

- Você só pode ir se levar o Jack com você. - Ele fala me olhando e eu dou de ombros.

- Ir aonde? - Zach questiona nos olhando e eu sorrio vitoriosa.

- Levar o Jack? Uh...Posso levá-lo, mas acho que passaria uns dias com a minha mãe. - Falo ignorando Zachary.

- Essa é a condição. - Jonah fala e volta sua atenção para o jornal.

- Eu acho isso um absurdo! - Zach exclama nos olhando e negando com a cabeça.

- São dias de família. - Digo indignada. - Como quer que eu leve Jack?

- Do mesmo jeito que pensa em ir. - Ele fala como se fosse óbvio e toma um gole de seu café.

- Minha nossa, Jonah! Imagina os riscos que ela estaria exposta. - Zachary fala dramatizando e Jonah passa ao encarar. - Eu acho isso um grande absurdo.

- Cala sua boca! - Exclamo e o olho feio. - Jonah! Para com essa bobagem!

- Bobagem?! Você pode ser sequestrada de novo! - O embuste volta falar. - Isso seria uma desgraça, não é mesmo, Jonah?!

- Olha, o Zach tem razão... - Jonah murmura enquanto me olha, e eu nego.

- Isso é o cúmulo do absurdo! - Falo bufando. - Ele está fazendo isso só para pirraçar!

- Como você ousa dizer isso?! - Ele fala fazendo a cara mais sonsa possível  e levando as mãos até seu peito. - Eu estou preocupado com você, sua ingrata.

- Viu só?! - Jonah fala e me olha feio. - Depois você diz que ele não gosta de você.

- Que inferno! - Solto um grunhido e retiro meu tênis, jogando em Zachary. - Seu idiota!

- Felicity! - Jonah exclama olhando feio para mim, enquanto Zach fazia cara de coitado.

- Você é tão malvada comigo... - Ele murmura e passa a mão na cabeça.

- Isso aqui é um inferno! - Falo voltando a subir as escadas e indo até meu quarto, enquanto me sentia cada vez mais irritada.

- Felicity... - Ouço o enviado do demônio cantarolar meu nome e fecho meus punhos. - Eu me importo tanto com você! E você faz isso comigo, que coisa feia.

- Não me teste! - Exclamo me virando e o vendo entrar em meu quarto.

- Você está tão nervosinha. - Ele comenta e finge um falso drama. - Logo comigo que só quero o seu bem.

- Você está louco pra levar uma surra! - Exclamo já possessa.

- De você?! - Ele questiona e me olha sorrindo como um cínico. - Você não faz mal a nenhuma mosca.

- Dai-me forças para não matá-lo. - Murmuro para mim mesma e respiro fundo. - Faça o favor de se retirar, seu grande cínico!

- Você está ferindo meus sentimentos, sua ogra! - Ele indaga me olhando e levando as mãos até o peito. - Isso não se faz.

- ZACHARY, SAIA DAQUI! - Grito irritada.

- Ih, agora está irritada! - Ele fala e solta uma risada irritante. - Que temperamental.

Ando até a parte em que eu guardava meus sapatos e pego um par de saltos, jogando em si, e o vendo desviar.

- Seu cínico! Eu não quero nem ver a sua cara na minha frente. - Digo e ando até si, o empurrando.

- Tudo o que eu faço é te proteger! E você me trata desse jeito?! - Ele exclama bancando o sonso e eu bufo. - Assim você me magoa.

Não me contento e dou um soco em seu peito, o vendo fazer uma careta de dor e em seguida consigo empurrá-lo para fora do quarto.

- Merda...- Murmuro trancando a porta e passando a mão no rosto.

ɢᴀɴɢsᴛᴀ | ᴢᴀcʜ ʜᴇʀʀᴏɴ Onde histórias criam vida. Descubra agora