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HOJE TEM LOUIS POV AAAAAA
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Louis ON

Bip. Bip. Bip.
O som insistente martelava em minha cabeça dolorida, ao passo que eu abria os olhos lentamente, sentindo cada pequena parte de meu corpo vibrar em dor. O quarto estava pouquíssimo iluminado, então virei a cabeça devagar e olhei para o relógio, contatando que são 7:23 da manhã. Quando tentei me mexer novamente, soltei um resmungo de dor, que soou manhoso até mesmo para mim.
Ouvi um som de engasgo ao meu lado.
- Ômega.. você está bem? - Ouvi uma voz rouca.
Olhei rapidamente para o lado, encontrando um grande homem, me encarando com enormes e preocupados olhos verdes como esmeraldas.
- Oque? Quem é você? - Me afastei, meus batimentos cardíacos aumentando.
Um alfa.
- Calma, shhh. - Ele disse tentando pegar minha mão, e eu recuei rapidamente.
- Eu vou gritar. - Disse, já sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
- Hey, por favor não chore ômega.. Eu vou ligar pra Jay ok? Fique calmo vou chamar o médico. - O grande alfa disse atrapalhado.
- Quem é você e por que está aqui? - Louis retornou para sua posição defensiva.
- Meu nome é Harry Styles. Eu te salvei das ferragens do acidente. Meu carro estava vindo logo atrás. - Ele disse, encarando o menino calmamente.
E então, como um soco, Louis lembrou.
O carro batendo, seu desespero pois não tinha forças pra soltar as pernas, a dor, o desmaio. E lembrou de um par de olhos verdes o levando para longe do acidente, e dizendo que tudo ficaria bem.
- Você me trouxe pra cá? - O menor indagou, pensando que talvez esse alfa fosse uma boa pessoa.
- Sim, agora vou chamar o médico, você está com dor. Fique paradinho ai. - O alfa disse se dirigindo à porta do quarto.
- Não é como se eu pudesse sair correndo, de qualquer forma. - O pequeno sussurrou, olhando para suas pernas engessadas, após o maior sair do quarto.
Agora que estava sozinho, se permitiu chorar, deixando os soluços sacudirem seu corpo, tanto pela dor, quanto pelas lembranças do que aconteceu.
E naquele momento, deitado naquela cama de hospital enquanto deixava toda sua dor escorrer em forma de lágrimas pelo seu rosto, ele prometeu a si mesmo:
Nunca mais vou confiar em um alfa na minha vida. Nunca mais.
Escondeu seu rosto em suas pequenas mãozinhas, enquanto o Doutor e Harry entravam no quarto.
Harry se aproximou rapidamente.
- Oh, pequeno, por que está chorando, hum? - Ele disse com a voz ainda rouca pelo sono.
- Estou com dor, isso é tudo. - Ele respondeu sem olhar para o alfa lúpus.
Sim, Louis tinha percebido. Ele nunca tinha visto um alfa lúpus, porém tinha estudado na aula de biologia, e Harry se encaixava perfeitamente na categoria.
- Bom, vejo que você acordou mais cedo que o previsto. Vou receitar alguns remédios para dor, antibióticos e também soro. A mesma enfermeira que vier aplicar os remédios lhe trará o café da manhã. Quando sua mãe chegar, te informarei sobre seu quadro e também terei que fazer algumas perguntas pra você ok? - O médico falou, encarando o ômega gentilmente.
Louis apenas acenou com a cabeça, o médico se despediu e saiu do quarto, o deixando novamente sozinho com o alfa que a pouco tinha conhecido.
- Ômega, quer que eu ligue a tv para você? - Ele disse atencioso.
- Sim, por favor... - Louis disse abaixando a cabeça.
Harry foi trocando os canais, até passar por um canal de desenho qualquer.
- Esse! Deixa nesse, por favor.. - Louis disse, sentindo suas bochechas queimarem. Sim, ele tinha 18 anos, mas sempre assistia desenhos com suas irmãs mais novas, e isso o acalmava.
Adorável, Harry pensou.
Logo uma enfermeira entrou, dando um sorriso para os dois.
- Olá Louis, meu nome é Janyce e eu vim aplicar alguns remédios em você. - A senhora disse gentil, se aproximando com algumas agulhas e seringas, e uma bolsa nova de soro.
O menor fechou os olhos com força, e morder o lábio inferior. Morria de medo de agulhas.
- Quer que eu segure sua mão, pequeno? - Harry perguntou, parecia até um pouco esperançoso.
- Não. - O menor respondeu.
- Não se preocupe, não vamos te picar. Todos os remédios são injetados pelo caninho do soro, que já está ligado na sua veia.
Louis expirou, aliviado.
A mulher administrou os remédios, e trocou o soro.
- Louis, esses remédios vão te deixar sonolento, então recomendo que tome seu café logo. - A enfermeira disse, deixando uma grande bandeja na mesa do outro lado do quarto.
- Obrigada. - Louis agradeceu, e Janyce assentiu sorrindo, saindo do quarto.
Harry rapidamente se levantou, puxando uma mesinha para o lado da cama do ômega, colocando a bandeja em cima da mesma.
- Eu vou te ajudar, ok? - Harry pediu, encarando-o profundamente.
Louis analisou as opções. Sua mãe não estava, e ele tinha um pulso quebrado e ambas as mãos enfaixadas. Sua barriga roncava e ele estava começando a ficar sonolento.
Suspirou.
- Ok. - Ele disse por fim, corando.
Harry deu seu melhor sorriso com covinhas, começando a cortar a banana em pedaços pequenos.
- Tem mingau? - O ômega pediu, tentando espionar a bandeja.
- Sim, sua mãe pediu pra eles incluírem no café da manhã. - O alfa disse rindo.
- Pode botar a banana dentro do mingau? E um pouquinho de açúcar? - Louis pediu, inclinando a cabeça para o lado.
Adorável de novo.
- Claro, Lou. - Harry o encarou, as covinhas à mostra, logo voltando a preparar o mingau do mesmo.
Louis corou com o apelido.
Logo Harry se sentou na poltrona ao lado do menino.
- Pronto, aqui ômega... - O alfa disse enchendo a colher e a colocando delicadamente dentro da boca levemente aberta de Louis.
- Sabe.. Eu odeio comida de hospital.. - ele disse mastigando. - Mas essa aqui está muito boa.
- Obrigada, Lou. - Harry disse, enquanto o alimentava.
Ficaram assim por uns 15 minutos, Harry alimentando o ômega que assistia tv, ocasionalmente limpando a boca do mesmo quando estava suja.
- Prontinho. - O alfa disse se levantando para largar a tijela vazia em cima da mesa.
- Então, oque você gosta de comer quanto está em casa Louis? - Harry perguntou, sentando se novamente ao lado do ômega, e segurando sua mão.
E então, um choque. A eletricidade vagou pelo corpo dos dois, e naquele momento, os dois sentiram como se já se conhecessem a anos, décadas. Eles se sentiram em casa, mesmo ambos estando longe dela.
- Cheetos.. - Louis disse, afastando-se rapidamente e encarando Harry com suas orbes azuis confusas e assustadas.
- Interessante.. - Harry disse, divagando, porém não se referia ao gosto culinário do garoto.
Oque foi aquilo afinal?
Ao olhar pro lado, teve a visão do ômega em um sono tranquilo, as mãozinhas enfaixadas pousando em cima de sua barriga.
Suspirou, jogando a cabeça pra trás e encarando o teto, desejando ter todas as respostas para as confusas perguntas que rondavam sua mente.

Through The Dark (EM EDIÇÃO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora