Dias depois
Lauren ainda estava no hospital, ela já tinha acordado, mas estava sobre supervisão, não fui visitá-la ainda, meu tempo está curto, quando ela sair ela vai estudar aqui.
Estou na escola, sentada com meus fones de ouvido no último volume, ouvindo Radioactive do Imagine Dragons, estou muito deprimida para falar com alguém.
—Oi Mila. – levantei minha cabeça.
—Oi Dinah. – falei com a voz baixa.
—Ja até sei porque você está assim, na verdade o bairro todo já está sabendo. – ela diz se sentando ao meu lado.
—Foi tudo culpa minha. – uma lágrima desceu por meu rosto.
—Ei, não foi sua culpa, okay? – ela segurou minha mão. – Ninguém sabe o que se passa na vida dos outros.
—Mas e se eu tivesse falado com ela? Ela deve ter achado que eu tinha vergonha dela. – me despenquei em lágrimas.
—Esta achando que foi culpa sua por isso? – assenti. – Olha Camila, não foi sua culpa em nada, com certeza deve ter sido outra coisa. Você sabe de algo?
—Sei de alguns problemas dela, eu poderia ter ajudado, Di-inah. – falei me engasgando com o choro.
—Camila, para de se culpar, ela só não aguentou os problemas e quis se livrar deles. Para ela ter chegado a este ponto, não teria como ajudá-la.
—Não sei DJ. – seco minhas lágrimas.
—Oiee, você é vizinha da garota que se suicidou, né? – uma garota negra perguntou, ao seu lado tinha uma garota baixinha.
Não respondi nada.
—Você não vai falar? – a baixinha perguntou.
—Me chamo Normani e ela Allyson. – Ela falou e apontou para a menina baixinha. – Mas nos chame de Mani e Ally.
—Queriamos ser amigas dela. – a baixinha diz.
—Primeiro: ela não está morta, está no hospital ainda. Segundo: por acaso uma pessoa precisa tentar se suicidar para ter a amizade de vocês? – falei alterada.
—Ah... Não, eu não quis dizer isso. – ela se encolheu.
—Se acalma garota! – gritou Mani.
—Você abaixa o tom de voz para falar com a minha amiga! – Dinah se intrometeu.
—Parem meninas! – gritei chorando. – Mas que porra!
Comecei a chorar mais ainda, as três me abraçaram.
—A propósito, meu nome é Camila. – falei saindo do abraço e secando minhas lágrimas.
—Eu sou a Beyoncé. – as meninas franziram o cenho. – Dinah. – sorriu e a gente riu.
—Então, desculpe por nos intrometer. – Ally pediu envergonhada.
—Não é nada, não se desculpe. – falei.
—Você já visitou ela? – Mani perguntou.
—Não, não tenho coragem. – abaixei a cabeça.
—Você gosta dela, deveria. – Ally sugeriu.
—O que? Como vocês...
—Pelo jeito que você a defendeu. – Mani falou como se fosse óbvio.
—Sim, eu gosto dela, eu... – antes que pudesse terminar, Ariana aparece.
—Gosta de quem? – sela nossos lábios e se senta em meu colo.
—De você, amor. – beijei seu rosto.
—Oi, Allyson, não é? – a menor assente. – E você é?
—Normani, me chama só de Mani mesmo. – sorriu.
—Oi para você também Ariana. – Dinah revira os olhos.
Minha melhor amiga nunca gostou da Ariana, nem do nosso relacionamento, ela não apoiava, mas não julgava, disse que se eu estou feliz com isso, isso a deixa feliz.
—Jane. – revirou os olhos. – Te conheço, fomos da mesma sala no ano passado. – falou para Ally.
—Ah sim. – Ally sorriu torto.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Sol & Lua | CAMREN
Romansa"Hoje minha vizinha tentou se suicidar, não entendo o porquê, ela é tão linda... Bom, eu já havia notado que sua vida parecia ser difícil, mas nunca disse nada, faz tanto tempo que apenas a observo passar pela rua, mas nunca tive coragem de trocar u...