O caçador na aula de química e A ida ao hospital

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A manhã seguinte foi um inferno para Kylie, ficara até tarde ouvindo James falar de Lizzie e de seu encontro, ficou tentada várias vezes a dizer que não se importava, mas se prestou ao papel de boa irmã e ouviu tudo quietinha – Embora tenha cochilado em algumas partes, a vida amorosa de James era entediante, assim como quase tudo que ele fazia na opinião de Kylie.

O caminho até a escola foi a mesma coisa, e quando ligou o rádio e ouviu Mercy tocando, James desatou a falar ainda mais sobre Lizzie e como aquela mesma musica tocara na noite anterior quando ela ligou o rádio, Kylie bufou e se afundou no banco, ela definitivamente merecia um prêmio por aguentar James McCall quando estava apaixonadinho.

Chegaram na escola longos e torturantes minutos depois, James estacionou o carro da mãe numa vaga e a McCall foi rápida em inventar uma desculpa qualquer e mandar James ir contar sobre seu encontro fantástico, não escondera a ironia nessa parte embora James fosse lerdo para notar, para Harvey que também já estava na escola em frente as escadinhas que chegavam mas portas duplas da entrada.

Conferiu seu horário enquanto pegava os livros no armário, o dia já começava terrível com duas aulas seguidas do seu pior pesadelo: Química.

Fazia quase todas as aulas em turmas avançadas, exceto por química e história, e a primeira para matéria simplesmente lhe dava dor de cabeça, enquanto a segunda lhe dava um sono extremo.

Bufou e pegou seus livros, não havia escolhas, teria que enfrentar a maldita tabela periódica e suas contas – Não fazia a menor ideia de por que razão os números haviam saído da matemática. Ela sabia que não podia matar outra aula de química, então mesmo contra sua vontade e com cada célula do seu corpo pedindo para ir na direção contrária, a McCall se forçou a entrar na sala e procurar um lugar.

A maioria das pessoas já tinham seus parceiros, e ela ainda não fazia ideia de quem seria o seu – Consequência de ter faltado as duas últimas aulas.

— Tá ocupado? — Questionou para um dos únicos garotos que estava sem companhia na bancada.

— Não, pode sentar. — Ele sorriu e a McCall retribuiu, sentando-se ao lado dele.

— Eu sou a Kylie. — Ofereceu a mão em cumprimento, o garoto aceitou o aperto e grudou os olhos no bracelete em seu pulso.

— Tyler Roerig. — Sorriu, ainda encarando o adereço no braço da garota. — Seu sobrenome é Argent?

Kylie entendeu na hora, tinha um caçador bem ao seu lado, que reconheceu o desenho de flor de lis no seu bracelete – O símbolo com o qual a família costumava marcar as balas e armas.

— Não. — Deu de ombros. — O do meu avô de consideração é, eu sou uma McCall.

Esperou pra ver se algum reconhecimento passava pelo rosto dele, mas não houve nenhum sinal. Concluiu que não estavam ali atrás de sua família.

— Mas como você conhece esse sobrenome? — Ela questionou, apoiando o queixo na mão e encarando-o com um sorrisinho no rosto.

— A flor de lis no bracelete. — Disse aparentemente nervoso. — É da França, ouvi na cidade que os Argents são da França e achei que você fosse uma.

Kylie sorriu quase orgulhosa, se não fosse uma boa mentirosa ela jamais reconheceria a mentira na frase do garoto, sabia respeitar qualquer um que conseguia sair de más situações com uma boa mentira.

— Ah, isso faz sentido. — Atuou, ainda sorrindo enquanto cada vez mais ideias surgiam em sua cabeça. Scott a deixaria de castigo o resto da vida se descobrisse o que planejava, mas a ideia de se infiltrar entre os caçadores que estavam na cidade lhe parecia incrivelmente convidativa e não perderia a chance de fazer algo de útil. — Meu avô é um cara conhecido, sabe, trabalha como consultor de segurança. Eu não entendo muito do trabalho, mas ele tem um porão cheio de armas, é um trabalho estranho já que às vezes ele sai no meio da madrugada.

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