Chapter eleven

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Narradora

Enquanto Giovanna contava para as amigas tudo que tinha acontecido, lá em baixo um menino se culpava pelo o que aconteceu.

Os seus amigos não entendiam porque o amigo se culpava tanto por tudo que tinha acontecido com a jovem menina e ele não tinha coragem de explicar que já tinha presenciado uma, entre tantas, violências que tinham sido cometidas contra a garota e não conseguiu reagir pois pensava que em briga de marido e mulher não se mete a colher.

Ele ficou meses remoendo o que tinha presenciado e nunca teve coragem de falar a namorada. Até hoje ele se sente culpado, pois o sofrimento da garota que ele considerava como irmã, poderia ter acabado antes mesmo de ter tomado aquela enorme proporção.

MARQUEZINE, Giovanna

Gio: Então um mês se passou e durante  esse mês tudo voltou ao "normal". Eu voltei a sair sozinha, a fazer coisas que eu não estava fazendo. Eu cheguei a pensar que tudo tinha passado mas eu estava enganada.

" Já se passava das 9 da noite e Alex ainda não estava em casa. Eu estava preocupada, ele avisava se iria chegar tarde e nada até agora. Eu tinha preparado uma surpresa, tinha acabado de descobrir que estava grávida e eu estava muito feliz em  realizar o seu maior sonho de ser pai. O barulho da porta sendo aberta fez meu coração ser alegrar mas quando eu vi o seu estado os meus olhos chegaram a marejar.

— O que você fez? — minha voz já estava embargada e eu não queria saber a resposta.

NÃO TE INTERRESA. — gritou e o meu medo voltou.

— Você prometeu. — minha voz estava por um fio e eu estava prestes a desabar.

— VOCÊ NÃO É MINHA MÃE E MUITO MENOS MINHA DONA. — ele jogou um vaso de vidro em minha direção e por sorte eu desviei — VOCÊ É UMA PUTA QUE EU APENAS TRANSO A HORA QUE EU QUISER. — caminhou rápido até mim e segurou meu pescoço o apertando.

— Ale...x...pa...ra. — pedi e o ar se fazia necessário.

— Você tem que aprender a falar direito comigo. — seu punho foi de encontro ao meu rosto e ele me largou em cima dos cascos de vidro.

Ele começou a me chutar e desferir murro por todo o meu corpo. Uma dor terrível surgiu em minha barriga e eu sentia que estava perdendo o meu bebê. Eu implorava que ele parasse e ele não me ouvia e só aumentava a força.

Então ele me pegou pelos cabelos e me arrastou escada a cima, quando chegou ao nosso quarto me jogou em cima da cama e rasgou a roupa que estava vestida.

— Agora você vai aprender que comigo você tem que abaixar a cabeça quando eu falo e fazer o que eu quiser. — falou abaixando suas calças.

Eu implorava a ele e aos céus para que isso realmente não tivesse acontecendo que fosse apenas um pesadelo.

— Agora você implora sua cachorra. — ele segurou meus pulsos e me penetrou.

A dor me consumiu e ele investia contra mim com mais força cada vez mais. Eu gritava para ele parar e então ele me deu um murro no rosto e mandou eu calar a boca. Ele segurou meu pescoço com força e eu tentava puxar o ar, minha visão escureceu e eu apaguei."

—.... Eu acordei no outro dia nua e com o meu corpo todo dolorido. Ele entrou no quarto e eu pensei que ele fosse me pedir desculpas mas simplesmente passou direto e foi pro closet se vestiu e saiu. E isso  aconteceu mais uma 4 vezes e eu não contei a ninguém com medo do que as pessoas iriam falar. Então...

"Meu corpo foi jogado contra a mesa de vidro e quando ele ia me dar um tapa a campainha tocou e ele me olhou com cara de quem se eu não fizesse silêncio eu iria apanhar.

Ele foi em direção a porta e eu escutei a voz de Bruna.

— Como assim ela não tá aqui? Eu falei com ela hoje de manhã e ela disse que ia ficar em casa. — escutei e eu queria gritar mas estava com medo de algo acontecer a ela.

— Voltamos depois amor. — escutei a voz de Neymar mas a minha coragem de falar não vinha.

— Eu vou esperar ela aqui dentro. — ela falou e quando ela olhou para sala e me viu ela soltou grito e correu até mim.

— O que você fez com ela cara? — escutei Neymar perguntar e Alex deu um murro no Ney e os dois começaram a brigar.

— Bru. — sussurrei chamando a sua atenção e apontando prós meninos.

Ela se levantou correndo e começou a gritar pelos seguranças do Neymar desesperada."

Gio: ... Depois disso a Bruna me fez ir na delegacia e denunciar, eu tive que ir para psicólogos, psiquiatras e muitos outros médicos para poder estar do jeito que estou hoje. A luta no tribunal foi feia, ele foi preso e em menos de uma semana foi solto e então ele foi atrás de mim e tentou me bater de novo mas não conseguiu e então entramos com o mandato de afastamento e ele estava longe até hoje. — suspirei assim que terminei de contar.

As meninas me olhavam assustadas e então me abraçaram. Não falaram nada apenas me abraçaram e ficamos assim até eu dormi.

XOXO Anys

NAKED • P. CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora