O pedido

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   A pós o maravilhoso jantar, Cristopher e Kali foram andar a esmo pela noite estrelada. Conversavam sobre muitas coisas incríveis e totalmente aleatórias, até que pararam perto de uma velha casa há muito abandonada pelos moradores da cidade.

   -Cris, esse lugar não é lindo?Costumavam fazer orações aqui, um grupo religioso misterioso... É intrigante. Poderíamos casar aqui!
Ela disse, com um sorriso cheio de paixão e já imaginando o casamento de seus sonhos.

   Ele riu, lançou a ela seu olhar mais sedutor e perguntou:
   -Casamento? Por que ao invés de nos casarmos em uma religião opressora... Não fazemos uma grande blasfêmia aqui?

   -O que?! Está pensando em transar na casa onde cultuavam deuses?

   -Sim minha deusa, acaso tem medo de deuses invisíveis? Pois eu não tenho, eu apenas vivo!

   -Jamais! Mas só faria isso porque​ é você, meu doce Girassol.

   -Sabe Kali, de fato nenhuma outra iria tão longe comigo... Você é mágica.

   -Mais do que você imagina, Girassol.

   E se beijaram apaixonadamente, repletos de desejo e calor, a vontade de estarem entrelaçados de corpo e alma apenas crescia. Cristopher a carregou até o altar da igreja, como se fosse um noivo fazendo uma entrada triunfal, sabia bem o que queria fazer.

   Era esse seu jeito de sedução, fazia o possível para provoca-la e ela simplesmente se entregava cada vez mais a ele. Naquele momento, já se pertenciam e não se importavam nem mesmo com o lugar em que realizavam suas peripécias pervertidas.

   Certamente aquela vez foi única e intensa, acabaram com qualquer limite que tinham, era o que Cristopher chamava de viver. Será que em algum dia tiveram mesmo limites?

   Quando terminaram, Kali continuou deitada no majestoso tapete azul marinho, ela estava tentando se recompor. Enquanto isso, Cristopher simplesmente se levantou após um beijo demorado. O que ele faria agora? Arrancou as flores de plástico dos vasos rachados, afirmou que a única deusa a ser adorada era sua amada que merecia todas as flores do mundo.

   Kali simplesmente acreditava que ele estava sendo um pouco extremo, mas, o que seria de Cristopher sem seus magníficos exageros? Ele era diferente ao se apaixonar, doente de amor, desacreditado de qualquer divindade.

   Então ela apenas riu e com as pernas ainda trêmulas, se aproximou dele e lhe deu um beijo carinhoso. Ele riu, se ajoelhou diante dela e disse:
   -Kali, eu realmente desenvolvi um grande amor por ti... E gostaria de saber: Você aceitaria ser minha namorada?

   -Eu... Te acho muito fofo pedindo assim. Aceito!

   -Certo meu bem, espero que isso dure por muito tempo... Porque eu realmente te amo.

   -Eu também te amo querido, mas preciso te contar um segredo...

Quando as flores sangramOnde histórias criam vida. Descubra agora