Os gritos estridentes do Kurt se espalham pela casa toda enquanto ando pra lá e pra cá com ele como uma barata tonta, estou a mais de 30 minutos tentando descobrir o que esse garoto tem que não para de berrar. Não acredito que ele foi escolher logo três da manhã pra chorar dessa maneira.
Coloco o bebê com a barriga virada pra minha e boto um pouquinho de pressão enquanto balanço-o devagar, o choro fica cada vez mais fraco até enfim parar.— obrigada lindo— agradeço enquanto continuo balançando o bebê a caminho do closet deles, onde guardo os remédios
— o que tá fazendo?— Justin entra no closet vestido apenas em uma box preta
— ele estava com cólica, eu acho, pega o remédio pra mim ali por favor — indico a gaveta e ele vai até a mesma
— esse? — ele levanta a caixinha colorida e eu assinto— é pirralho, você não cansa de badernar na minha casa de madrugada?— Justin reclama e eu sorrio
— tadinho, ele só tava com cólica
— isso não é coisa de mulher?— reviro os olhos com a idiotice do Justin
— não seu idiota, bebês também tem
— se você diz— ele sai do quarto, me deixando sozinha com o bebê
Dou o remédio pro e deixo ele mamar um pouco, pra tirar o gosto amargo da boca.
Ser mãe não é tão difícil quanto eu pensei que seria, eu consigo lidar com as cólicas, e por incrível que pareça até com os choros na madrugada. O que ninguém te diz é que apesar de ser gratificante, ainda assim nos deixa exaustas.P.o.v Bieber
Me estico na cama, procurando pelo corpo da Bárbara mas não obtenho sucesso, impossível essa garota ter acordado em plenas 7:30. Levanto da cama em um pulo e vou direto no quarto dos pirralhos.
Em um dos berços, os olhos atentos do Jordan me encaram assim que entro no quarto, no outro Kurt dorme todo empacotado, bem ao lado do berço está a mãe deles sentada no chão com a cabeça apoiada no berço do Kurt, os cabelos bagunçados não atrapalham em nada a beleza dela.—Barbie— me abaixo pra sacodir o ombro dela
— hum?— ela resmunga ainda de olhos fechados
— vai pra cama, eu fico de olho nele — os olhos azuis dela parecem focar no meu rosto aos poucos
— ele chorou?— pergunta olhando pro Kurt no berço
— não, vai pra cama— me levanto e estico a mão livre pra ela
—que horas são?— ela agarra minha mão e se levanta
— sete e meia, ainda dá pra você dormir um pouco, eu fico com eles, relaxa— ela assente
— obrigada— beija minha bochecha e sai do quarto
Me sento na cadeira de amamentação com o Jordan nos braços. Essa cadeira é uma das mais confortáveis em que já estive, a Bárbara vive dizendo que isso é óbvio, já que geralmente os bebês mais novinhos chegam a ficar por muito tempo mamando, a mãe tem que estar confortável, isso faz todo o sentido na verdade mas me recuso a dizer em voz alta que ela está certa, ela já é convencida demais por si só.
P.o.v Bárbara
Já passa das dez quando consigo arrastar meu corpo pra fora da cama enquanto ele grita para continuar lá, sigo a minha consciência e corro pro banheiro. Tenho dois pirralhos esperando por mim, com certeza já devem estar deixando o pai deles louco querendo mamar, acho que sou uma mãe totalmente desnaturada.
Tomo o habitual banho de gato e visto um short rosa claro de moletom e um dos meus sutiãs de amamentação por baixo de uma blusa soltinha. Antes de descer passo no quarto dos meninos e encontro vazio, como esperado, desço as escadas de dois em dois degraus imaginando dois loirinhos zangados e famintos aguardando por mim.
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Be alright
Teen FictionAtravés da tempestade e através das nuvens Solavancos na estrada e de cabeça para baixo agora Eu sei que é difícil baby, dormir à noite Não se preocupe, porque tudo vai ficar bem Vai ficar bem Através de sua tristeza e pelas brigas Não se preo...