• S E V E N T E E N

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As pessoas costumam notar quando alguém parece magoado.

Eles podem, de alguma forma, ver pela forma de vestir, como sorriem e pelo olhar.

Mas são os que não parecem magoados que as pessoas deixam passar. Passar os olhos por eles depois de decidir que estavam normais. Sem sinais óbvios.

Samantha estava magoada.

Mesmo se ela tivesse percebido ou não —ela estava magoada em uma das mais dolorosas formas do mundo. Ela perdeu toda a esperança em si própria e talvez ela nem teve alguma esperança primeiramente.

Mas havia uma coisinha que parecia perfeita e concreta na vida dela. Seus pais.
Eles estavam a salvo porque eles sempre estariam juntos — na cabeça dela. Eles eram o casal ideal. Todos tinham inveja deles. Queriam ser como eles.

E isso agora estava arruinado — por água abaixo. A única coisas que Samantha considerava concreto e certo, estava agora destruído, em pedaços.

Será que o pai dela sabia? E se ele tem vivido com isso por meses... anos?

E se ele também estiver traindo?

Samantha olhou para o seu reflexo no espelho. Seu cabelo ao tamanho dos ombros. Cachos finos e loiros jogados no chão em seus pés e Samantha largou a tesoura no lavatório.

Ela parecia magoada.

Então como qualquer outra pessoa magoada, ela pegou em uma pá e uma vassoura e começou a limpar a sujeira que ela fez.

》》》

— Novo penteado, huh? — Dylan diz entrar no banheiro feminino da escola.

— Você não pode estar aqui!

— Sim, você me disse isso aquela vez do esparguete na sua cara, — Dylan fez gestos manuais largos e Samantha suspirou, apreciando seu cabelo pelo espelho.

As luzes brilhante da escola fazia seu trabalho caseiro ser mais aparente.

— Você sabe, que era só ir a um cabeleireiro não é? — Dylan opinou e Samantha o dirigiu o olhar.

— Sim, eu sei disse obrigada.

A porta do banheiro se abre e Samantha ficou tensa mas logo relaxou quando Chloe entrou e parou de andar quando viu Samantha.

— Novo corte, huh? — Chloe levantou as sobrancelhas e Samantha suspirou, virando para o espelho novamente.

Chloe olhou para Dylan e estranhou. — Hm...

— Ele vem e vai quando lhe apetece, — Samantha explicou e Chloe assentiu lentamente.

— Certo... você se importa de sair? — Chloe perguntou.

— Achei que a gente estive ligado um ao outro. — Dylan lamentou.

— Sim claro, — Chloe disse. — Mas eu meio que quero fazer xixi então...

Dylan limpou a garganta estranhamente e se desencostou da parede. — Certo, sim, claro. Eu uh, eu vejo você por aí Sam.

Dylan saiu rapidamente e o olhar de Chloe o acompanhou enquanto saía. — Novo amigo?

Samantha a olhou e sorriu. — Algo do tipo.

                                    》》》

— Okay, o que está havendo? — Chloe perguntou quando Samantha terminou sua última aula ia em direcção ao almoço.

— Nada.

— Você está pra baixo desde que chegou e veio para escola com um corte de cabelo estilo Faça Você Mesmo, — Chloe disse. —Eu sei que algo esta errado.

— Não é nada. — Samantha suspirou e depois mordeu o lábio olhando para sua amiga. — Okay, talvez algo esteja errado.

Chloe sorriu suavemente e puxou sua amiga para o lado de maneiras que elas encostassem em uns cacifos inutilizados. — O que se passa?

— O que... o que você faria se soubesse de um segredo? — Samantha perguntou. —Um segredo que você sabe mas não tem a certeza se devia contar a pessoa envolvida... se isso faz algum sentido.

— Mais ou menos, — Chloe falou. — Que tipo de segredo?

Samantha olhou para Chloe e depois lambeu os lábios nervosamente, olhou em voltou brevemente antes de voltar o olhar para sua amiga. — Minha mãe está traindo meu pai.

— Jesus... — Chloe resmungou. — Como é que você descobriu isso?

— Bem, eu vi ela com outro homem. Eles vieram para casa e tudo. Eu falei com a minha mãe sobre isso ontem e... — Samantha parou e olhou para o chão.

A mãe dela disse que ela era uma vagabunda.

—... E ela não reagiu lá muito bem. — Samantha terminou e Chloe deu a ela um olhar preocupado.

— Vai ficar tudo bem, — Chloe disse, colocando a mão no ombro de Samantha. — Mas, então você não tem certeza se deve contar ao seu pai?

Samantha assentiu.

— Quer dizer, isso pode ajudá-los mas... e se estragar tudo? E se isso destruir eles por completo e eu terei que decidir com quem eu quero viver.

— Sam, você não tem que carregar um peso como esse, — Chloe disse. — Não é sua culpa que sua mãe está sendo infiel.

E sim, eu estou traindo seu pai, e isso se deve porque ele anda preocupado com o trabalho e sobre você andar vadiando por ai toda hora.

Samantha engoliu a seco quando as palavras da mãe martelavam em sua cabeça. Como ela poderia ter certeza que não era culpa dela. Ela sabia que seus pais andavam estressados por causa da queda nas notas dela e o modo de vida nojento que levava, mas... eles nunca fizeram alguma coisa para a ajudar.

Eles nunca à confrontaram.

Então Samantha era parte da culpa disso?

— Mas e se eu disser, — Samantha disse com calma, sua voz quase em um sussurro, — e o casamento deles acabar? De quem será a culpa?

Chloe não tinha uma resposta pra isso.

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SamanthaOnde histórias criam vida. Descubra agora