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Felicity West


- SEU IDIOTA! - Grito ao ver que Zachary tinha quebrado meu porta retrato. - IMBECIL!

- Foi sem querer! - Ele diz em sua defesa e eu o olho incrédula.

- ESTAVA CEGO?! - Grito novamente e bufo, o pegando do chão.

Ele estava me beijando e acabou por bater a mão no porta retrato quando ia me pegar no colo. E eu adorava aquele, por ter sido presente do Josh, meu ex melhor amigo.

- Eu não tenho culpa! - Ele fala e nega com a cabeça. - Há minutos atrás você parecia estar adorando.

- Você é um idiota. - Falo o olhando feio. - isso foi presente!

- Ok, você compra outro. - Ele fala e suspira, passando as mãos no rosto.

- Que droga, Zachary. - Falo o imitando. - O Josh me deu e você quebrou!

- Nunca gostei dele mesmo... - Ele murmura e  o vejo revirar os olhos. - Ele nem deve gostar tanto assim de você.

- Você não gosta porque ele era bem apegado à mim. - Falo e o olho incrédula. - Não me faça te bater, você sabe que meus socos doem.

- Porque ele era um grande e maldito talarico. - Ele fala e revira os olhos. - Eu ainda me lembro que você jurou que nunca mais iria me bater.

- Talarico nada. - Falo e solto um grunhido. - Eu jurei, mas de repente me arrependi.

- Eu via a forma como ele te olhava. - Ele fala bufando e me olhando feio. - Juramentos não podem ser quebrados.

- Me olhava como um melhor amigo olha a melhor amiga. - Falo como se fosse obvio. - Ah...Você está com ciúmes.

- Não, eu não estou. - Ele fala e o vejo fechar a cara. - Só estou expondo fatos que condizem a realidade.

- Está sim. - Falo rindo e o empurro para se sentar na cama. - Que bonitinho.

- Que abusada. - Zachary fala e revira os olhos novamente. - Podemos jogar os cacos pela janela.

- Você vai colar cada caco. - Digo e deitando na cama e ele me olha incrédulo. - Ou então eu nunca mais faço nada com você.

- Não vou colar a oferenda do diabo. - Ele fala me olhando boquiaberto e negando com a cabeça. - Ah mas eu não vou mesmo.

- Tudo bem, a escolha é sua. - Digo ajeitando o travesseiro. - Já sabe, não é?! Greve de sexo.

- Eu aposto que pode se virar bem com seus dedos. - Ele fala e me olha com ar irônico. - Sabe, eles até que são grandes e dão para o gasto.

- E aposto que pode se virar com suas mãos. - Falo cínica. - Eu não preciso dos meus dedos, sei me controlar.

- Ah é mesmo?! - Ele fala sorrindo um tanto cínico. - Pois eu também sei me controlar. Até melhor do que você.

- Então nós veremos bem se sabe mesmo. - Falo e me levanto, pegando o porta retrato e colocando no criado mudo.

- Isso é ridículo e sem cabimento. - Ele fala de sentando e cruzando os braços. - Você só pode estar brincando.

- Nunca falei tão sério em minha vida. - Digo olhando para minhas unhas, que estavam bem feitas.

- Cínica, sonsa. - Ele fala e nega com a cabeça enquanto me olha feio. - Tudo por causa daquele maldito...

- Não culpe meu amigo, você que quebrou o meu presentinho. - Falo e o vejo ir até o porta retrato e o pegar.

- Seu amigo uma vírgula! Uma grande vírgula que ele é seu amigo. - Ele fala e encara o porta retrato por alguns segundos. - Inferno...

- Tem razão. Ele não é meu amigo, é meu melhor amigo. - Falo sorrindo sonsa. - E sabe o quê mais?! Vou ligar pra ele e vamos sair para fazer coisas que melhores amigos fazem.

- Ótimo. Ao menos que tenho o Jack. - Ele fala e me olhando bufando. - E eu aposto que ele não é um falso como você.

- Não tenho culpa que você tem ciúmes do Josh. - Falo e ele me olha feio.

- Não tenho ciúmes dessa coisa. - Ele fala e se levanta novamente. - Vou sair com o Jack e fazer coisas que garotos fazem sem garotas.

- Eu nem ligo. E leve a sua amiguinha também. - Falo revirando os olhos e indo até a porta. - Aproveita e façam uma festinha no seu quarto a três.

- Está com ciúmes? - Ele fala e sorri grande. - Que coisa boa! Que sensação ótima.

- Não. - Falo e reviro os olhos. - E saia logo do meu quarto.

- Missão cumprida. - Ele fala sorrindo e acaba por gargalhar.

- A missão de colar os cacos ainda não foi cumprida. - Digo e uma ideia surge em minha mente.

Tiro a chave da porta e sorrio sonsa.

- Já disse que não irei colar a oferenda do diabo. - Ele fala bufando e revirando os olhos.

- Vai sim. - Falo e dou uma risadinha. - Vai ficar trancado aqui dentro até colar tudinho.

- Só nos seus sonhos. - Ele fala revirando os olhos e se encostando no batente da porta. - Não seria capaz de fazer isso comigo.

- Ah eu seria sim. - Digo e o puxo pela camiseta, raspando nossos lábios e colocando sua mão em minha bunda.

- Não seria não. - Ele murmura e acaba por deixar um forte aperto ali. - Seria bem malvado da sua parte.

- There so many ways to be wicked...- Cantarolo e dou um selinho nele, antes de correr para fora do quarto e trancar.

Seriam só 30 minutos para deixá-lo irritado, afinal eu já estava com saudades de discutir com ele.

ɢᴀɴɢsᴛᴀ | ᴢᴀcʜ ʜᴇʀʀᴏɴ Onde histórias criam vida. Descubra agora