Capítulo 15

1.6K 80 41
                                    

Ao entrar na sala, vejo Nicolas sentado em meu sofá com as mãos cruzadas sobre as pernas, as quais tremiam. Eu não sabia o que estava acontecendo ali, mas assim que me vê, ele se põe de pé,  paralisa e sorri.

-Uau! -são as únicas palavras que ele diz.

-Oi! -respondo enquanto observo sua reação.

-Bom, eu vou pro meu quarto. Já ví que estou sobrando. Boa noite pra vocês, se cuidem. -minha mãe diz nos deixando a sós.

-Nicolas? -eu chamo sua atenção, chegando perto.

Ele envolve minha cintura com as mãos e fala ao pé de meu ouvido:

-Você está linda. Eu estou sem palavras.

-Eu percebi -fico arrepiada com sua respiração em meu pescoço. - Não respondeu nem mesmo minha mãe.

-Me lembre de pedir desculpas por isso depois.

Eu me afasto e o encaro.

-Não vai me dizer pra onde vamos? -pergunto curiosa.

-Ainda não. Vamos? -ele estende sua mão pra mim.

-Espera, esqueci minha bolsa. -eu volto para o quarto pra pegar o que havia esquecido. Não a bolsa em sí, mas o presente que havia comprado a ele, tão pequeno que cabia na minha bolsa de mão, mas tinha muito significado. Pensei em entregar logo agora, mas acho melhor esperar um momento certo. Volto pra sala e vejo um Nicolas distraído em seu celular, encostado na parede e com uma das mãos no bolso da calça. Aquela era, sem dúvidas, uma cena perfeita.

-Vamos? -eu chamo sua atenção.

Seus olhos se voltam pra mim e eu estremeço. Seu olhar transmitia amor, e meu coração se aquece.


---


Nicolas faz questão de abrir a porta do carro pra mim, mesmo após eu insistir em dizer que não era preciso. Ele abre dizendo que todo cavalheirismo ainda seria pouco para a noite de hoje, o que me deixa ainda mais intrigada.

Nicolas contorna o carro e senta diante do volante.

-Confia em mim? -ele me pergunta com os olhos brilhando.

-Confio, mas... -ele leva o indicador à meus lábios, me impedindo de continuar.

-Confia ou não confia?

-Confio.

Ele se inclina sobre mim e abre o porta luvas do carro. Nicolas surge com um tecido preto e me olha nos olhos.

- Tem certeza que ainda confia em mim? -ele brinca e eu confirmo com a cabeça. Completamente nervosa e ansiosa, eu me viro de costas pra ele poder amarrar a tal venda em mim.

-De onde saiu isso, Nicolas? -eu pergunto agora totalmente vendada.

-Eu tenho meus planos.

Quando a chuva tem que cair... Ela cai!Onde histórias criam vida. Descubra agora