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ooioi pocs!
quero aproveitar que estou de férias para tentar terminar a fic e escrever bastante, pq depois que as aulas começarem vai ser difícil.. é isso, bora pro cap ________________________
Harry ON

Mais ou menos 30 minutos depois, veio a enfermeira para nos levar até o quarto em que Louis estava. Me levantei nervoso, seguindo a família em passos largos. Ao chegar no quarto, a enfermeira me barrou.
- Desculpe, só familiares permitidos. - ela disse, e eu emiti um rosnado baixo.
- Não, ele pode entrar. Venha, querido. - Disse Jay, puxando-me.
Ao entrar no quarto, vi Louis desacordado, seu pequeno corpo quase totalmente coberto com faixas, gesso ou curativos, e diversos aparelhos ligados à ele, o ajudando a respirar e monitorando seus batimentos cardíacos.
Todos nos sentamos, e alguns minutos após ouvir apenas os choros de Jay e das meninas, a porta se abre, revelando um apressado Doutor Payne.
- Olá pessoal. Então, por conta dos remédios e sedativos muito fortes, colocamos o Louis em coma induzido, para que ele não se movimente e possa descansar e recuperar o corpo melhor nesse primeiro momento. Ele vai acordar amanhã, provavelmente por volta das nove horas. Recomendo que todos vocês aproveitem para ir pra casa descansar, e também trazer uma mala de roupas e produtos de higiene para Louis. Vejo vocês amanhã.
O Doutor sai, ao passo de que todos começam a levantar. Eu olhei novamente para o pequeno e ferido ômega, sentindo meu corpo vibrar em raiva. Acompanhei todos até a saída, me despedindo, e após isso caminhei até meu carro, entrando no mesmo.
Passei os dedos entre meus longos cachos e suspirei, socando o volante com força após isso. Meu celular toca, e vejo o nome de Ed no visor.
- Oi, oque você quer? - Atendo sem ânimo e um pouco irritado.
- Nossa Harold, que bicho te mordeu ein? - O ruivo disse, em seu tom bem humorado de sempre.
- Algo ruim aconteceu, eu... eu estou bem confuso.- Digo, fechando meus olhos com força.
-Eu tenho uma ótima maneira de resolver isso! Boate hoje à noite? - Ele parecia muito animado.
Suspirei, olhando para o relógio. Já eram 20:43 da noite. Realmente passei muito tempo no hospital.
- Claro, passa lá em casa as dez?- Pergunto.
- Sim, vejo você, Hazza. - Ele diz desligando em seguida.
Saio do estacionamento, com o estranho sentimento de ter deixado algo pra trás conforme me afasto do hospital. Dirijo devagar pelas ruas de Londres, e após 20 minutos chego em frente aos grandes portões da mansão Styles, o porteiro abre e eu coloco o carro na garagem, entrando em casa logo em seguida.
Subo as escadas de mármore em direção ao meu quarto, entrando no banheiro e tirando minhas roupas. Entro no box, deixando a água quente escorrer por meu rosto. Após, visto apenas uma calça de moletom larga, me dirigindo a cozinha pra comer algo que a empregada deve ter deixado pronto. Como, já que estava com muita fome, e me sento no sofá, jogando a cabeça pra trás e fechando os olhos.

- HARRY EDWARD STYLES ABRE A MERDA DA PORTA! - Ouço os gritos escandalosos do ruivo, revirando meus olhos e olhando o relógio. Merda, são 22:05.
Caminho até a porta, abrindo.
- Caralho Sheeran, dá pra ser menos escandaloso? Pelo amor de deus. - Digo sem paciência.
- Harold! Já são dez e cinco e você nem se arrumou?? Anda logo! - O ruivo diz enquanto entra, apressado.
Subo novamente, bufando, e vou até meu closet. Escolho uma calça jeans skinny preta, uma camisa estampada meio aberta, botas Gucci e meus inseparáveis anéis. Dou uma ajeitada em meus cachos e desço novamente.
- Uauuu, alfa sexy! - Ed fala, batendo palmas.
- Cala boca e vamos logo. - Digo revirando os olhos.
Entramos no meu carro, Ed mexendo no rádio enquanto reclamava, como sempre.
