Cartas na mesa

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— Ai meu Deus— Justin me abraça forte assim que abro meus olhos— porra garota, queria me matar do coração 

— eu não sei o que aconteceu, só não queria estragar aquilo, os meninos estavam tão felizes

—você desmaiou porque sua pressão baixou muito, eu não acredito que escondeu de mim que estava passando mal, a gente podia ter perdido ela sabia ? O médico disse que você não pode mais pegar os meninos no braço, você já sabia disso né? mas pelo visto ignorou— eu sorrio— você ta rindo do que ? não tem graça

—respira Justin, nós estamos bem

— se algo acontecesse eu nem sei o que faria— se afastou um pouco 

—não aconteceu, vamos acabar com esse assunto por aqui—observo ele colocar a mão na minha barriga

—não me dê outro susto desses, pelo amor de Deus, promete que se sentir algo de estranho mais uma vez vai me avisar?

—eu prometo, caramba— ele sorri e acaricia minha barriga

—apesar de ser um idiota, eu amo vocês duas— puxo ele pra um abraço e antes que eu possa conter já estou chorando como um bebê— tá chorando?— ele se afasta e encara meu rosto

—é culpa da gravidez— passo os polegares abaixo dos olhos pra limpar as lágrimas 

—eu tô aqui pra aguentar a grávida mais chorona que já vi— debocha e eu suspiro

 Estar de observação em um quarto é definitivamente um empurrão sem volta pra pensar em todas as merdas que já se fez na vida. Apesar de não querer me estressar agora, essa minha proximidade com o Justin não me parece de fato a melhor opção, afinal, ainda não sei se sou capaz de perdoar e voltar a conviver numa boa depois de tanta merda que aconteceu entre a gente.

 Como Ryan havia aparecido no hospital mais cedo, Justin pediu que ele levasse os meninos pra casa, afinal não era bom pra eles ficar em um lugar assim, por serem muito novos e sensíveis a bactérias. Saímos do local com dificuldade, o estacionamento estava lotada de fãs e paparazzis, mas Justin apenas passou o braço na volta do meu ombro e caminhamos juntos em direção ao carro, entramos no mesmo as pressas e seguimos direto pra casa da Diana. Paramos apenas pra comprar comida, Justin estava me mimando ao extremo.  Quando chegamos na casa todos vieram correndo pra cima da gente pra perguntar como eu e o bebê estávamos, Pattie havia preparado um chá de camomila pra mim, que fiz questão de tomar. Depois de dar muitas satisfações, merecidas, sobre a saúde da nossa filha subimos pro quarto onde meus dois meninos dormiam tranquilos. Tirei o casaco, as botas e a legging, me deitei e joguei o cobertor por cima do meu corpo.

 Apesar de eu ter passado a madrugada acordando pra ir fazer xixi, tive um sono agradável e me senti bem melhor na manhã seguinte, o tempo havia mudado, o sol havia aparecido e já não estava mais tão frio como ontem. Nem Justin nem os meninos estavam mais no quarto, deduzi que já estavam lá em baixo com Diana e o resto do pessoal, afinal, já passavam das 10 da manhã. Tomei um banho quente, coloquei uma lingerie, calça jeans clarinha e um moletom branco, calcei os tênis e prendi o cabelo em um rabo de cavalo depois de seca-lo.  Entrei na cozinha e encontrei Justin encostado no balcão com um copo de água em uma uma mão e o celular no outro, no fogão a funcionária da casa preparava algo concentrada.

— bom dia— Justin diz assim que percebe a minha presença

— bom dia— digo e observo ele guardar o celular no bolso

— conseguiu dormir bem ?

— apesar de acordar algumas vezes pra fazer xixi, consegui dormir numa boa— pego o copo da mão dele e bebo a água 

Be alrightOnde histórias criam vida. Descubra agora