snowstorm

462 81 24
                                    

oi! olha quem voltou ^^

gente, muito obrigada por todos elogios e desejos de melhora, serio eu li cada um deles, apesar de não ter respondido <3.

sentiram minha falta? 

muito obrigada por esperarem, meu pulso já está bem melhor ^^

o capítulo de hoje é um tanto menos poético que os outros, e os próximos provavelmente também irão ser.
sinto em dizer que agora só faltam mais 3 capitulos e a fanfic acaba :c

bem, espero que gostem!


[...]


- pai, eu não vou me casar com chunghee. - renjun proferias, podia observar teu punho cerrado de forma intensa, tremulando, demonstrando-nos que, mesmo com a intensidade de sua voz, nossa pequena primavera ainda sentia medo.

- oi? - o senhor pareceu-me confuso, largando o jornal que segurava com tanto afinco e deparando-se com a intensidade de nosso olhar róseo, assustando-se, por fim, ao finalmente ver que sua criança havia encontrado os tão ditos soulmates. - renjun, o que aconteceu com seus olhos?

- papai, jaemin e jeno são meus soulmates e o senhor não pode mudar isso. não pode mudar nossa ligação e muito menos nossos sentimentos. - tu aproximou-se do senhor, a pequena mão ainda tremulava, extremamente ansioso pela resposta de seu pai. - eu cansei de seguir suas ordens, cansei de deixa-lo controlar minha vida.

- renjun, está me dizendo que é gay? e que ainda por cima está apaixonado por dois homens? - assustamo-nos com a intensidade do olhar do outro, sendo inundados por teu fogo intenso, o avermelhado dos olhos daquele senhor irradiava em sua mais intensa fúria como nunca. ele levantou-se de seu lugar, vindo em direção á nós.

- não ouse machuca-lo! - jeno se impôs, vendo que a passada daquele homem já não lhe parecia tão amigável. puxei renjun para perto de mim, afastando-no de seu grosseiro pai.

- não acredito que vai desistir de um ótimo casamento, de uma vida financeiramente estável e normal para ficar com essas duas aberrações. - podíamos sentir que o huang mais velho fazia de tudo para controlar-se, puxando os próprios fios grisalhos afim de evitar que realizasse qualquer ato que pudesse vir a se arrepender.

- eles não são aberrações, pai! por que o senhor não pode me aceitar, pelo menos uma vez? - pude sentir tuas pétalas ferirem-se, queimando-se com a intensidade do fogo de seu pai, observei teus olhos marejarem, sendo inundados pelas lágrimas que teimosamente desejavam cair de seu belo rosto.

deslizei minha mão suavemente por tua cintura, a fim de trazer-lhe alguma espécie de conforto. percebi teu peito subir e descer vagarosamente, indicando a tua tentativa de controlar tua respiração.

- se acalme, meu bem. - jeno sussurrava, aproximando-se de nós.

- renjun, você irá casar-se com chunghee, querendo ou não. - o pai insistia, cruzando os braços em ira.

- não, eu não vou!

- para de ser um moleque malcriado! - ele exaltou-se, pegando o primeiro objeto que lhe apareceu e arremessando em renjun, contudo, jeno fora mais rápido, entrando na frente de nossa primavera e protegendo-na, sendo por fim, acertado com a taça de vidro, sentindo o objeto estilhaçar-se e ferir sua testa.

o sangue escorria por tua face de forma lenta, o vermelho misturou-se a fúria dos olhos do outro, nossos sentimentos misturavam-se, todos muito confusos para encontrar algum tipo de guia, eu respirava pesadamente, aterrorizado pelos atos do senhor á minha frente. como alguém seria capaz de machucar a preciosidade que é huang renjun?

- jeno? jeno? tudo bem? - eu perguntava, afoito, deslizando os dedos de forma apressada por teus fios descoloridos, vendo teus tão belos olhos fecharem-se lentamente, escondendo sua vibração, assustei-me ao sentir seu corpo ficar pesado, e deixei que minhas sensações focassem nas tuas, tentando compreender o que atravessava sua mente, se é lá que ela ainda esteja consciente.

- olha o que você fez! - renjun, por fim, se desfez de sua suavidade, deixou que a nevasca de nosso inverno se fizesse presente, transformando numa espécie de fúria. apesar de assustado, renjun ainda tentava, lutava como nunca antes, buscava por sua liberdade como nunca antes, e ali eu percebi que nosso garoto realmente estava crescendo.

pobre primavera, o quão forte terá de ser sua ventania? se fará forte o suficiente para abandonar todas as flores e folhas presentes em tuas árvores? deixar-te-á que aquele fogo intenso lhe comande novamente?

- jaemin, ligue para uma ambulância, rápido. - ah, tão forte, como nunca havia percebido que teus espinhos já não eram tão pequenos? queria proteger-te, sentia-me na necessidade de faze-lo, contudo, percebi que tu também possuía teus próprios meios, que não necessitava de nossa tempestade. - você é um monstro. - dessa vez, dirigiu-se á seu pai, pude sentir a amargura de seus lábios ao que a frase soltava-se, finalmente podendo ser escutada por todos aqueles que queriam ouvi-la.

- agora eu entendo. - percebi uma lágrima solitária descer por teus olhos primaveris, sendo seguida de outras, tua cabeça abaixou-se, a melancolia invadiu seu ser enquanto eu, desesperadamente, tentava fazer com que o sangramento na cabeça de jeno parasse. - entendo o porquê do câncer de mamãe ter se espalhado tão rapidamente. - renjun fungou, limpando suas lágrimas com extrema força. - entendo que as marcas em seus braços e pernas não tinha nada haver com a quimioterapia.

- está insinuando que eu batia em sua mãe, moleque? - senhor huang se aproximou novamente, segurando renjun pela gola de sua tão bem arrumada camisa.

- e você ainda tem coragem de sustentar a mentira? seu... pedaço de lixo!

- eu arremessei a taça nesse viado por que ele merecia!

- mas o seu alvo principal era eu! - renjun prosseguia retrucando, e de soslaio, pude ver que o senhor se irritava cada vez mais.

certo medo percorreu meu corpo, não seria capaz de ver mais um de meus soulmates machucando-se, queria impedi-lo, contudo não podia deixar jeno sozinho, desejei ter poderes naquele momento, poderes capazes de retirar toda a força presente no corpo daquele senhor, enfraquece-lo e submete-lo á toda dor que já fizera renjun passar.

- cale a boca! - o tapa que se seguiu na face de renjun percorreu a minha própria, o ardor se fez presente em meu rosto, assim como as infinitas lágrimas nas feições franzidas de renjun. - tanto você quanto essa sua merda de mãe, ambos mereceram!

- você matou minha mãe!

outro estralo, outra lágrima, dessa vez, vinda de meu rosto. até mesmo jeno em seu estado sem consciência, franziu o cenho, como se pudesse sentir nossas dores e nossas emoções mesmo inconsciente.

céus, quando encontraremos o fim dessa nevasca? 

❛  wildfire | norenmin¡ ❜Onde histórias criam vida. Descubra agora