Ainda Existe Vida (Concluído)

Capítulo vinte e Cinco

Ajudo Enzo a se levantar e é impossível não rir do jeito que ele caiu.

— Preferia a outra Zoe. - Comenta fingindo indignação por está quase chorando de tanto rir. — Para, nem teve graça. - continua na defensiva. — Ele pega um buquê de flores que está no chão e algumas sacolas. Tento o ajudar e ele me olha com reprovação e paro no mesmo instante. Sua expressão alegre de sempre está carrancuda.

— Desculpe Enzo é porque foi engraçado. — Tento parar de rir. Vejo que ele não está de bom humor hoje.

— Engraçado?. — Pergunta sarcástico. Esse nem parece o Enzo que conheço. — Acha engraçado eu sair da minha casa, ter o maior trabalho de comprar essas coisas para você e chegar aqui e ser tratado como palhaço?.— Pergunta e meus olhos aumentam de tamanho automaticamente. Perdir a memória, e Enzo que enlouqueceu.

— Abaixe seu tom de voz. — Peço com calma. Pois se me estressar não vai prestar. — Não sei o que aconteceu pra você está assim, mas está na minha casa, então, pare de agir assim, se não estava bem, porque veio?. — Pergunto séria.

Enzo começa a gargalhar e a ficha caiu. Era apenas uma encenação.

— Não acredito que cair nessa. — balanço minha cabeça em negação.

— Caiu direitinho. — Continua rindo e me surpreende com um abraço apertado.— Sentir falta desse seu jeitinho diplomático. — Graceja.

— Seja boazinha como sempre é e me ajude com essas sacolas. — Sugere e reviro os olhos antes de pegar duas sacolas e entrar em casa.

— Cadê o Povo?. — Indagou seguindo no meu encalço até a cozinha.

— Todos já foram. — Respondo colocando as sacolas no balcão.— O que são essas coisas?.

— Vários tipos de chocolate e em especial Nutella e esse buquê de flores. — Expõe tirando as coisas do balcão e colocando tudo em cima de mim.

— Obrigada. — Falo e colocando tudo de volta no mesmo lugar de antes.

— Esse é meu pedido de desculpas Zoe. A culpa foi minha daquilo tudo ter acontecido...— Começa a falar e logo o interrompi.

— Por que não me disse como as coisas aconteceram quando acordei sem memória?. — Pergunto procurando um vaso para colocar as flores.

— Sua outra versão me mataria se contasse. Estava esperando o momento adequado. — Responde colocando as mãos nos bolsos laterais da bermuda.

Já disse como ele fica lindo quando faz isso?

— Você foi sábio. Com certeza te esganaria. — Comento sorrindo.— Obrigada por não permitir que fizesse merda de novo. Quando você me propôs aquele desafio, já tinha pensado em sair e fazer coisas do mundo como antes. Claro que desculpo você Enzo. Isso tudo serviu para mostrar a mim mesma que verdadeiramente há uma amizade verdadeira entre nós. Em relação ao acidente acontece com os melhores bailarinos. Quem nunca caiu, jamais saberá o que é se levantar. — Pisco para ele sorrindo.

— É realmente você recuperou a memória. Já está até falando bonito. - Graceja e ao avistar um guardanapo lanço na direção de Enzo.

Ele se desvia, e então o guardanapo acertar em cheio o rosto do meu pai que no exato momento ia entrando na cozinha.

Congelo no meu lugar.

— Querida líder precisará de muita pontaria para poder me acertar.— Enzo se gaba de sua " Façanha".— Que foi, parece que viu um fantasma.— A presença de papai ainda é desconhecida a ele.