❛ wildfire | norenmin¡ ❜

spring breeze

att antes do previsto por que eu quero acabar logo a fanfic a.

[...]

e então, quando pensei que nossa nevasca não poderia se tornar cada vez maior, a singela porta abriu-se com extrema força, demonstrando-nos as feições raivosas da garota que indentifiquei ser chunghee.

teus pés pisavam com força no chão, aproximando-se do pai infeliz de renjun. ela observou as lágrimas descerem por meu rosto e dirigiu á mim um sorriso penoso, voltei minha atenção á jeno ainda desacordado.

a quietude de nossa constelação já não invadia mais meu ser, agora, os turbilhões de pensamentos tomaram conta, todos tornando-se chuva de estrelas cadentes, uma mais rápida que a outra, deslizando de forma suave pelos céus e encantando á todos com sua beleza. queria poder dizer que tal encantamento também atravessava meu pobre cérebro, contudo, tamanha heresia não poderia vir de minha parte.

- senhor huang, solte seu filho!

- o que quer aqui, chunghee? - o pai de renjun soltou-o e automaticamente nosso menino veio até nós, juntando-se á minha constelação bagunçada e minhas estrelas não interligáveis.

- o senhor sabe muito bem que nunca quis me casar com renjun, o acordo sempre foi entre você e minha mãe, apenas. eu e renjun somos ótimos amigos, mas só isso. 

- realmente aprova isso? - o senhor continuava, a voz reverberando por todo o ambiente, incendiando o local com sua fúria intensa.

- sim. e ainda mais, eu sabia que agredia sua mulher e infelizmente não tive coragem de fazer isso antes mas... - quando a garota de cabelos brilhantes parou de falar, pudemos escutar sirenes distantes aproximarem-se, invadindo a acústica do local e fazendo-nos entrar numa confusão ainda maior.

as feições do mais velho retorceram-se, afastando-se de todos ali presentes e correndo até a porta de entrada, apenas para ser agraciado com as luzes vermelha e azul reluzindo em sua face, indicando a chegada da viatura de polícia. 

- você me denunciou? como teve coragem sua..! - o homem, por fim, já avançaria na pobre garota de estatura baixa, assustando-na e fazendo com que a mesma tentasse proteger seu corpo com a mochila que tinha em mãos, contudo, apenas pude ver o belo uniforme se deslocar com extrema rapidez e agilidade, segurando os braços grotescos do homem á nossa frente e, por fim, algemando-o, gritando diversas palavras que não pude identificar pois minha visão estava turva.

não sabia se encarava as orbes afoitas de renjun e lhe trazia calmaria, não sabia se apoiava jeno em meus braços e lhe transmitia suporte, não sabia o que fazer ou dizer. não senti-me de extrema utilidade pois a única ação que tive em meio á tal bagunça interminável fora entrar em choque e não poder mover sequer um músculo.

contudo, quando, distantemente, observei-o entrar na viatura, xingando os policiais e soltando juras de morte á nós, deixe-me soltar um suspiro sôfrego e nada contido, sendo seguido de diversas lágrimas que rolavam por meu rosto. renjun aproximou-se, preocupado com minha situação.

ah, tuas pétalas agraciaram-me tão carinhosamente, sua voz macia deslizava por meu canal aditivo, dizendo palavras inaudíveis, seus dedos hábeis deslizavam suavemente por meus braços descobertos, permiti-me sentir o cheiro suave de camomila que seus fios emanavam, todos aspectos de si embalavam-me numa espécie de transe nunca antes sentido por mim.

drogavam-me, viciavam-me. 

piscava, eu, não me fazendo capaz de fazer muita coisa, aterrorizado pelos atos á minha frente. 

a ventania suave de renjun embalou-me, cantando sua melodia gostosa, ressonava de forma tão aprazível que, naquele instante, só me deixei ser capaz de ser inundado pela mesma, não temendo a escuridão que repentinamente entrava em meu campo de visão e, por fim, entregando-me á mesma.