- Credo Harry, você só escuta essas músicas melancólicas e depressivas! - Diz ele fazendo uma careta.
- Agora sim!!! - Ele começa a cantar junto de "Happy".
E eu apenas me concentro no trânsito, estacionando em frente à boate lotada, entregando a chave para o manobrista.
Ed desce do carro saltitando em direção a boate.
- Deus, você não pode andar normalmente? Parece uma gazela feliz. - Eu digo, recebendo um tapa.
- Deixa de ser ranzinza, Harry Styles.
Luzes coloridas cintilavam pela boate escura, enquanto mulheres com pouca roupa dançavam na pista. Nos direcionamos ao bar, fazendo nossos pedidos em meio a gritos.
- Queremos duas doses de Vodka! - Ed grita para o barman.
- E um copo do seu melhor whiskey, por favor. - Eu falo.
- Você só toma coisas de velho Harold. - Ed diz debochado.
Reviro meus olhos, encostando me no balcão.
- Olha só quem chegou! - Ed diz, fazendo-me olhar para o lado, vendo uma cabeleira loira se aproximar.
Luke e Josh nos cumprimentam, logo se aproximando do barman, para fazer seus pedidos, ao passo de que o nosso é posto no balcão. Viro a Vodka junto com Ed, logo depois pegando meu copo de whiskey e dando um grande gole. Eu estava precisando.
Ed se volta pra mim, sério, oque é algo raro para o ruivinho.
- Hey, oque aconteceu hoje, que você tinha falado no telefone? - Ele me encara.
Eu suspiro.
- Hoje quando eu estava indo para uma reunião, ocorreu um acidente com o carro da frente, eu desci pra ajudar o ômega que estava preso nas ferragens. Porém depois que olhei nos olhos dele, Ed, algo estranho aconteceu, eu senti algo que nunca tinha sentido antes. Meus instintos protetores subiram no máximo, tanto que eu não deixei o socorrista levar ele, eu mesmo o carreguei para o hospital. E parece que aquele ômega estava em um relacionamento abusivo, sofrendo vários tipos de agressões, e quando eu olhava para o corpo dele, todo ferido, aquilo simplesmente me tirava do sério, como se eu fosse um animal. - Falei encarando o ruivo.
- Oh, pobre ômega! O namorado que provocou o acidente? - O ruivo indagou, horrorizado.
- Sim, pelo que parece. Ele não resistiu, pelo menos o verme está morto. - Digo amargo, tomando mais um gole de minha bebida.
- Harry, nunca te vi assim antes. Eu vivi pra ver Harry Styles apaixonado! - Ele comemorou, batendo palmas.
- Eu não estou apaixonado. - Rosno. - Apenas não sei explicar tudo oque estou sentindo.
- Sabe, minha avó costumava contar qu.. - o ruivo foi interrompido por uma estridente voz feminina.
- Harryyy! - A loira se aproximou, seu salto agulha contra o chão da boate fazendo um barulho alto.
- Oh, pelo amor de deus. - O ruivo disse, revirando os olhos junto com Luke e Josh.
- Taylor. - Eu disse suspirando.
A loira era bonita, e eu já tinha transado com ela algumas vezes. Porém não consigo suportar a presença dela, pois a ômega é extremamente irritante, e seu cheiro enjoativo me causava náuseas.
- Vamos dançar. - A loira enlaça seus braços ao redor de meu pescoço.
- Eu realmente não estou com paciência essa noite Taylor. - Falei tentando me afastar, porém antes de perceber eu já estava na pista de dança.
A loira começou a deixar beijos por meu pescoço, enquanto passava as mãos pelo meu corpo, soltando uma risada irritante. Seu cheiro alcançou minhas narinas, fazendo meu estômago embrulhar instantaneamente. Olhei para o relógio, já passava de meia noite.
- Eu quero você Harry.. - A loira disse com sua voz esganiçada.
- Bom, eu não quero você. - Digo, afastando a loira para respirar um ar puro, ela me olha com uma cara ofendida, e eu me afasto.
A música alta está causando dores em minha cabeça, e uma tontura logo me atinge. Sinto me mal, com uma sensação de que devo sair. Eu preciso sair.
