Capítulo 10

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— Como foi lá, querida? — tia Amélia perguntou assim que entrei em casa. Sentei no sofá colocando minha mão em meu rosto — Ellie, o que aconteceu? — ela me abraçou.

— Ele está aqui, tia... Ele veio tirar meu filho de mim — a olhei aflita, sem entender nada minha tia continuou me abraçando.

— Ele quem?

— O pai do meu filho — respirei fundo, me levantei deixando ela pensativa. Meu filho estava no quarto e continuava dormindo, precisava ligar para papai para nos levar para casa.

— Ellie, querida, venha aqui — Amélia gritou, rapidamente fui até ela.

— O que foi tia?

— Quero te mostrar uma coisa, vem — segurou minha mão, abriu uma porta com a chave e fique tão maravilhada com todas as rosas que ela cultivava.

— Nossa tia, que lindo... — as rosas eram realmente lindas, o perfume que inalava era doce e inebriante. 

— Faz uns dois anos que cuido delas, elas são minhas vidas. Veja, Ellie — ela mostrou uma no vaso, estava quase seca — Essa aqui já se vai — ela acariciou suas pétalas, não imaginei que rosas morriam — Sabe, Ellie, depois que Robert morreu eu nunca amei mais ninguém, sabe por que? — balancei a cabeça que não, ela sorriu — Ellie, nessa vida a gente amamos apenas um pessoa, por mais que elas nos ferem, sempre no fundo, bem lá no fundo, iremos amar. Essa rosa, ela vai renascer, as sementes que a mesma distribuiu durante seu tempo irão crescer e dá vida nova a rosas maravilhosas — ela deixou o vaso, andou até outro vaso — Essa aqui tem vários espinhos, todos dizem que elas os tem para se proteger de qualquer coisa que as ameaçam, então Ellie, você é linda e jovem, tem seus espinhos, um dia você vai morrer, porém, vai renascer por que você cultivou frutos na terra, tudo que se planta colhe e querida, não deixe que ninguém chegue perto dos seus espinhos para se machucar, você não vai machucar os outros por um corte qualquer, mais sim a si mesma, por que foi ferida apenas por um toque. Seja forte, minha loirinha — ela me abraçou e eu chorei, chorei tudo que estava entalado — Calma querida, vai dá tudo certo, tem que dá — ela sorriu meigamente, limpou minhas lágrimas com a ponta de seus dedos.

— Obrigada tia, eu amo você — abracei-a novamente. Logo ouvi um choro fraquinho, Antony acordou com fome.

— É, parece que realmente acorda nos melhores momentos, querida — rimos juntas, fui até o quarto para buscá-lo antes que virasse da cama.

Ao anoitecer papai veio nos buscar, achei-o muito estranho e como sempre sentir que ele estava escondendo algo de mim.

— Pai? — chamei, ele rapidamente olhou-me, resisti em perguntar mais lembro que última vez que não perguntei acabei me ferrando.

— Oi filha.

— O que aconteceu? — ele não respondeu, mais eu obtive resposta quando vi um carro na frente de casa. O que estava acontecendo? — Pai, o que aconteceu?

Quando eu te amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora