"Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar."
Satã.
- Bom dia, meu Passarinho. - digo assim que abri a porta de seu quarto.
Depois da surra que eu dei, a garota ficou bem marcada, slc. Mas isso é pra ela aprender a não me desobedecer, quando eu mandar ela ficar quieta, ela tem que ficar. Não quero que ela pense que ela vai me desobedecer e sair impune.
Deixei a bandeja de comida em cima da cama e parei para admira-la. Ela estava bem bonita, vestida com uma camiseta velha minha. Isso me faz lembrar que eu tenho que mandar buscar as coisas dela, lá no barraco da mesma.
Caminhei até a cama e ela me olha assustada.
- Calma Passarinho, ainda não vai rolar nada entre a gente. - eu disse, pois vi em seu olhar que ela estava com medo. - Toma seu café, anda. Vou levar você pra buscar teus bagulhos.
- Você vai me devolver a minha prótese? - ela fala cabisbaixa.
- Vou, mas se você aprontar alguma coisa, eu arranco ela fora e você fica presa nesse quarto, tá entendendo?
Ela faz que sim com a cabeça.
- Ótimo. Agora coma logo, não tenho o dia todo não.
Depois que ela comeu, fui até o meu quarto e peguei a sua prótese, que piscava uma luz vermelha. Será que eu quebrei algum bagulho? Me pergunto.
Voltei para o quarto e entreguei sua perna, ele me olha agradecida, coloca ela no lugar e fica em pé. Quase que cai, ainda bem que eu tava por perto e a segurei, antes que ela fosse ao chão.
- Desculpa, é que ela está ficando sem bateria e quando ela fica assim, eu tenho que usar ela no modo manual e ainda não sou acostumada. - ela se explica.
- Ata. - falo sem dar muita importância. - Bora logo!
Entramos no meu carro e seguimos morro abaixo pra casa da tia dela.
Ao entrar na casa uma senhora me olha apreensiva, mas quando ela viu a Maria, ela deu um sorriso triste.
- Minha filha, você tá bem? - a coroa pergunta.
- Tô sim tia... Eu vim pegar as minhas coisas. - ela deu um sorriso bem forçado, que eu aposto que a velha não engoliu.
- Bora lá, eu te ajudo, minha filha.
Maria Clara.
Fomos para o quarto pegar as minhas coisas e como eu imaginava, minha tia não acreditou que eu estava bem.
- Olha, dá um jeito de fugir toma esse dinheiro aqui, quando você chegar no asfalto você estará segura. - ela pega uma latinha no guarda-roupa e pega uma quantia de dinheiro dali de dentro.
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REFÉM DA DOR LIVRO 1 Concluído
RomansaMaria Clara foi moldada na dor, no sofrimento e na angústia, e foi aí que ela aprendeu a ser forte e determinada, que não deveria ter misericórdia de ninguém, afinal, ninguém teve pena quando ela precisou de um carinho ou palavras de consolo. "Eu tr...