Aproximo-me de Ed com a respiração ofegante. Ele me olha preocupado.
- Você está bem cara?
Olho ao redor, mulheres me lançam olhares, as luzes piscam e a música ressoa em minha cabeça.
- Não.. Não sei... eu preciso sair cara, desculpe. - Digo.
Ed me olha com uma cara divertida, como se soubesse exatamente oque estava acontecendo.
- Não tem problema, fique bem Harry.
Me despeço e saio da boate, empurrando algumas pessoas para abrir caminho.
Ao entrar no meu carro, minha mente está vazia, não penso em nada. 00:44.
Com a mente vazia, minhas mãos magicamente seguram o volante e meu pé pisa no acelerador, e antes que eu possa perceber, estou me levando de volta ao hospital. Desço do carro confuso, sendo guiado totalmente por meus instintos.
Entro cambaleante na recepção do hospital, olhando para o atendente beta.
- Estou aqui pra ver Louis Tomlinson. - Digo com a voz um pouco afetada, meus batimentos cardíacos elevados.
- Senhor, é quase uma da manhã. Os horários de visita começam amanhã a partir das dez. - O atendente fala sem tirar os olhos do computador.
Emito um rosnado, fazendo com que
ele erga os olhos. Escuto murmúrios das pessoas falando "Um alfa lúpus" "Ele é um alfa lúpus".
- Se-senhor, eu não sou autorizado a.. - O beta gagueja nervoso.
- Minha paciência está se esgotando. Quero ver o Louis agora. - Digo entre dentes, me sentindo tonto.
- Acho que nosso amigo aqui precisa de um atendimento. - Ouço a voz do Doutor Payne, que pousou a mão em meu ombro, fazendo me rosnar mais uma vez.
- Vamos harry. - Ele disse sério, e eu acabei por acompanhar ele, relutante.
Ele me levou até uma salinha, retirando uma lanterninha de seu bolso.
- Abra bem os olhos. - Ele pediu examinando meus globos oculares.
- Eu quero ver Louis.
- Você é um alfa lúpus certo? - Ele pediu guardando a lanterninha.
- Sim. - Falei olhando ao redor, sentindo meu coração bater rápido.
- Sabe, eu também sou um alfa lúpus, porém tomo alguns supressores para poder trabalhar aqui. - Olho para ele, surpreso.
- Alfas lúpus e bebida não se dão muito bem sabe? Nos deixam mais raivosos, impulsivos e violentos. Mas receio que não seja esse seu problema. - Ele falou com um sorriso pequeno, e eu o encarei confuso.
Por que todo mundo parecia saber oque estava acontecendo menos eu?
- Bom, vou te dar um comprido calmante e te levar até Louis. Aposto que vai se sentir melhor. - Ele disse me olhando ladino.
Como diabos ele sabe que eu estou mal?
Tomei o comprimido e fui guiado até o quarto de Louis. Quando fui agradecer ao Payne, ele já tinha virado as costas e feito seu caminho de volta pelo corredor.
Abri a porta devagar, sentindo meu coração estranhamente se acalmar ao que vi o rosto de Louis sendo iluminado pela luz da lua, que entrava pela parte aberta da cortina.
Tão lindo.
Me aproximo da cama devagar, sentindo seu cheiro viciante de amêndoas e amora penetrar por minhas narinas. Inspirei fundo.
Tão bom.
Ergui minha mão, hesitante, e toquei seus lisos e macios cabelos, afastando sua franja dos olhos. Dei um pequeno sorriso.
Sentei-me na poltrona, pensativo.
Oque Ed tinha para me falar? Oque foi aquilo com o Doutor Payne?
Ouço o pequeno ômega ao meu lado suspirar, e olho em sua direção imediatamente.
Sua boca formava um pequeno sorriso enquanto ele dormia, e apesar de tudo, ele parecia em paz.
Tão adorável.
Então, deixei minha cabeça descansar na poltrona, e me permiti dormir calmo, sentindo o cheiro do ômega que tanto me acalmava.
Em paz.


Entaoooo people?? acho que o próximo capítulo terá Louis POV, yayyy.. votem e comentem, qualquer dúvida é só pedir. kisseees

Through The Dark (EM EDIÇÃO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora