COMPLETA!
AÇÃO/ ESPIRITUAL
Ganhador de 2 posições!
2 ° de melhor livro na categoria espiritual
1° de melhor personagem da categoria Espiritual
A música que a cerca e os momentos paralisantes registrados em sua câmera fotográfica, faz com que Ema...
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S E X T A - F E I R A , 1 4 H R S 0 7 MIN. D E N T R O D O C O L É G I O B U R Q U Ê S . E M A J O N E S .
A c a d a momento, eu orava para que nós pudéssemos sair da escola antes da bomba estourar. Mas todo esse momento que se passou, enquanto eu ainda continuo andando, não houve nenhum indício de que eles realmente ativaram a bomba como planejaram.
Mas eu não sei nada de bomba. Não sei como eles pretendem agir, somente que eles pretendem ir para a biblioteca depois disso. Oro também para que não nos encontre.
Acomodo Vitória em meus braços novamente, tentando aliviar a dor de seu peso.
Já estamos mais próximas da saída. Já posso ver um pouco dos raios do sol e de longe, diante dos meus olhos o campus que dá a completa passagem para a saída.
Ando o mais rápido que posso, equilibrando todo o meu peso, com a ajuda da parede. A cada passo, engulo cada fisgada de dor que vem se intensificando cada vez mais, tentando não assustar a criança em meu colo, como nas outras vezes em que deixei meus gemidos escaparem.
Apoio minha mão no extintor de incêndio quando chego perto dele.
Eu queria parar, meu corpo berra, clama, esperneia para que eu solte Vitória do meu colo e me deite no chão. Mas elevo meus pensamentos ao Leão e o Cordeiro dos meus sonhos e é pensando neles e olhando para o campus a minha frente que eu acho força e esperança.
Volto a apoiar minhas mãos na parede ao meu lado. Mas eu sei que quando chegar diante do campus, eu não terei mais aonde me apoiar.
É só andar mais um pouco.
Continua a andar sem parar, olhando fixamente para o meu alvo.
Meu coração se agita ao ver que estamos perto.
— Tia...
Subitamente me assusto ao ouvir sua voz.
Durante todo o trajeto que estávamos tomando, ela não abriu a boca, ficou muda. Como se não quisesse me incomodar.
— Oi...
— Quantos anos a senhola tem? — ela afasta sua cabeça do meu ombro para ver meu rosto, esperando a resposta de sua pergunta.
A sua maneira de falar, engolindo a letra 'r' apenas acrescenta em seu charme inocente. Percebo que ela gagueja com mais frequência quando quer falar algo muito grande ou quando está nervosa. Quer dizer que agora ela está mais calma.
— Tenho 17 anos. Sou muito grande para a minha idade, não é?— olho em seus olhos de relance, voltando a fixar para o meu alvo.
Ela solta um fraco riso, aconchegando sua cabeça em meu ombro novamente.
