LUNA
Ajeitei minha blusa e minha jaqueta nervosamente, enquanto me preparava pra bater na porta. Depois de alguns segundos, Niall abriu a porta, me deixando meio aérea por alguns segundos. Harry não disse que estaria sozinho? Não que eu não tenha gostado de ver Niall, ele parecia ser bem legal, além de ser lindo.
— Luna! Que bom te ver! O que faz aqui?
E Harry também não tinha falado pra ele que eu vinha. Ótimo.
— Niall, oi! Como você está? — me desviei levemente da pergunta dele, com um sorriso animado.
— Estou bem, e você parece muito bem também. — Ele sorriu — Eu já estava pra sair daqui a pouco, tenho que pegar um avião. Minhas malas já estão na recepção.
— Obrigada — sorri um pouco. — Ah sim, Nigel pegou elas mais cedo, estão atrás do balcão.
Ouvi Harry se aproximar e tentei não parecer afetada.
— Oi, moça do suco — ele se encostou em Niall levemente, com aquele sorriso de lado dele. Ele vestia uma blusa branca e um shorts de malha, e estava lindo na sua simplicidade.
A beleza dele estava muito além dos horizontes de rapazes bonitos da minha mente. Mesmo eu tendo aquela sensação de que eu já o conheço de algum lugar, ele ainda consegue me deixar sem reações e, de maneira egoísta, eu acabo agradecendo silenciosamente por ele não conseguir ver o caos em meu rosto.
— Ah... oi Harry — eu cumprimentei, baixo. Coloquei as mãos no bolso da minha jaqueta, tentando parecer descontraída, mas acho que falhei miseravelmente.
E tive certeza disso quando Niall riu e mordeu o lábio, tentando conter o riso. Tentei fazer cara de brava, mas acho que falhei.
— Bem, eu já estava de saída — Niall sorriu, mandando uma piscadinha pra mim, como se dissesse vou deixar os pombinhos sozinhos. — Até mais, cara. Qualquer coisa é só me ligar. Tchau Luna.
Acenei pra ele.
— Beleza — Harry respondeu, enquanto Niall se afastava, então me convidou pra entrar.
Respirei fundo, me sentindo levemente nervosa. Bem, eu nem conheço ele direito, e isso me deixa nervosa.
Eu deveria ter jogado o nome dele no Google. Sei lá, ele é rico, provavelmente deve ter algo sobre ele na internet.
— Então, Harry — comecei, indo até o sofá — o que você quer fazer hoje?
Tentei parecer alegre e feliz, mas eu estava uma pilha de nervos, e não sei porquê. Quando ele sorriu, eu relaxei instantaneamente.
— Bom, não sei. Podíamos fazer algo pra comer, e então ver algum filme. Bem, no meu caso, ouvir um filme. O que você quer fazer?
— Bem, depende do filme. Eu sou muito seletiva em relação à filmes, porque prefiro não perder duas horas da minha vida com coisas ruins. A parte da comida eu gostei, mas a gente poderia comer lá no Jingle's, sei lá.
Tentei fazer com que parecesse uma ideia espontânea, mas a verdade é que eu já tinha pensado nisso. Ontem, Harry havia me dito que eu era a primeira amizade que ele fazia em anos e que ele não saía muito. Pensei em mudar isso.
Até porquê, quando se entra na vida de alguém é pra causar algum efeito. Bom, efeito positivo, de preferência.
Ele franziu o lábio levemente, e eu sorri.
— Eu não pensei que iríamos... — ele hesitou.
— Sim, vamos sair. Você precisa sair um pouco. Além disso, o Jingle's é ali em frente, nem conta como saída.
Ele levou a mão aos lábios, pensativo. Caraca, será que ele percebe que faz isso? Será que ele sabe que isso é sexy pra caralho, e faz isso pra me seduzir? Ou ele simplesmente tem um tique e não se dá conta?
Insisti mais um pouco, então ele cedeu. Isso!
Ele reclamou um pouco, dizendo que teria que trocar de roupa, mas quando ele voltou, estava com a mesma blusa branca. Porém, agora com uma calça colorida e larga e uma bandana vermelha amarrada em seus cabelos bagunçados. Usava um tênis esportivo, e continuava maravilhoso. Isso não é coisa pra se pensar, Luna.
Balancei a cabeça, vendo ele caminhar com a bengala.
— Eu ia trocar a blusa também, mas... — as bochechas dele ficaram levemente rosadas enquanto ele se aproximava de onde eu estava. — Acabei não achando outra camiseta.
— Bem, você poderia ter pedido a minha ajuda.
— Você não precisa ser uma de minhas babás também.
Tentei perceber alguma grosseria em sua frase, mas não consegui detectar.
— Ok, então vamos. Você não está nada mal, na verdade.
Harry colocou as costas da mão na testa e fez pose de diva, me fazendo gargalhar. Quando chegamos na porta, eu tranquei pra ele e, quando me virei, vi que ele estava me dando o braço. Abri minha boca, hesitando, mas então cedi, passando meu braço no dele lentamente.
Seu braço era quente e macio. Eu passei o dedo indicador pela rosa tatuada em seu braço, então ele estremeceu um pouquinho.
— Oh, desculpa — senti meu rosto esquentar de vergonha, e ele riu levemente.
— Sem problemas, a sensação é gostosa.
Começamos a andar até o elevador, então eu apertei o botão para o térreo.
— Então — comecei, enquanto o elevador descia —, achei que você viria com seu óculos cor de rosa.
Senti ele vibrar com a risada, então ele sorriu.
— Talvez na próxima.
— Vou cobrar, hein — adverti. — Uhh... você... não se sente confortável sem os óculos?
Ele coçou a bochecha com a outra mão.
— Uhh... é, mais ou menos isso. Geralmente, demora algum tempo até alguém me ver sem óculos escuros. Não quero... assustar ninguém.
Ele tentou fazer piada na última frase, mas não teve graça.
— Você acha que seus olhos são muito feios?
Na hora, nem pensei que estava sendo intrometida, só estava curiosa.
— Bem, na verdade eu não sei realmente como são meus olhos, mas Liam já os descreveu pra mim, e eu não gostei do que ouvi.
— Liam?
Harry balançou a cabeça.
— Sim. Não sei se você conhece — ele começou a descrevê-lo — não muito alto, cabelos castanhos, olhos da mesma cor, várias tatuagens, possível barba.
Vasculhei meu cérebro atrás de alguém assim, e achei. O cara do cachorro, tinha que ser ele.
— Sim, sim. Acho que sei quem é — eu murmurei, enquanto o elevador se abria. — E acho que devo desculpas a ele também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Good Years || Harry Styles
Fanfiction"- Como seria um mundo sem Harry Styles? - Como seria um mundo sem Harry Styles? - ela ponderou, refletindo sua pergunta. Ela pegou sua mão na dela e levou até sua bochecha, carinhosamente. - Definitivamente, seria um mundo onde eu não poderia viver...