Maratona 1 de 4
Quatro malditos messes se passaram, desde o dia em que parei nas mãos do Satã. Já vivi o inferno na terra por causa dele, tive que matar minha tia, já usei drogas. Só para esquecer minha dor. Não é fácil conviver com o Satã, ele é um cara mau por natureza, e isso está me mudando. Já não sou a mesma, desde a morte da minha tia que não sei o que é sorrir.
Satã, aos poucos, está me transformando em um monstro igual a ele. Confesso que não me importo com mais nada, só quero matar esse filho da puta com minhas próprias mãos.
Estava em meu quarto, ouvindo música, quando Satã entra. Reviro meus olhos e ele me encara.
— Da pra tirar essa porra, quero falar com você? — ele fala, cruzando os braços.
Tirei meus fones de ouvido e o encarei.
— Hoje vai ter um baile no morro do Capeta, você vai comigo!
— Tudo bem, mais alguma coisa? — pergunto, colocando meu fone novamente.
— Não, era só isso, passarinho. — Ele falou, vindo até mim e me obrigando a beijá-lo.
— Estarei pronta às 22h. — falo, engolindo minha raiva e sorrindo.
Satã sai do meu quarto e a primeira coisa que fiz foi limpar minha boca. As hora passaram e chegou a hora de sair. Optei por um vestido estampado, com uma bota cano alto.
Ao chegar à sala, encontro Satã me esperando.
Ele me puxou para perto dele, colocando sua mão em minha cintura e assim saímos para o tal baile. Assim que entramos no morro do tal Capeta, vários vapores nos cercam, mas assim que vê o Satã, ele dão passagem.
Entramos no local. Todos olham para Satã, enquanto ele me puxa como se fosse um homem das caverna, só faltou puxar meus cabelos.
Entramos na área vip, onde tem vários homens e mulheres juntos. Olhei para todos os lados, porque estava deslocada e não conhecia ninguém ali. Já o Satã foi direto para uma mesa rodeada de homens.
Estava num canto, sentada, até que uma morena muito bonita se aproximou.
— Olá! Sou Olívia, quem é você?
— Oi, me chamo Maria Clara. — respondi.
— Vem, vou te apresentar as meninas que estão aqui. — diz, me puxando. Uma a uma, conheci várias meninas.
Alicia, esposa do Viny. Olívia, esposa do Miguel, Ana Sophia, que estava sozinha, pois estava passando por problema, Dani, esposa do Vitor, Luísa, esposa do David e Fernanda, esposa do Pedro Henrique.
As meninas são bem divertidas, mesmo retraída. Estava conversando, quando um puta deus grego entra na área vip e meus olhos criam vida própria.
Encaro descaradamente aquele homem.
Ele se aproxima e lança um sorriso safado para mim. Nessa hora, vi que todos já haviam reparado que eu estava babando no tal cara.
capeta
Hoje terá um baile aqui e convidei vários amigos para comemorar meu aniversário.
Claro que todos vão trazer suas esposas, ou até amantes. Vestir minha roupa, uma calça jeans e uma blusa preta, com vários colares de ouro, minha arma e fui. Hoje eu quero beber e transar de mais. Ao entrar no baile, vejo que todos já estão ali e com suas mulheres, mas meus olhos são atraído por uma loira linda. Caralho, que linda! Lanço um sorriso safado para ela, mas ao mesmo tempo vejo o Satã se aproximar.
satã
Ter Maria morando comigo, por esses meses, me fizeram ver que posso enfim ter um pouco de humanidade. Essa garota desperta em mim, coisas que não consigo lidar. Nunca tiver afeto por ninguém. Mulher, para mim, era sexo e pronto, embora não ficasse com muitas, mas essa garota entrou na minha vida de uma forma bem diferente.
Isso fez com que eu me tornar possessivo por ela. Quando ela tentou fugir de mim, tive que mostrar para ela as consequências de seus atos. Vou moldá-la para ser melhor que eu e ela será minha.
Saio dos meus devaneios com meu celular tocando e vejo o número do Capeta.
— Alô? Satã falando.
— Então, cara... Vou fazer um baile de aniversário e quero você aqui, cara. A comemoração vai ser muito boa. Nossos amigos vão estar aqui.
— Cara, eu vou sim e vou levar minha mulher também.
— Como assim? Pensei que você force morre solteiro, cara.
— Longa história... Mas irei, sim, a esse baile.
Desliguei a ligação e voltei ao meu serviço. Tenho muita coisa para fazer e a partir de amanhã, trarei a Maria Clara para me ajudar. Ensinarei o que ela precisa saber, para ser tão boa quanto eu.
Volto para casa e a encontrei em sua cama, avisei sobre o baile que iríamos. Assim que terminei de falar, sai de seu quarto e voltei para o meu. Entrei no banheiro tomei um banho rápido, fiz minha barba e me arrumei para esse baile. Decidi deitar um pouco, mas acabei pegando no sono.
Estava no jardim da minha casa, brincando de bola com meu irmão gêmeo, mas do nada, vejo papai vir até à mim, me puxar pelos cabelos e me levando para o quarto.
—Não, papai, eu não fiz nada. Juro que vou ser um bom menino, não me levar praquele quarto, eu não vou mais brincar, prometo.
Mais nada adiantou, de novo eu estava naquele quarto, acorrentado como um cachorro e papai falava várias coisas comigo, mas eu não entendia nada, eu era só uma criança de cinco anos. Quando o cansaço me pegava, ele me batia para acordar. Esse era meu castigo, todos às vezes que eu brigava com meu irmão.
Acordo todo suado e ofegante, fazia tempo que não tinha esse pesadelo. Abri a gaveta do meu guarda-roupas, peguei uma foto da minha mãe e do meu irmão. Suspiro, tentando não lembrar dos meus demônios interiores. Guardei aquela foto no lugar e resolvi tomar mais um banho, e me trocar.
Ao sair do quarto, vou ao meu escritório, pego um beck para relaxar e mandar tudo embora.
Horas mais tarde, vamos para o baile e ao entrar, já fui para a mesa dos meus amigos.
Não dá para acreditar que eles já se casaram.
Pego um beck e fumei, mas sempre observando a Maria. Depois de um tempo, vejo o Capeta babando nela e ela nele. Isso não vai ficar assim...
Nossa esse baile promete
Bom dia amore estou postando hoje pois como já falei estou trabalhando direto e chego muito tarde hoje farei uma pequena maratona para vc seram 4 capítulos beijo da louca. Até mais tarde
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REFÉM DA DOR LIVRO 1 Concluído
RomansaMaria Clara foi moldada na dor, no sofrimento e na angústia, e foi aí que ela aprendeu a ser forte e determinada, que não deveria ter misericórdia de ninguém, afinal, ninguém teve pena quando ela precisou de um carinho ou palavras de consolo. "Eu tr...