Capítulo XII - O demônio de cabelos vermelhos

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Por favor, não me mate!

O motoqueiro se arrastava no chão entre os cacos de vidro das garrafas quebradas até chegar ao corpo de seu companheiro inconsciente ao chão.

Assuma a conseqüência de seus atos, rato. O homem de cabelos vermelhos caminha lentamente até ele passando entre os corpos dos demais companheiros de seu alvo.

A música alta e agitada não mais motivava a multidão. Todos estavam apreensivos diante da cena impotentes e temerosos em tomar qualquer ação frente aquele homem de cabelos vermelhos e olhar intimidador que derrubou todos aqueles motoqueiros sem sequer ser tocado.

"Acabaram se os reforços?" Ele disse olhando friamente para os lados entre a multidão à procura de mais agressores.

"Não há! Por favor! Você venceu! Acabou! Deixe-me ir!" O homem colocava a mão em um dos bolsos de seu companheiro encontrado uma arma de fogo, sua ultima esperança já que sua perna quebrada não o levaria a lugar nenhum.

"Covarde imundo! "Fracos" até a raiz do cabelo. Não há nem emoção em abater suas carcaças, tenha dignidade diante de seu inimigo vitorioso". O homem dizia exaltando a si próprio de maneira séria e intimidadora.

"É isso que tem para me oferecer? Acreditavam que poderiam me capturar assim? Reunindo a gangue de amiguinhos com pedaços de pau e canivetes?"

"Vá à merda filho da mãe!" O motoqueiro saca a arma para descarregar os seis tiros do tambor naquele homem arrogante.

A multidão que presenciava temerosa a cena saiu do estado de paralisia e começaram a correr desesperadas quando viram a arma de fogo sendo sacada e um tiro se sobrepor a música que tocava. Mas nenhum outro disparo se ouviu e quando alguns corajosos pararam para ver o desfecho daquela ação, puderam ver o homem de cabelos vermelhos pisando sobre a mão do motoqueiro que segurava a arma. A pressão fazia o estalar de ossos que se quebravam. Os gritos de dor explodiram como uma doce sinfonia aos ouvidos daquele que humilhava seu inimigo no chão.

"Não sei de onde vieram e porque diabos tentaram me tocar. Volte e fale para seu "rei" que "peões" não são suficientes". O homem de cabelos vermelhos disse antes de chutar a boca do oponente caído, levando-o ao alívio da dor pela inconsciência.

"Muito bem "Killer", vejo que continua imbatível. Uma voz feminina ecoou pela casa noturna que agora estava vazia e sem musica. E muito bonito também". Completou a jovem que descia as escadas escuras batendo palmas de leve, revelando apenas o brilho dos olhos amarelos como os de gatos negros na escuridão.

"Você? Não acreditava que viveria tanto tempo". Killer disse ajeitando os cabelos vermelhos que caíam sobre seus olhos.

"Não só vivo como sou senhora desta cidade". A resposta veio da mulher jovem que se revelava aos olhos de Killer com um corpo esbelto de pele branca levemente tampada por um vestido curto negro como os longos cabelos que escorriam como um rio além da cintura. Seu braços eram enfeitados por jóias douradas e seu pescoço por pedras preciosas.

"Dalila?"

"Não me confunda com a minha irmã. Soa como uma ofensa". Ela disse com um sorriso sarcástico no canto da boca decorada com o batom preto.

"Perdoe-me Talita". Respondeu Killer devolvendo o sorriso.

Venha, vamos conversar. Disse Talita subindo a escada que dava no segundo andar.

Entre o céu e o inferno - A gênese do fimWhere stories live. Discover now