“O teu pai Eve” la chora e eu sinto o meu coração a apertar.
“Que tem o meu pai Karen?” Eu pergunto falando mais alto do que imagava.
“Ele …” Ela faz uma enorme pausa e eu começo a stressar.
“Porra Karen que merda se passa?” Pergunto, saindo do meu dormitório e corro até ao meu carro.
“Ele teve um acidente” ela finalmente diz e uma lágrima corre pelo meu rosto.
Ele errou demasiado comigo, mas ele ainda é o meu pai e eu amo-o.
“Em que hospital estão?” eu pergunto.
Ela diz-me onde estão e eu ligo o meu carro, antes de carregar no acelerador o toque no vidro do meu lado faz-me saltar de susto e eu vejo os olhos esmeralda do Harry a observarem-me, eu limpo as minhas lágrimas e abro o meu vidro.
“Estás bem?” ele pergunta-me
“Eu preciso de ir” digo-lhe e vou embora.
Eu vejo-o através do espelho e sinto-me mal por o ter despachado. A minha visão é totalmente desfocada enquanto vou com toda a velocidade possível até ao hospital devido às minhas lágrimas.
Se eu o perder fico completamente sozinha e isso assusta-me.
Assim que vejo a Karen ao fundo do corredor ela estica seus braços e aconchega-me num abraço acolhedor, eu não a afastei de maneira alguma eu preciso deste carinho.
“Como é que ele está?” pergunto-lhe e ela dá de ombros.
Sinto-me mais inútil com o passar das horas e sem nenhuma noticia dele, a cirurgia está a demorar demasiado.
A Karen está devastada, ela não parou de chorar por um segundo.
“Ele vai ficar bem” digo-lhe, passando a minha mão pelas costas dela suavemente.
“Eu não disse o quanto o amava hoje” ela chora, e eu não resisto em deixar escapar uma lágrima.
Não lhe digo que o amo há tanto tempo.
O Liam chega e a Karen corre para os seus braços.
Eu vou até à receção perguntar como é o estado do meu pai, e eles manda-me aguardar novamente.
Assim que volto a sentar-me no pequeno banco azul, a mão frio do Liam está no fim das minhas costas e ele está sentado do meu lado.
“Estás bem?” pergunta-me.
Os seus olhos estão com um grande brilho, percebo que deve ter sido por ver a mãe a chorar tão desesperadamente.
“Vou ficar quando tiver a porra de uma noticia dele” digo-lhe.
“Esperar é sempre uma grande merda, mas tens de aguentar” ele puxa-me para ele e abraça-me por alguns minutos.
Depois de pelo menos mais duas horas à espera, fico a saber que a cirurgia correu bem, mas só poderão ter a certeza do estado dele vinte e quatro horas depois, estou exausta, preciso de dormir para voltar bem cedo para o ver.
“Evelyne” o meu pai chama-me e eu riu-me.
O meu pai abre o pequeno móvel da sala onde me encontro escondida.
“Encontrei-te” ele ri tirando-me de dentro do móvel e fazendo-me inúmeras cocegas.
“Papa, para por favor” eu peço sem conseguir parar de rir.
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Obscure
FanficDurante nove anos fechada numa enorme casa, por causa de um incidente que leva à morte da sua mãe, ele perde o seu único amigo, ele perde a sua infância, ela perde tudo o que poderia sem bom para ela. Evelyne agora com 19 anos consegue finalmente en...