•F I F T E E N

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A porta da frente estava destrancada quando Samantha chegou à casa às oito da noite.

Ela mandou mensagem para a mãe em antemão e disse-lhe que chegaria tarde à casa e recebeu uma mensagem curta e seca como resposta. Ela fechou a porta atrás dela e largou a mochila que tinha sua blusa e seu sutiã lá dentro.

Dylan deixou ela levar a camiseta dele e ela disse que haveria de devolver na manhã seguinte na escola.

Dylan disse que não precisava se incomodar.

A maioria das luzes estavam apagadas mas as da sala de estar brilhavam até ao corredor. Samantha caminhou até a sala, ouvindo a televisão ligada e sua mãe se encontrava sentada no sofá.

— Oi, —Samantha disse e a mãe a direcionou o olhar dando um meio sorriso. — Onde está o meu pai?

— Trabalhando até tarde. — A mãe falou e Samantha assentiu.

— Certo, — Samantha disse e mordeu o lábio. — Ah, mãe?

— Sim? —Ela disse, sem tirar os olhos da TV.

— Posso falar com você sobre algo? — Samantha perguntou e a mãe a olhou, levantando uma sobrancelha.

— O quê?

Samantha respirou fundo e desviou-se do olhar da mãe. — Eu... eu vi aquela noite.

— Como assim?

— Eu vi você na noite passada com... aquele homem. — Samantha explicou e sua mãe suspirou.

— Samant-

— Você está traindo o meu pai? —Samantha perguntou e sua mãe olhou para ela, um olhar de deboche em seu rosto.

— Ah não me dê esse olhar. — Mãe de Samantha falou.

— Que olhar?

— Como se eu tivesse feito algo que você ainda não fez.

— Mas... mãe, de quê você está falando?

— Ah, não é novidade que você vai pra cama com a metade da vizinhança! — Sua mãe revirou os olhos e a mente de Samantha quase se desligava. — Não vem me dar esse olhar como se você fosse melhor que eu, você é tão má quanto eu, Sam. Tal mãe, tal filha.

Samantha pestanejou rapidamente, estática.

— E sim, eu estou traindo seu pai, e isso se deve porque ele anda preocupado com o trabalho e sobre você andar vadiando por ai toda hora.

A mãe dela olhou de volta ao televisor e Samantha finalmente ganhou força para se virar e ir ao seu quarto.

Ela andou como um robô no automático até ao quarto dela, e quando entrou, fechou a porta, apagou a luz e subiu na cama.

Ela fechou os olhos e a primeira lágrima caiu.

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SamanthaOnde histórias criam vida. Descubra agora