P.O.V BÁRBARA // novembro
Cheguei na casa de Justin, que já estava lotada tanto com o pessoal do buffet, quanto com as nossas famílias, deixei os meninos com as avós e fui atrás de Justin, odiava precisar dele assim ainda mais em uma fase onde estamos tão distantes, mas era algo que ia além do que eu poderia suportar sozinha, agradeci mentalmente quando encontrei ele na cozinha sozinho mexendo no celular. Eu estava morrendo de medo de como ele reagiria, e como ele me ajudou antes, era quem eu mais confiava pra falar sobre isso, por mais que não estivéssemos mais juntos e ele tivesse pegando a tal da Hailey, que por sinal ainda odeio.— que bom que te achei— digo e ele me olha confuso, mas coloca o celular no bolso
— o que aconteceu? Alguma coisa com os meninos ?
— estão com as avós, eu preciso falar com você, nada com os meninos, é outra coisa
— tá, mas fala logo o que aconteceu, tu tá bem pálida, quer sentar um pouco?— aponta pra cadeira e eu nego, já sentindo uma coisa subir até a garganta, minha vontade era de chorar, mas a única coisa que eu faço e correr até o banheiro mais próximo, sinto as mãos do Justin segurarem meu cabelo enquanto tenho a cara praticamente enfiada no vaso— você tá doente ? A gente tem que ir no hospital
P.O.V Justin
Entro no quarto depois de checar se não tinha ninguém nos corredores, Gigi, que havia chegado a mais ou menos uns 30 minutos atrás estava andando de um lado pro outro dentro do quarto na frente da janela de vidro, olho pra ela de relance e entro no banheiro encontrando Bárbara sentada no vaso fechado segurando uma coisinha que mais parecia um papel, assim que me vê ela coloca o negócio na pia, saio do banheiro e começo a andar de um lado pro outro perto da porta, assim que a garota sai, simplesmente joga o negócio do teste na bancada que fica em baixo da tevê e se senta na ponta da cama, deitando em seguida.
— vai demorar muito? — pergunto impaciente
— só mais alguns minutinhos — ela fica sentada denovo e olha o relógio de pulso, ainda era o que eu tinha dado pra ela no natal, observo os traços dela, o cabelo preso em um rabo de cavalo e a regata ressaltando os seios dela
— acho que já dá pra ver — Gigi fala e nós dois olhamos pra ela
— eu não tenho coragem — Bárbara fala e eu vou até a porta, me certificando de que está fechada
Ficamos observando Gigi ir até o balcãozinho e olhar os 5 testes de farmácia que a Bárbara fez, ela analisou os 5 e depois olhou nas caixas de cada um, a impaciência só crescia dentro de mim, é como se a qualquer momento eu fosse infartar de tanto nervoso, se realmente for verdade é a primeira vez que descubro isso de uma forma mais tranquila, comparado a última vez.
— e se não for de confiança?— Bárbara pergunta e se levanta da cama, indo até a amiga
— carinha feliz, sinal de mais e dois tracinhos — Gigi diz e a Bárbara fica olhando pra ela confusa
— o que isso significa?— pergunto
— eu não sei, mas se é uma carinha feliz espero que seja negativo, vê na caixa— Bárbara fala
— eu já vi— Gigi joga os testes de volta no balcãozinho— positivo, positivo, positivo, positivo e positivo— olho pra Bárbara bem a tempo de ver os olhos dela marejarem e ela levar a mão até a boca
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Be alright
Teen FictionAtravés da tempestade e através das nuvens Solavancos na estrada e de cabeça para baixo agora Eu sei que é difícil baby, dormir à noite Não se preocupe, porque tudo vai ficar bem Vai ficar bem Através de sua tristeza e pelas brigas Não se preo...