43.

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Evelyne Miller.

Eu fico parada no inicio das escadas quando eu reparo que o Harry acabou de ouvir o que eu disse, porque é que ele está aqui, eu deveria de ter percebido que ele não me iria das espaço, que ele iria ser insistente.

“Pai?!” o Harry pergunta, ele parece tão furioso, tão fora de si que eu tenho pena.

“Eu posso explicar” eu digo, as minhas palavras saem tão vagarosamente.

“Não há nada para explicar Evelyne” ele abana o seu rosto mostrando desilusão.

“Eu na altura não te queria perder, eu amava-te demais para te deixar ir” eu admito.

Eu deveria de lhe ter contado, mesmo que depois disso ele me deixasse, eu não devia de me ter envolvido com ele mesmo sabendo que lhe estava a mentir, se eu lhe tivesse dito a verdade eu não estava nesta situação e não tinha sequer errado com ele, como ele errou comido.

Eu provavelmente estaria agora a pedir-lhe que fosse embora e me deixasse em paz.

O meu pai ainda está agarrar a porta, ouvindo atentamente cada palavra que saí entre os nossos lábios, a sua sobrancelha erguida mostra a confusão.

“Tu odiavas o meu pai, tu supostamente irias criar um ódio por mim como criaste pelo Liam” eu tento explicar-me.

Ele abana o seu rosto negativamente, mostrando a desilusão.

“Tu fizeste-me passar por culpado este tempo todo, eu achei que era um monstro por te ter feito tanto mal –“ o meu pai interrompe o Harry.

“Tu foste Harry, tu destruíste-a” o meu pai diz-lhe, não culpando-o apenas relembrando-o de algo que eu não sei do que eles falam.

“Tu nunca me disseste que ela estava viva e bem” o Harry aproxima-se do meu pai, a sua respiração está acelerada e os punhos estão cerrados e eu aproximo-me um pouco mais deles.

“Isso é porque ela não estava” o meu pai fala baixando o seu rosto.

“De que raio é que vocês estão a falar?” eu pergunto.

“Eu preciso de ir” o Harry esfrega o seu cabelo e rapidamente saí de minha casa e eu sigo-o

Eu estou tão confusa, parece que tudo decidiu estragar o que nós tínhamos, a verdade que foi escondida durante meses foi revelada em segundos, eu nunca senti tão destruída como agora, como se eu tivesse perdido um pedaço de mim, esse pedaço que é este garoto revoltado e rude.

Eu fico na frente da porta do carro do Harry para que ele não entre sem me ouvir primeiro, não só para isso, mas para olhar um última vez para os seus bonitos traços, para o seu bonito rosto, para sentir o meu coração acelerar mais uma vez por ele, para depois eu tentar esquecer tudo isso.

“Eu sei que nunca vais entender porque o fiz, mas isso é porque não me amas tanto quanto eu. Eu escondi algo de ti que nem eu sei ainda e eu lamento por isso” eu digo.

“Fazeres-me apaixonar por ti foi a pior vingança que tu poderias ter feito pelo mal que te fiz” ele pronuncia rudemente afastando-me da porta do seu carro brutamente para entrar nele.

Eu não conseguia esconder as minhas lágrimas, não mais, eu estava desiludida e mais uma vez confusa, vingança? Que vingança?, porque é que eu quereria vingar-me dele.

O seu carro rapidamente desaparece e eu sento-me no passeio deixando as lágrimas saírem de uma vez, a chuva começa a cair mais fortemente e eu sinto alguém aproximar-se de mim sentando-se do meu lado.

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