O dia em que Juliana Paiva aceitou sair comigo

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Duas semanas sem ver essa mulher e eu achando que esse tempo me faria esquecer o quanto ela era surpreendentemente linda. Só que, adivinhem? Isso não aconteceu.
Estou aqui, ao seu lado, e tudo o que consigo pensar é: Que cheiro maravilhoso Juliana Paiva tem. Participar daquela conversa com as meninas no camarim, me deixou com um sorriso bobo de orelha a orelha. E apesar dela ter dito que estava interpretando Marocas quando disse aquilo, estou sem acreditar até agora. Ju fazendo um comentário desses? Me destrói.

Estamos agora gravando a cena do resgate, e eu não consigo parar de olhar pra essa mulher. Quase me perco nas falas, mas sigo firme. Que Deus me ajude.
É a nossa última tomada e eu não sei se fico feliz, porque quando acabar pretendo a chamar pra sair, ou se fico triste, pois tem a chance de ela me dizer um não.
-Nicolas, tá aí? -ouço a voz da Ju me chamando.
-Oi?
-Nossa, cê pareceu a Marocas congelada agora.
-Desculpa, o que eu perdi?
-Nada, só o Leo falando que a gravação acabou e que realmente, foi melhor não mantermos contato e que a química era inacreditável e essas coisas. -ao terminar ela me mostra um sorriso. Dessa vez, acho fofo demais.
-Ah, sim. -digo e saimos em direção ao estúdio, onde tento criar coragem e fazer o que eu tava querendo fazer.
Já no estacionamento...
-Então Ju...
-Sim? -ela se vira.
-Já que esse negócio de não ter contato acabou, topa sair comigo qualquer dia desse?
-Sair?
-Sim, ir à um barzinho ou sei lá...
-Você? Em um barzinho? -ela pergunta fazendo cara de quem não acredita.
-É, algum problema com barzinhos e eu? -pergunto rindo.
-Não, nenhum. Só acho que não faz estilo de Nicolas.
-É, realmente não faz. Forcei demais né? -pergunto rindo novamente, dessa vez meio sem graça.
-Hum, nem tanto. -ela faz um beicinho.
Eu morri de vontade de morder esse lábio, mas me contive.
-Tá então, sei lá... Um restaurante, um japa, pode ser? -pergunto rezando pra todos os deuses que ela aceite.
-Tá, pode ser. Quando? -ela pergunta.
-O dia que for melhor pra você.
-Qualquer dia tá bom pra mim, não tenho nada marcado pra noite.
-Tá então... Pode ser hoje? Não quero parecer desesperado, é que nos próximos dias as gravações acabam tarde. -eu falo quase atropelando as palavras.
-Tá, tudo bem... -ela fala rindo da minha cara, mas não me importei.
-Humm, certo. Me passa teu número? -puxo o celular do bolso e entrego pra ela anotar seu número.
-Claro. -ela anota e me devolve.
-Tá, então... Sua mãe vem te buscar hoje? Posso te levar em casa.
-Não, hoje estou dirigindo. -ela responde.
-Certo. Te mando uma mensagem tá? Pra saber onde e a hora...
-Ok. -ela diz e com isso ficamos em um silêncio um tanto constrangedor. Decido que é melhor eu ir, se ficar olhando pra ela vou ficar com vontade de beijá-la e isso foderia meus planos.
-Tá então já vou indo -me inclino pra deixar um beijo no rosto, mas me perco com cheiro de lavanda que vem dela -Nossa! -digo um pouco alto demais.
-O que foi Nicolas? -Ela pergunta sorrindo.
-Nada, não...
-Ah, pode parar. O que é? Estou fedendo? -ela  tenta se cheirar.
-Não, sua boba. É justamente o contrário. -quando termino de falar, vejo que ela ficou sem graça e logo trato de me desculpar.
-Desculpa Ju. Minha intenção não era te deixar vermelhinha assim... -falo com o rosto perto ao dela.
-Não foi nada -ela fala se esquivando de mim. -Bom, já vou indo.
-Certo, desculpa.
-Já disse que não foi nada, tchau Nicolas - ela fala gentil. Me dá um beijo no rosto e vai embora.
Fico de longe a observando entrar no carro e dar a partida.
Ela se foi, mas pelo menos consegui o que queria a tanto tempo...
Tenho um encontro com Juliana Paiva.

Quando a chuva tem que cair... Ela cai!Onde histórias criam vida. Descubra agora