3.

711 58 29
                                    

POV: 3ª PESSOA

LAS VEGAS, 20 DE MARÇO DE 2029.

— Você pensa que eu sou uma vadia qualquer. — Jean disse dando um novo tapa no rosto do loiro. — E se for o primeiro? Que diferença isso faz agora? Nem tudo é sobre sentimentos, eu só não aceito ser feita de idiota ou apostada por uma garota ridícula como Mia Monek.

— Se sua raiva é da Mia porque vive me xingando, batendo e me fez ir preso? Essa conta não fecha! — Arthur revirou os olhos.

— Por que eu esperava que fosse um cara maduro Arthur. — Billie suspirou. — Você é o mais velho da turma junto com o Fillipo Monek, ou seja, eu esperava que não agisse como um cafajeste de esquina. — Jean se afastou. — Quando começamos a conversar por conta do trabalho da professora Lali Cooper senti que fui equivocada contigo, dito isso abaixei a guarda deixando-o me ganhar, porque o jeito como me olhava e se esforçava para ser legal me fez sentir injusta, egocêntrica e pedante.

— Sereia de Gotham City acho que está levando as coisas muito a sério principalmente por ter sido a senhorita quem me deu um fora. — Arthur sorriu ainda sentado na cadeira. — Cadê a ruiva confiante que me deu um fora no meio de uma classe toda? E bem não acho que seja uma mulher fácil, mas o seu drama por uma noite de sexo quando argumenta que não estamos falando sobre sentimentos soa incoerente no meu ponto de vista.

Jean suspirou por alguns minutos ficando calada apenas olhando os olhos azuis do rapaz porque no fundo ele estava certo há muitos sentimentos dentro dela e um deles é o orgulho em admitir que estava envolvida totalmente presa a todos os acontecimentos dos últimos dois meses.

— Jean. — Arthur chamou. — Eu não tenho paciência para seus chiliques e não me leve a mal, mas acredito que já ouvi demais. — O louro suspirou. — Voce está com raiva e tudo bem está coberta de razão de sentir magoa diante da minha postura, mas sei que no fundo, no seu íntimo sabe que eu vir até aqui me desculpar depois de ser fichado na polícia por uma sacanagem da sua parte extrapola meu nível de bondade.

— Você não foi meu primeiro homem. — Billie respondeu tentando se conter, entretanto, por dentro sentia uma imensa vontade de desabar. — Mas a forma como me deixou naquela cama me deixou completamente horrorizada. — Jean manteve a pose, se recusando a chorar diante dele. — Eu sou uma mulher forte Arthur e sei separar as coisas, só que eu esperava o mínimo de respeito da sua parte porque o sexo para mim é importante e talvez no alto da sua idiotice de pegador não se tocou que eu não transo com qualquer um.

— Bom obrigada pela parte em que diz que não transa com qualquer um porque isso acaba sendo um belo elogio a minha pessoa, mas nós dois podemos passar uma borracha nisso.

— Passar uma borracha em qual parte? A que existe uma aposta sua com aquela cadela que tu chamas de amiga ou a parte em que me descarta em cima de uma cama igual se desfaz um copo descartável ou uma embalagem de bala de yogurt? — Billie abriu um sorriso duro. — É impossível.


POV: 3ª PESSOA

HARVARD, 26 DE MARÇO DE 2029.

A vida universitária para os estudantes de arquitetura havia retornado após uma semana de descanso em Vegas, entretanto, Arthur Archibald e Billie Jean Richter sentiam que para eles as coisas não eram as mesmas, pelo contrário, tudo soava como fora do eixo. De certo modo compreensível depois do ocorrido no hotel, um pouco risível e melodramático também, afinal, quem poderia imaginar que a ruiva seria uma garota vingativa armando para o rapaz passar um dia preso após correr sem roupas pelos corredores de um hotel em Las Vegas?

Condenados Por Uma Noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora