Capítulo 2

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Rafael

Meu dia hoje foi um saco, tive muito trabalho na empresa e, para piorar tudo, meu pai me ligou para jogar na minha cara que meu irmão é o filho dos sonhos e blá blá blá. Já estou cansado disso. Será que ele nunca vai aceitar que medicina não era para mim? Que tipo de pai quer ver seu filho fazendo algo que não gosta apenas por uma tradição boba de família?

Solto um longo suspiro e entro no carro, indo direto para o meu apartamento.

Cheguei em casa estressado e fui tomar uma ducha gelada, saí do banheiro e liguei para o meu amigo Ricardo, ainda enrolado na toalha.

– E ai? Vamos fazer algo hoje? – perguntei indo para o closet.

– Fala Rafa! A inauguração da Lux vai ser agora de noite. Topa? Vai ter muita gostosa. Três para cada no mínimo. – falou rindo.

– Você não existe cara... Mas já que é o que tem para hoje não vamos ficar parados. Me passa o endereço por mensagem, estou mesmo precisando relaxar hoje.

– Fechou! Partiu a caça as cocotas! – gritou do outro lado da linha e desligou.

Desliguei o celular ainda rindo, esse meu amigo é uma figura.

Para vestir, optei por uma calça escura e uma camisa de mangas longas que dobrei até o cotovelo da cor azul marinho e por fim calcei um sapatênis cinza. Penteei meu cabelo, peguei meu celular, a chave do carro e do apartamento e fui para garagem onde meu bebê me esperava.

Um range rover evoque branco.

A boate era próxima ao meu prédio então o percurso só durou vinte minutos. Cheguei e fui direto para o camarote vip. A boate é do meu amigo, Pedro, que tem várias delas por todo o país. Depois de cumprimentar todos na mesa fui direto para o bar, precisava urgentemente de uma dose de whisky.

– Uma dose de Whisky, por favor. – pedi ao barman.

– Aqui está. – disse botando o copo em cima do balcão.

Bebi todo o líquido de uma vez só, que desceu queimando por toda a minha garganta. Estava na minha terceira dose quando avistei uma loira gostosa fazendo passos sensuais. Já estava duro só de vê-la mexer aquela bunda redondinha. Seus cabelos levemente cacheados balançavam a medida que ela se movia; um enorme sorriso decorava a boca carnuda tingida de vermelho e meus olhos seguiam sua mão livre e cada parte do corpo em que ela tocava, invejando-a. Acompanhei o momento exato em que levou o copo à boca e se deliciou com sua bebida. A língua rosada colheu o excesso e senti uma pontada lá em baixo.

Eu queria tocá-la.

Eu precisava.

Eu iria!

Ajeitei minha calça e fui até ela. Ela seria minha hoje e nada me impediria. Estava bem próximo quando alguém me empurrou e acabei me esbarrando nela, fazendo com que sua bebida caísse em seu vestido, se é que pode chamar esse pedaço de pano de vestido.

– Oh des... – estava prestes a me desculpar, mas fui impedido por um grito.

– Ahhh! Olha o que você fez, idiota! Está cego? – gritou ela, completamente alterada.

Fiquei sem reação, surpreso com sua histeria. Essa mulher tinha uma carinha de anjo, mas na verdade não passava de uma diabinha louca.

– Ei, não precisa fazer um escândalo, foi um acidente. Até que achei você bonitinha, mas vi que é só de boca fechada.

Surpresas do Destino (Efeito Sophia) Onde histórias criam vida. Descubra agora